São Paulo

São Paulo: um fim de semana perfeito

Atualizado em 25/01/2016

A cidade de São Paulo comemora hoje 462 anos e o Planejo Viajar traz para você uma sugestão de fim de semana perfeito por lá. Vem com a gente!

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Cozumel, México

10 motivos para conhecer Cozumel – 10 anos do furacão Wilma

Exatamente dez anos atrás o maior ciclone tropical já registrado na Costa Atlântica atingiu Cozumel. Para quem não sabe, Cozumel é a ilha caribenha que me recebeu nos primeiros meses da minha aventura no ano sabático. Foi lá que fiz os primeiros amigos, o primeiro trabalho voluntário, que experimentei as primeiras sensações de recomeço.

imagem wilma satelite

O furacão atingiu Cuba, Estados Unidos, Jamaica, causando um prejuízo de 20 bilhões de dólares em toda a região, e dezenas de vítimas fatais. O olho do furacão, ficou precisamente em cima da Ilha de Cozumel por mais de 60 horas, conforme mostra a imagem de satélite, antes de seguir para o Golfo do México e atingir a Flórida.

Entre 21 e 23 de outubro de 2005 Cozumel desapareceu do mapa. Escutei diversos relatos sobre o furação, como de que na Cidade do México dizia-se que a Ilha tinha sido totalmente destruída e que seria muito pouco provável que houvessem sobreviventes, e de quem estava lá já não sabia dizer o que era dia e o que era noite. Uma senhora me contou que não tinha mais interesse em olhar no relógio para saber quanto tempo havia se passado. Tinha uma sensação de que não terminaria nunca.

No dia 23 de outubro as pessoas começaram a sair de suas casas e encontraram um cenário apocalítico de postes derrubados, árvores caídas, comércio destruído e alagamentos de estradas. Mas estavam vivos, como por milagre.

Imediatamente toda a população começou a fazer um grande mutirão para limpar e reconstruir a cidade que vive de turismo. Em apenas 15 dias eles conseguiram receber o primeiro navio de Cruzeiro.

Estrada da Parte Sul destruída. Foto: De Lille Sports Cozumel

Estrada da Parte Sul destruída. Foto: De Lille Sports Cozumel

Avenida beira-mar depois do furacão. Foto: De Lille Sports

Avenida beira-mar depois do furacão. Foto: De Lille Sports Cozumel

Clube de praia Playa Corona destruído

Clube de praia Playa Corona destruído. Foto: De Lille Sports Cozumel

Hoje, 10 anos depois, Cozumel já está totalmente recuperada. Já não existem mais marcas visíveis de toda a destruição que sofreu. Voltou a ser a Ilha mágica, com toda a sua natureza exuberantes, suas áreas de preservação da natureza e seu mar azul Royal único.

Como homenagem à esta ilha tão especial para mim, 10 motivos para visitar Cozumel!

 

Mergulhar nos Recifes de Cozumel

mergulho Cozumel

Como não poderia deixar de ser, o mergulho vem em primeiro lugar. A ilha abriga um jardim submerso com pontos de mergulho para todos os gostos. Abismos cobertos por corais, mergulho em correnteza, mergulho profundo, rica fauna marina.

A ilha é um dos melhores locais para mergulho no país. Os preços são bem razoáveis em comparação à vizinha Tulum, e há oferta de cursos de certificação para todos os níveis, de todas as certificadoras.

 

Dar a volta à Ilha em um Fusca Conversível

Fusca Conversível na volta à Ilha de Cozumel

Fusca Conversível na volta à Ilha de Cozumel

Um dos charmes de Cozumel são os fusquinhas conversíveis coloridos para aluguel! Por US$ 20 dólares você aluga um desses carrinhos para fazer a volta à Ilha em grande estilo! São 56 km de praias, parques, e muito sol.

Volta à Ilha de Cozumel

 

Fazer snorkel

Snorkel na Playa Azul

Snorkel na Playa Azul

Mesmo sem um cilindro de oxigenio, dá para visitar os recifes de Cozumel. Ao longo de toda a costa de Ilha são vários os pontos de mergulho livre. Aconselho que se informe sobre as correntes antes de cair da água, e marque algum ponto fixo no continente como referência. Depois disso, você pode ficar horas e horas na água!

 

Visitar a Punta Sur

Lagoa e Mar do Caribe em Punta Sur

Lagoa e Mar do Caribe em Punta Sur

De todos os parques de Cozumel, a Punta Sur é o mais bonito, na minha opinião. Ali estão lagoas de água doce, mangues, um farol aberto à visitação de onde se vê a ilha de alto. As praias também são lindas e há um passeio de barco incluído no valor do ingresso.

 

Visitar as ruínas de San Gervásio

San Gervasio

San Gervasio

As ruínas de San Gervásio não estão entre as mais impressionantes do país, nem mesmo da região do Caribe. Mas o que eu mais gosto nas ruínas de San Gervásio é a exclusividade, a paz da pouca visitação. É possível sentar à sombra de uma árvore e admirar as pirâmides sem a interferência de centenas de turistas famigerados tirando selfies.

San Gervásio: as ruínas arqueológicas de Cozumel

 

Ir a um Temazcal

Entrando - Foto: Temazcal Cozumel

Entrando – Foto: Temazcal Cozumel

Bem no centro da Ilha, em uma reserva cercada de verde e ao lado de um cenote está um Temazcal. É uma sauna de origem indígena onde são feitos rituais de meditação e purificação abertos para os visitantes. Em meu tempo em Cozumel tive a oportunidade de ir duas vezes e foi uma experiência marcante.

Temazcal: o banho de vapor pré-hispânico no México

 

Conhecer a primeira praia livre de fumo do México

Playa San Martín

Playa San Martín

A Playa San Martín, a minha preferida em Cozumel, é a primeira praia livre de fumo do país. Ali está proibido fumar. Mas não é isso que faz dela a minha preferida, e sim o fato de que é uma das poucas praias que tem uma extensa faixa de areia livre de clubes de praia ou multidões, onde você pode fazer uma caminhada, ou simplesmente sentar na areia e ficar curtindo o mar. Cuidado com a água, há correntes fortes em alguns pontos, sinalizadas com bandeiras vermelhas.

 

Comer peixe-leão no restaurante La Perlita

Peixe Leão empanado com coco Foto: Restaurante La Perlita

Peixe Leão empanado com coco Foto: Restaurante La Perlita

O peixe-leão é uma espécie invasora no Caribe. Não sendo dali, não tem predadores naturais e se multiplica descontroladamente, desequilibrando o ecossistemas dos recifes. Por sorte, ele é comestível e bem saboroso. Sua pesca extensiva tem ajudado a diminuir seu impacto ambiental.

Assim, o restaurante La Perlita tem um menu especial do Peixe-leão, e quem consome está ajudando a proteger os recifes do Cozumel.

 

Ir ao melhor carnaval do Caribe Mexicano

Carnaval Cozumel

Carnaval Cozumel

Uma das coisas que mais me impressionou em Cozumel foi o Carnaval. É um mega evento organizado com muita antecedência. Lembra talvez os antigos carnavais brasileiros, com concursos de fantasia realizados em clubes e eleição de rei e rainha do carnaval.

Nas semanas anteriores um palco nas principais praças exibe as coreografias dos candidatos a rei e rainha. Já eleitos, na semana do carnaval eles fazem parte de um grande desfile organizado na avenida beira-mar entre vários blocos temáticos organizados pelos moradores locais. Até baterias de escola de samba inspiradas no Brasil saem no desfile.

A tradição é que os blocos passem arremassando doces e colares coloridos para o público que os assiste das calçadas, e acompanha como pode. Respondi muitas vezes à pergunta se era parecido com o carnaval do Brasil. Tenho que dizer que não achei tão parecido, mas achei divertido e super engraçado.

Como é o carnaval de Cozumel?

Conhecer o Mapache Enano

Mapache enano, espécie endêmica de Cozumel

Mapache enano, espécie endêmica de Cozumel

O mapache enano é uma espécie endêmica da ilha. Só existe ali. Existem mapaches no continente, mas por estarem confinados na ilha, a espécie dali se desenvolveu separadamente e é bem menor do que seus “primos” de Cancun.

O melhor lugar para avistá-los é a parte norte da Ilha, onde eles sempre aparecem quando veem humanos na esperança de ganhar um biscoitinho ou um mashmellow. Mas, você não deve alimentá-los. É uma espécie selvagem que sofre consequencias se recebe alimento de humanos, desde problemas de saúde até a dificuldade de se alimentar de maneira normal nos dias onde não há visitantes.

Eu trabalhei com educação ambiental nos meses que vivi na Ilha e parte do nosso trabalho era justamente a conscientização da população e dos turistas para a importância de não alimentá-los.

 

Cozumel é bem bonita! Uma ilha para quem gosta de natureza mas quer toda a estrutura de uma cidade!

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Sabático

Já pensou em nunca mais pagar hospedagem quando viaja?

Atualizado em 4/4/2016

Sim, isto é possível! E há pessoas viajando assim exatamente agora!

Eles se hospedam em lindas casas de campo, ou em frente à praia, e não pagam nada por isso. Bom, pelo menos não em dinheiro.

O House sitting é mais uma forma de intercâmbio de trabalho, específica para pessoas que cuidam de casas e animais quando viajam. Pessoas que têm uma casa com plantas e animais de estimação e vão fazer uma viagem longa, precisam de alguém para cuidar de tudo enquanto estão fora. E assim surgiram várias comunidades de House Sitting. Continuar lendo

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Canadá

Canadá facilita volta de brasileiros

Post atualizado em 16/03

Aqueles que já viajaram ao Canadá nos últimos 10 anos ou tenham visto válido para os Estados Unidos não precisam mais de tirar o visto de turista se quiserem viajar novamente ao país. A medida já está valendo desde ontem, 15 de março. Para quem se enquadra no grupo acima, será preciso apenas prencher a Autorização Eletrônica de Viagem ou Eletronic Travel Autorization (eTA) , que vai custar 7 dólares canadenses.  Continuar lendo

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Sabático

Como negociar um intercâmbio de trabalho numa viagem

Atualizado em 23/03, às 9h

Intercâmbio de trabalho, também chamado de work exchange ou trabalho voluntário, é quando você troca algum serviço por outro, sem envolver dinheiro. Uma das formas mais baratas de viajar, principalmente em períodos longos, é trocar algumas horas de trampo por hospedagem e alimentação.

Você pode trabalhar na recepção ou na governança de um hostel e ganhar uma cama para dormir. Você pode cuidar de um bebê e ajudar na jardinagem de uma casa de família e ter um quarto para morar durantes uns meses.

Para quem vai viajar por vários meses, em um ano sabático por exemplo, fazer intercâmbio de trabalho pode ser uma maneira de viajar por muito mais tempo com bem menos dinheiro! Até porque eu aprendi, nessa vida nômade, que não gastar é o mesmo que ganhar!

Continue lendo para saber:

– Quem pode participar;

– Sites para encontrar oportunidades;

– Outras formas de entrar em contato com possíveis hosts;

– Qual a antecedência para fazer o contato;

– Como é o trabalho;

– Vistos e outras exigências;

– Como negociar um intercâmbio de trabalho que seja bom para as duas partes. Continuar lendo

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Bolívia

Salar de Uyuni: quanto custa conhecer este deserto?

Atualizado em 30/08/2018

Já fui à Bolívia 4 vezes. É sempre lindo e difícil. É um país com pouca estrutura para o turismo econômico. Às vezes vale a pena até dar uma “playboyzada” e escolher hotéis mais sofisticados ou a versão mais exclusiva dos passeios.

Para o Salar de Uyuni, você pode escolher a versão luxo, onde você vai sozinho (ou com o seu grupo, seu par) no carro com o Guia e fica em hotéis mais estruturados, ou pode fazer como a maioria das pessoas faz e ir no passeio econômico.

Passeio econômico para o Salar de Uyuni

Parada no hotel de Sal no Salar de Uyuni

Parada no hotel de Sal no Salar de Uyuni

O passeio econômico é feito em um carro utilitário adaptado para transportar 7 pessoas: 6 turistas mais o guia. O porta-malas vira mais um banco e a bagagem é transportada num bagageiro acima do carro. Ali vão as malas dos turistas, combustível (porque não existem postos de combustível no meio do deserto) e o que mais o Guia precisar levar.

O Guia é o motorista, nem sempre fala inglês, então se você fala inglês é bem capaz de ter que ajudar os turistas estrangeiros a entender as explicações. Ele também serve as refeições, que são preparadas nos alojamentos na noite anterior e enviadas em marmitas. O valor está incluído no preço do passeio.

O pernoite é em pousadas muito simples, em quartos compartilhados e há apenas um banheiro. Em algumas não há água quente, ou pode mesmo acontecer de você ter que pagar pelo uso do chuveiro.

Quanto custa o passeio?

Entrada do Parque Nacional Eduardo Avaroa

Entrada do Parque Nacional Eduardo Avaroa

Diferentes agências oferecem diferentes preços. Mas eles sempre estão dentro da mesma média:

Passeio de 3 dias no Salar: 700 bolivianos = US$ 100

No segundo dia você terá que pagar a entrada no Parque Nacional Eduardo Abaroa

Entrada do Parque Nacional Eduardo Abaroa : 150 bolivianos = US$ 21

O chuveiro nos alojamentos pode custar em média

Chuveiro nos alojamentos: 10 bolivianos = US$ 1,5

Ônibus de La Paz para Uyuni: 80 bolivianos = US$ 12

 

O câmbio do real em setembro de 2015, quando há uma desvalorização mundial de nossa moeda, estava em torno de Bs. 1,90 a Bs. 1,80. Consulte cotação no momento da leitura deste post.

Em reais os preços ficariam em torno de:

Passeio de 3 dias ao Salar: R$ 390

Entrada ao Parque Nacional: R$ 85

Banho: R$ 6

Ônibus de La Paz para Uyuni: R$ 45

 

Atualização 2018: com o câmbio em torno de US$1 = R$ 4, os preços ficam mais ou menos

Passeio de 3 dias no Salar: R$ 450

Entrada no Parque Nacional: R$ 90

Banho: R$ 8

Ônibus de La Paz para Uyuni: R$ 50

 

ATENÇÃO: Estes preços não são atualizados diariamente. Use este post apenas como uma ideia de quanto custa, mas sempre leve algo de dinheiro extra para não passar aperto nas viagens!

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Bate-Papo, Sabático, Sua Viagem

Você daria a volta ao mundo de bicicleta?

Uma volta ao mundo em bicicleta faz com que todas as minhas viagens em classe econômica de avião, ônibus de segunda classe e me hospedando em hostels pareçam viagens de luxo. E se a viagem não for só o destino? Se toda a graça estiver no caminho?

Pablo Dadalti, um mineiro de 30 anos, engenheiro mecânico, me ensinou isso numa conversa super bacana que eu trago aqui para vocês. Ele trabalhou durante 4 anos numa empresa de projetos navais. A trajetória profissional dele é a dos sonhos de muita gente. Ele estava cotado para ser gerente em breve, e tinha sido escalado para um projeto no Japão, onde ficaria por 6 meses.

Pablo Dadalti em sua bicicleta

Pablo Dadalti em sua bicicleta

Ao invés de aceitar, ele pediu demissão. “Eu era a promessa da empresa, mas estava vivenciando de perto todo o stress do mundo corporativo. Fui muito sincero com eles: disse que não queria ser gerente, que eu gostava mesmo era da área técnica, mas que eu iria pedir demissão“. E foi rodar o mundo de bicicleta. Já passou pela Europa e agora está na América Latina.

 

Como a viagem começou?

Eu tinha alguns amigos que já tinham viajado de bike, então me encantei. No meio do ano passado comecei minha viagem pela Europa, mas não deu muito certo, fui sem planejar nada, e não tinha nenhuma experiência. A Europa é muito cara também!

Então na Europa eu cruzei Itália, Croácia, Monte Negro, um pedaço da Bósnia e Albânia. Eu não tinha lido um livro de cicloturismo sequer, passei várias noites em Mc Donald´s 24 horas. Não sabia que os cicloturistas em geral passam a noite em bombeiros, cruz vermelha, escolas. Eu corri riscos.

 

Que riscos?

Eu dormia em qualquer lugar, parques, praças. Não deixa de ser história para contar, mas quem falar que isso é bom está mentindo. É ruim! Dormir em um banco de praça ao léu.

Teve um dia que eu já tinha pedalado pela Croácia em direção à fronteira com Bósnia, quando parei numa tenda de frutas na estrada. Lá trabalhava um rapaz bem jovem que não falava inglês então, como eu já havia pedalado bastante, fiquei por lá com ele.

A gente não conseguia se comunicar bem, então passamos toda a tarde conversando por desenhos e mímicas. Cara super gente fina, ficou me dando frutas de presente, melhor pêssego que já comi na minha vida! Ficamos muitas horas conversando até a hora dele fechar a tenda, e eu ajudei a fechar. Consegui perguntar se poderia acampar na tenda, ele deixou acampar atrás dela e me deu um tonel de água pra eu me banhar.

Barraca de Frutas na Croácia

Barraca de Frutas na Croácia

Fiquei por lá e começou a anoitecer, então começou um movimento muito forte de estranhos no local. Aí me mandei pra vila que era do lado e dormi num banco de praça que ficava em frente o mar.  No final escrevi um recado em três línguas pro rapaz da tenda de frutas agradecendo e coloquei debaixo da porta da tenda quando fui embora pegar estrada no dia seguinte. Isso, mostra a melhor coisa de viajar em bike: as pessoas, o contato forte e amoroso com as pessoas locais que sempre te ajudam.

Aí eu decidi voltar para o Brasil e me replanejar. Li um livro de cicloturismo, Pelos Caminhos de Nuestra América Latina e me mandei pro México.

 

E na América Latina?

Com o tempo, a viagem foi se tornando parte do meu cotidiano, passei a me sentir mais a vontade em hostels, bombeiros, cruz vermelha e casa de pessoas que me deram um teto mesmo que por apenas uma noite. Passei a me sentir parte de uma família por cada lugar que passava, me abri, chorei, sorri, brinquei e me diverti. Fiz amigos e me despedi com uma velocidade incrível, aprendi a lidar: com a dor da despedida, com a falta das pessoas que amo, saudades, a viver uma vida muito mais simples, com apenas um par de roupas, um fogareiro, uma barraca e um bike.  Todo aprendizado que tive nessa viagem até o momento, 20 anos de estudo não me ensinariam.

Pablo e sua amiga Brenda

Pablo e sua amiga Brenda

Teve um dia que eu estava na (estrada) Panamericana e avistei uma senhora que me pediu para parar. “Quer umas bananas?!” Olhei para um lado e olhei para o outro, e respondi: “Sim, porque não”. Então ela me convidou para ir até sua casa para me presentear com as bananas, abacate com rapadura, 4 bananas e dizendo:

– Água fria não tenho porque aqui não tem geladeira mas pode pegar da torneira que sai fresquinha. Está com pressa?!

– Não…. porque?!
– Pq queria comprar uns ovos e fazer um almoço e te convidar, porque Deus me disse que temos que compartilhar, então vou compartilhar o pouco que tenho.

Aceitei e no final da história me presenteou também goiabas, mangostão (uma fruta típica) e queria me dar mais, mas já era muito peso para a bike. Saí de la feliz após um lindo abraço em Brenda e agradecido desse anjo ter cruzado em meu caminho!

 

Até quando você vai viajar?

Hahaha, a primeira pergunta que todos fazem.  Não tenho um destino, aprendi isso no meu caminho. Viajar de bike é ser livre, alguns ciclistas colocam metas, mas acredito que eles tem que aprender a viajar de bike. Viajar de bike é nao ter metas, o caminho é o mais importante!

A cada dia mudo tanto nessa viagem que é impossível! Aprendi a viver sem expectativas, sem pensar no futuro, viver o agora e aprender com o agora.

Colômbia

Colômbia

Qual é o seu conselho para quem quer fazer uma viagem parecida?

Ler um livro de cicloviagem, o resto você consegue ver depois. Existem muitos Homem Livre , Pelos Caminhos de Nuestra América, conversar com cicloturistas e saber como é. Perguntar sem vergonha onde dormiam, o que comiam, como era, se tomavam banho e etc.

Você deveria tentar viajar de bike e fazer parte dessa família linda que não para de crescer!

 

É preciso treinar muito?

Aprendi uma coisa muito importante na Guatemala: “Poco a poco”. Você pode fazer o que quiser numa bicicleta. Tem dias que eu pedalo 100 km, tem dias que eu pedalo 10. O importante não são os kilômetros por dia.

Pablo e os amigos de Viagem em uma Praia na Nicarágua

Pablo e os amigos de Viagem em uma Praia na Nicarágua

Nossa conversa durou muito mais ainda. Ele me disse que gasta em média 8-10 dólares por dia nesta viagem, e que na próxima etapa vai passar algum tempo viajando de bicicleta pelo Brasil e já está planejando seguir pela África e Ásia. Pablo já tinha o dinheiro guardado quando decidiu fazer a viagem, porque sempre foi muito simples e não gastava todo o salário que ganhava.

Me passou vários textos em sites, revistas e livros sobre cicloturismo. Acho que ele estava mesmo determinado a me convencer a me juntar aos cicloturistas! O que vocês acham?? Embarco nesta ou não???

 

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Comer e beber, Minas Gerais, Rio de Janeiro

Visconde de Mauá: a Truta do Imperador

Hum!!! Que delícia! Preparem o paladar. A partir do dia 16 de outubro começa na belíssima região de Visconde de Mauá (RJ/MG) a 13ª  Temporada da Truta, este ano com a criação da Truta do Imperador. Os ingredientes são: truta de qualidade, pitanga, limão-cravo, espinafre, cogumelo, cachaça e batata doce. A temporada vai até 15 de novembro. Continuar lendo

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Notícias, Rio de Janeiro

Armação literária de Búzios

Quem estiver em Búzios (RJ) neste fim de semana verá uma atração a mais. A Praça Santos Dumont vai receber a Armação Literária de Búzios. Que tal ir à praia e depois tomar um banho de cultura?

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Cordel e duelo de ilustradores

E não é que, a exemplo de Paraty, Búzios resolveu também ter a sua feira literária? A parte da Armação Literária de Búzios aberta ao público será na Praça Santos Dumont, no Centro da cidade, sexta-feira e sábado. Haverá um monte de atividades para crianças, adolescentes, gente de todas as idades (confira abaixo a programação completa).

Só chegar! Estarão por lá, para um bate-papo com o público, autores importantes e premiados como Ziraldo, Roseana Murray, Stella Maris Rezende, Walter Moreira Santos e Tiago de Melo Andrade.

Deve ser bem interessante o duelo de ilustradores, com as artistas Thais Linhares, Patrícia Melo, Marilia Pirillo e Cris Alhadeff. Elas vão fazer uma performance, desenhando dragões, monstros e outros seres fantásticos.

Um dos pontos altos será a exposição de xilogravuras do pernambucano J. Borges, um grande mestre do cordel, um dos artistas folclóricos mais celebrados da América do Sul e o xilogravurista brasileiro mais reconhecido no mundo. As gravuras de J. Borges, A Professora e Cavalo Marinho ilustram este post.

A Praça Santos Dumont

É a mais importante de Búzios, onde acontecem vários eventos culturais, inclusive a tradicional Feira de Artesanato, todas as noites. Você acha muita coisa legal, artesanato original, peças de decoração, artigos de mesa e banho, bijouterias, etc. Tem que conhecer.

Em torno da praça, você pode encontrar hospedagem a preços bons, estando a alguns passos da Praia da Armação, do Canto, e, andando um pouquinho mais, dos Ossos. Fica perto da Orla Bardot, onde estão os restaurantes mais chiques e caros. Mas na Praça Santos Dumont, você encontra alimentação a preços mais populares também. E vários barzinhos com música ao vivo.

Programação completa

A professora J. Borges 48X66

9 de outubro, sexta-feira:

14h – O folclore, os mitos e as diferentes tradições culturais na literatura: os escritores Alex Gomes – autor do livro, “Folclore de Chuteiras” –, Naná Martins – do “Pdzeré” (conto indígena) – e Cristina Villaça – do “O Rapaz que Casou com a Sapa” – contam histórias e falam sobre a importância do resgate e da valorização da cultura popular em todas as suas manifestações.

15h – Ingredientes do Mistério: o escritor Luis Eduardo Matta, autor da conhecida coleção “Os Caça-Mistérios”, bate um papo sobre contos de mistério na literatura juvenil.

15h30 – Literatura Fantástica – mitos, seres e lendas: as escritoras Thais Linhares, autora de “Vovó Dragão”, e Flávia Côrtes, que escreveu “O Portal das Fadas”, falam sobre mitos, lendas e seres fantásticos na literatura para crianças e jovens.

16h – Duelo de Ilustração: as ilustradoras Thais Linhares, Patrícia Melo, Marilia Pirillo e Cris Alhadeff fazem uma performance desenhando dragões, monstros e outros seres fantásticos.

16h30 – Pontes de letras: a escritora e ilustradora Marilia Pirillo, autora do “A velha história do peixinho que morreu afogado”, e Andrea Viviana Taubman, autora de “O menino que tinha medo de errar”, falam da literatura como ponte para trabalhar os sentimentos e as emoções humanas.

17h – Mesa AEI-LIJ – Lendo Literatura na Escola: com a participação de todos os autores, haverá um bate-papo sobre a importância da leitura literária na escola, com microfone aberto para perguntas e sessão de autógrafos.

19h – Sarau de Música e Poesia da Escola Nicomedes.

20h – Fio de Lua e Raio de Sol: Patricia de Arias, atriz e coautora do com Roseana Murray, dramatiza o livro “Fio de Lua & Raio de Sol”, com ambientação musical de Guga Murray.

21h – Bate-papo e leituras poéticas com Roseana Murray. Premiada dentro e fora do Brasil, traduzida em vários idiomas, a poetisa é fundamental no cenário cultural brasileiro.

 

10 de outubro, sábado:

20h – Bate-papo e sessão de autógrafos com Ziraldo, autor de clássicos da literatura infantil como “O Menino Maluquinho” ou na vanguarda de revistas de humor. Ziraldo, que colaborou com a festa, criando a logomarca oficial, conversará sobre tudo isso e mais um pouco com o público.

22h – Mesa de bate-papo: literatura desdobrada: o alcance de um livro, tradução, roteiro, teatro, cinema e TV. Com Santiago Nazarian e Raphael Montes.

 

Dias 9 e 10, sexta e sábado, na Praça Santos Dumont:

Exposição Cordel: Encantos e Histórias de J. Borges

Cordelista e xilogravurista de fama internacional, seus trabalhos, que retratam nossa cultura, correram o mundo em exposições na França, Alemanha, Suíça, Itália, Venezuela e Cuba. Com mais de 200 cordéis criados, é um dos artistas populares mais cultuados no Brasil e suas obras são adquiridas por acervos de museus e coleções particulares. Ele vive e trabalha em Bezerros, no interior de Pernambuco. Na exposição, o público verá cordéis, xilogravuras impressas artesanalmente e várias matrizes originais da oficina do artista, talhadas na madeira

 

*O evento é uma “armação” da Prefeitura de Búzios, Secretaria Municipal de Educação e apoio da Editora Melhoramentos. Você encontra mais informações no site da prefeitura de Armação de Búzios.

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Dicas

7 dicas para economizar em viagens nacionais

Tudo bem, já desistimos de sair do Brasil este ano. Enquanto esta crise econômica e política não for resolvida e o dólar não baixar para um patamar razoável novamente, vamos aproveitar tudo de lindo que tem aqui pelo Brasil mesmo!

Não que isso seja nenhum sacrifício, mas é que até que estávamos gostando daquela corrida por carimbos no passaporte na qual nos metemos nos últimos tempo, não é mesmo?

Bom, o Brasil tem a fama de ser um lugar muito caro para tirar férias, e muitas vezes até usamos este argumento para justificar que viajar para fora pode ser mais barato do que viajar por aqui. Mas, porém, contudo, todavia, entretanto…. não é bem assim!

Tudo bem, o Brasil é caro! Não para viajar, para morar! Mas não precisa ser tão caro assim se você usar nas suas viagens nacionais justamente todas as “estratégias” que você usa quando viaja para fora. Continue ligado e vou te mostrar 7 dicas para economizar em viagens nacionais.

 

Viaje para as redondezas

Vale da Lua - Chapada dos Veadeiros, Goiás

Vale da Lua – Chapada dos Veadeiros, Goiás

Vai dizer que não conhece ninguém que já visitou o Japão mas nunca foi naquela cidadezinha bonitinha que fica a 100 km da sua. Eu mesma, tenho que confessar, sendo blogueira de viagens e completamente apaixonada pelo Brasil, já fui à Amazônia e ao outro lado do mundo mas não conheço várias cidades bacanas de Goiás. Nunca fui à Cidade de Goiás, e à Terra Ronca, por exemplo, e fui muito menos vezes do que deveria à Chapada dos Veadeiros. (moro em Brasília)

Vamos lá, quando terminar de ler este texto digite no google “Passeios ao redor de (sua cidade)”. Com certeza vão surgir opções bacanas para planejar suas férias.

Agora, se você é daqueles que aproveita bastante a sua região, já foi várias vezes (como deveria) para todas as cidadezinhas e parques nacionais do entorno da sua cidade vamos achar um lugar diferente para você visitar?? Veja a próxima dica!!!

 

Compre a passagem na hora certa

A boa notícia é que existem passagens a preços muito bons para viajar pelo Brasil! Sempre há promoções com várias opções de datas e horários.

Eu sempre vejo as pessoas dizendo : “Uma passagem para o nordeste é R$ 1000, sendo que uma para Buenos Aires é R$ 750, ou uma para Miami R$ 1500!” Vamos lá… injustiça você comparar o preço de uma passagem aérea na alta temporada e fora de promoção com o preço de uma na promoção em baixa temporada para fora do Brasil né? Se é para falar em promoção, vamos falar sério. Você já voou para fora do Brasil por R$ 7? Eu nunca vi! Mas já voei para Belo Horizonte por este preço!

Existe toda uma “ciência” para encontrar a passagem no melhor preço possível. Não existe apenas uma dica, e sim uma compilação de dicas que tem que ser aplicadas com muita paciência e determinação. Às vezes você precisa esperar alguns meses por um bom preço para o destino que você quer, numa data que você possa.

O blog Melhores Destinos já se tornou uma referência neste sentido, e criou até um aplicativo de celular para enviar alertas para divulgar promoções de passagens que eles encontram!

Nas passagens nacionais, a maioria das promoções acontece nos finais de semana. Não para voar, e sim para comprar. Entre na sexta a partir das 20h, e o mais provável é que a passagem que você tinha visto durante a semana vai estar pelo menos uns 30% mais barato. Acredito que eles deixam mais caro durante a semana porque toda a emissão por agências de viagem corporativas é feita no horário comercial, e fora disso as vendas caem muito.

Outro mito é de que comprar a passagem com a maior antecedência possível é o ideal. Eu já tinha percebido isso nas minhas buscas, e o Melhores Destinos fez um estudo a partir de todas as promoções que eles divulgam e chegaram a uma “fórmula” da antecedência ideal. Às vezes comprar com muita antecedência pode fazer o preço estar na verdade mais alto do que a média.

A antecedência ideal para você comprar a passagem para a baixa temporada é de 25 a 40 dias e na alta temporada de 60 a 120 dias.

Eu arrisco dizer que para destinos mais concorridos, como o carnaval em Recife, a antecedência ideal pode ser ainda maior. Agosto de ano anterior é o momento de encontrar passagens por um preço mais ou menos bom. Enfim, promoções para viajar na sexta a noite e voltar na quarta de manhã do carnaval de Recife provavelmente não vão acontecer.

Você vai ver que viajar nas terças e quartas, e em horários menos confortáveis também pode resultar em passagens num preço mais bacana.

 

Viaje de carro

kombi hippie

Às vezes vale mais a pena ir de carro mesmo, principalmente quando a decisão da viagem é tomada de última hora, e para viagens em grupo. A vantagem de viajar de carro é que em alguns destinos o carro é muito importante, como Florianópolis, por exemplo.

Quando fui passar o reveillon na Bahia e fazer uma viagem rodoviária de 20 dias pelo litoral eu fui de carro com dois amigos, e dessa forma tinhamos transporte entre uma cidade e outra, e carro para visitar praias mais distantes em Itacaré.

O trajeto, mesmo que dure mais de um dia pode ser bem divertido também. Nesta viagem para a Bahia nos aventuramos por umas estradas de terra no Vale do Jequitinhonha em Minas (para cortar caminho) e passamos por umas paisagens tão lindas de uma região que não conheceríamos de outra forma.

Em grupo, os gastos de viajar de carro podem ficar bem mais baratos do que viajando em avião e ônibus.

 

Viaje fora de temporada

Cidades turísticas vivem de temporadas. Eles tem que ganhar em quatro meses por ano o suficiente para se sustentar o ano todo. No resto do tempo, principalmente durante a semana, eles tem condições de fazer preços bem atrativos.

Se você não tem filhos, e tem flexibilidade para viajar fora de temporadas, pode pegar bons preços e lugares mais vazios. Em alguns casos, vai até aproveitar os melhores períodos, como em Fernando de Noronha onde a melhor época é setembro, e Lençóis Maranhenses que fica bom até junho.

 

Procure por hospedagem alternativa

Quando eu viajo pelo Brasil com minha família eu sempre uso casas ou apartamentos alugados pelo Airbnb. É uma solução super bacana para viagens em grupo, porque além de sair bem mais barato, você ainda economiza porque pode cozinhar em casa e às vezes lavar as roupas também!

Viajando sozinho também pode ser uma boa, pois alguns anfitriões alugam quartos em suas casas, então você paga bem pouquinho por um quarto só para você e ainda faz amigos locais!

No site você consegue encontrar várias opções em muitas cidades. Algumas bem luxuosas e caras, outras baratas e charmosas. Um quarto pode sair a partir de R$ 50, e um apartamento com capacidade para receber quatro pessoas a partir de R$ 100. Ou seja, R$ 25 reais para cada um! É mais barato do que qualquer hotel, e mesmo do que muitos hostels!

Eu já experimentei como hóspede e como anfitriã.

Se você quiser um desconto de R$ 79 para a sua primeira experiência no Airbnb, é só me mandar um email com o assunto “Desconto no Airbnb” que eu te mando um cupom! Espere o cupom que vou te mandar para fazer seu cadastro! (anabeatriz@planejoviajar.com.br)

 

Fique na casa de amigos

dormir no sofá

Entre as hospedagens alternativas mais bacanas está a casa de amigos e familiares. Assim você economiza na hospedagem e ainda visita amigos que não vê há bastante tempo. A convivência de tomar café da manhã juntos, mesmo se eles não o acompanharem em toda a programação, é muito rica, muito mais do que uma simples visita entre um e outro passeio das suas férias.

Contudo, seja gentil! Não deixe a casa bagunçada, ajude a lavar as louças e se ofereça para cozinhar algum dia para eles. Outra forma de ser gentil é levar algum presente, ou alguma comida típica do seu estado para os seus amigos. Ah, e não fique muito tempo. A duração ideal para uma visita é no máximo 7 dias. Mais do que isso você interfere demais no dia-a-dia da casa.

 

“Em Roma, faça como os romanos!”

Morar em uma cidade é bem mais barato do que viajar de férias para esta cidade. Porque quando você é morador, você conhece restaurantes mais simples voltados para os locais, você usa o transporte público para ir aos lugares ao invés de pagar 10x mais por um passeio organizado em agência de viagens, e você sabe curtir a cidade sem precisar visitar as atrações que cobram pela entrada.

Nas suas próximas férias, tente aproveitar a cidade como se você fosse um morador, mesmo que você não esteja visitando ninguém que mora ali. Ao invés de comprar um passeio de R$ 25 numa agência de viagem para ir a uma praia, pergunte no comércio como as pessoas chegam até lá. Provavelmente tem um ônibus que passa lá perto de R$ 2,50. Demora um pouco mais, mas você está de férias e não tem pressa, né? Então aproveite o caminho para experimentar o transporte público de uma cidade diferente da sua, nem que seja para odiar! heheh (Não esqueça de perguntar os horários para o retorno!)

Quase todas as cidades tem parques bacanas que ficam cheios de pessoas praticando exercícios e fazendo piquenique nos finais de semana. Ser um morador por um dia e visitar estes locais, que não cobram para entrar, pode ser uma experiência bacana e barata!

Ande alguns quarteirões para fora das áreas turísticas e vai encontrar os restaurantes não turísticos onde comem as pessoas que trabalham naquele bairro. Vai ser bem mais barata a refeição e você vai conhecer a versão “original” dos pratos típicos. Mercados públicos também costumam ter refeições por um preço bem mais em conta do que comer na beira da praia.

 

Descansando depois do almoço em Boa Vista do Acará, próximo a Belém

Descansando depois do almoço em Boa Vista do Acará, próximo a Belém

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Enfim, concluindo: se você se planejar e se abrir para a possibilidade de ter uma experiência mais autêntica nos locais você viajará de maneira barata e divertida. Na verdade muitas dessas dicas vem da nossa própria experiência. Era assim que a maioria de nós viajava nos anos 90, quando aviação e viagens internacionais ainda não estavam acessíveis para a maioria de nós.

Crises nos mostram o que é essencial e o que é supérfluo nos nossos hábitos de consumo! Usemos este momento para adquirir uma lógica mais responsável para nossas prioridades de gastos. Viajar é mudar de ares, conhecer o novo. Não precisamos de hotéis caros e restaurantes estrelados para viver esta experiência!

 

Tem mais alguma dica para viajar barato pelo Brasil?? Manda para a gente nos comentários!! Divulgamos para todo mundo!

Abração e boa viagem!

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Notícias

Estamos no Viajantes Aprendizes 3.0!!!

Essa semana eu estou toda boba e orgulhosa porque eu estou dando a minha primeira (de muitas, espero!!!) palestra sobre a organização de um ano sabático!

Claro! Como eu não tinha pensado nisso antes! Eu dou várias dicas de viagem, dos destinos, de como arrumar a mala, de como levar dinheiro para tal e tal lugar e não ia dar dicas de como organizar um ano sabático???? Afinal, todos os perrengues tem que servir para que as “gerações futuras” de viajantes saiam para o mundo com menos dificuldades, não é mesmo??

Eu já ia assistir a todas as palestras de qualquer jeito, mesmo que eu não estivesse participando. Simplesmente porque o Congresso está muito bacana! Tem muito “viajante profissional” que eu ainda não conhecia e de quem já virei fã no youtube, instagram ou blog.

Cara, eu já aprendi muito sobre como planejar roteiros pela Europa e Ásia (lugares que eu fui só uma vez), sobre dar volta o mundo de carro, sobre usar as redes sociais para viajar ainda mais!

 

logo congressoComo participar

 

Para participar e assistir à programação é só se inscrever por este link aqui. Você deixa o email e receberá alertas meia hora antes de cada palestra começar com o link para a sala de exibição. Também tem como você cadastrar para receber alertas por facebook das palestras que mais quiser assistir! (A minha, por exemplo!! eheheh)

Ver a Programação e fazer a Inscrição!

Quando receber o alerta, é só clicar no link que vai para o email e assistir à palestra. Ao lado tem um bate-papo, onde você pode postar dúvidas e comentários para o palestrante e para os demais que estiverem assistindo!

 

Como funciona o Membros VIP?

 

O Congresso está sendo exibido online gratuitamente para quem está nas salas de exibição nos horários programados. Mas algumas pessoas não tem tempo de assistir a todas, então elas tem a opção de comprar o acesso VIP ao congresso.

Existem três opções de pacotes.

No Pacote Prata você recebe acesso à área de membros para assistir quando quiser, e ainda os arquivos de todas as palestras em MP3 para escutar no carro, ou enquanto corre no parque!

No Pacote Ouro, você recebe tudo o que vem no Prata, mais os E-books “Guia Obrigatório para Viajar o Mundo”, “Viajantes Aprendizes” e “10 dicas para viajar o mundo”.

No Pacote Diamante, além de tudo isso, você ainda recebe uma consultoria de uma hora com o Rafael Incao e com o Jair Rebelo para planejar sua viagem pelo mundo!

Para qualquer um dos pacotes, a organização do congresso oferece uma garantia de satisfação de 30 dias. O que isso significa? Se por qualquer motivo o congresso não for o que você esperava e você não estiver satisfeito, eles devolvem seu dinheiro integralmente, sem burocracia.

pacotes congresso

Brinde para quem comprar com o Planejo Viajar

 

Para todos os que comprarem qualquer um dos pacotes acima pelo Planejo Viajar (blog, newsletter ou facebook) vamos oferecer também uma consultoria de viagens de uma hora! Imagina se, depois de assistir a todas as palestras várias vezes e fazer todas as anotações possíveis você ainda tem a oportunidade de conversar ao vivo comigo e tirar todas as dúvidas na organização da sua viagem.

Quando você comprar me manda um email avisando para a gente marcar a sessão, ok? anabeatriz@planejoviajar.com.br

 

Projeto Tamar de Fernando de Noronha

Projeto Tamar de Fernando de Noronha

 

Bom, não perca mais tempo… assista às palestras dos próximos dias do congresso! Depois me conta se gostou, ok??

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Notícias

Como organizar um Ano Sabático – Palestra Gratuita

Hoje começou o Congresso online Viajantes Aprendizes, com dezenas de pessoas que vivem viajando o mundo, seja com as melhores táticas de economizar para viajar mais e melhor, ou trabalhando enquanto conhecem o mundo.

Orgulhosamente eu venho anunciar que eu sou uma delas! Quando eu imaginaria há dois anos quando tirar meu ano sabático era ainda só um projeto, que eu estaria aqui hoje ajudando alguém a fazer o mesmo.

Lógico, a vida não faz o menor sentido se não usamos o pouco que aprendemos todos os dias para ajudar as pessoas. E da mesma forma que antes de viajar eu revirei a internet para ler relatos, dicas e conselhos de quem tinha ido antes de mim, acho que o mínimo que eu posso fazer é retribuir para o universo.

Minha palestra estará disponível no dia 04/de outubro às 17h totalmente grátis.

 

tela programação

O que eu falarei na palestra?

Na Palestra eu falo sobre o início da ideia do Ano Sabático, quando você se inspira, estabelece um objetivo e um propósito para tirar um ano de “férias” e fazer uma viagem para transformar a sua vida até as preocupações que você tem que ter para organizar o seu retorno.

No meio do caminho, respondo perguntas como Quanto custa um Ano sabático? E Como juntar dinheiro para viajar? Como gastar o mínimo possível neste tempo?

Veja abaixo o índice da palestra completa.

 

O que é sabático?

O que você precisa para tirar um ano sabático?

Qual é o melhor momento para tirar um sabático?

Como decidir o roteiro?

Quanto custa um ano sabático?

Como juntar dinheiro para a viagem?

Como gastar menos no seu sabático?

O que levar na bagagem?

O que acontece depois do ano sabático?

 

São 40 minutos que passarão bem rapidinho com várias dicas, exemplos e videozinhos surpresa de alguns dos melhores momentos da minha viagem!

 

Outras palestras grátis

Ao todo serão 28 palestras gratuitas, transmitidas pela internet, então você nem tem que pedir folga do trabalho para assistir a este congresso! hehehe É só se conectar nos horários das palestras do seu computador, celular, e depois seguir a vida de onde você estiver!

Tem bastante gente falando sobre como viajar de maneira mais barata, como ganhar dinheiro enquanto viaja, como organizar um roteiro profissional para as suas férias.

Se inscreva por este link e receba por email as notificações todas as palestras. Você também receberá um link para pedir notificações pelo facebook, se preferir.

Eu vou te ajudar pessoalmente!

Sim, assistir a palestra pode não ser suficiente para quem está com um pezinho na porta daquele avião para começar a viajar imediatamente. Eu sei que às vezes você quer fazer suas perguntas pessoais para alguém que já passou por tudo o que você quer fazer e quer que ela responda olhando nos seus olhos.

E porque não fazer isso por você, né? Então, podemos marcar uma sessão por Skype, ou pessoalmente se estivermos nas mesma cidade nos próximos dias, para falar sobre seus planos de viagem e traçar seu roteiro.

Não é sorteio. Todos vão ganhar. Todos que comprarem um dos pacotes VIP do Congresso Viajantes Aprendizes, mesmo o mais barato, ganharão uma sessão de planejamento de viagem totalmente grátis.

Mais sobre Ano Sabático no Planejo Viajar

Na verdade eu estou só começando a compartilhar minhas experiências em meu ano sabático. Ainda tenho muita coisa para contar e, agora que eu rompi meu medo de falar para uma câmera, podem aguardar mais conteúdo em vídeo para os próximos dias.

Deixo aqui, contudo, a lista de tudo o que eu já falei sobre isso nos últimos tempos:

Antes da viagem:

10 dicas para mulheres viajando sozinhas pela primeira vez

Como viajar com o Dólar Alto – O guia completo

Saúde do Viajante: já pensou em visitar um médico antes de viajar?

10 passos para fazer uma mala prática e leve

Durante a viagem:

Como organizar seu dinheiro durante a viagem?

Como conhecer pessoas em hostels?

Trabalho voluntário: uma maneira de viajar (quase) grátis

Como trabalhar viajando

7 dicas infalíveis para tirar fotos incríveis mesmo de celular

Viajar é se auto-superar!

A magia da primeira vez

Depois da viagem:

O que acontece depois do ano sabático?

Você não precisa largar tudo para viajar por meses

Um ano depois: os dois lados da moeda de um ano sabático

Os 3 maiores motivos de celebração dos meus 30 anos

3 coisas que eu aprendi pedindo demissão para viajar

 

Bom, seria genial se vocês pudessem compartilhar esta oportunidade com todos os seus amigos, e se pudessem deixar um recadinho aqui dizendo o que acharam, ou com aquela pergunta que pode virar um post novo especialmente dedicado a vocês! Um abraço! Boa viagem!

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Notícias, Palpitando

Brasileiros fazem mais viagens aéreas

Pesquisa do TripAdvisor revela que 54% dos brasileiros farão uma ou duas viagens aéreas internacionais este ano, 13% a mais do que em 2014 – 31% farão de três a quatro viagens no Brasil. O estudo mostra que, apesar da crise, os brasileiros não estão abrindo mão do sonho de viajar a passeio ou estão se deslocando mais a trabalho. Para a maioria,  o custo da viagem é determinante na hora de optar por um destino. Por outro lado, menos da metade, 40%, pesquisam em sites antes de se decidir.

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Sua Viagem

Pantanal: a melhor experiência da vida!

O biólogo e observador de aves Eduardo Franco acaba de voltar de uma expedição fotográfica ao Pantanal, “a melhor experiência de sua vida”.  Ele já atuou em diversas áreas, mas só se encontrou quando começou a trabalhar com observação e fotografia de aves.  Para Eduardo, o viés turístico do birdwatching (expresão inglesa para observação de aves), tornou possível unir diversão e profissão em uma mesma atividade. E, como gostamos de compartilhar experiências, pedimos ao observador e ele conta sobre sua trip ao Planejo Viajar! Continuar lendo

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Bate-Papo, Pará

Turismo Comunitário na Amazônia, já ouviu falar?

Qual é a primeira imagem que vem à sua cabeça quando ouve a palavra “Amazônia”? Na minha cabeça vem a imagem de um rio muito grande, muito grande mesmo, e um barquinho pequenininho perdido lá no meio. Nas margens longínquas, a floresta.

Sim, porque antes de visitar a região, eu pensava numa mata fechada e talvez em um dia-a-dia tipo reality show de sobrevivência na selva, mas estando lá você tem uma certeza: a Amazônia é água. Rios mais largos do que em qualquer outro lugar no mundo, não apenas na foz em delta, e sim em seu leito normal.

Os rios são as estradas e as ruas, e a beira dos rios é onde vivem as pessoas. Em comunidades consideradas próximas quando há “apenas” uma viagem de dois dias entre uma e outra. Pessoas que vivem do que a floresta os oferece, num lugar onde o tempo tem um ritmo próprio.

 

Conhecendo a comunidade da Ilha do Pesqueiro em Soure, Ilha do Marajó

Conhecendo a comunidade do Pesqueiro em Soure, Ilha do Marajó

Visitei a Amazônia duas vezes, a trabalho, para conhecer comunidades que ofereciam passeios turísticos. O Turismo de Base Comunitária sempre foi uma paixão, desde a época da faculdade. Na minha primeira viagem fui à mítica Ilha do Marajó, e conheci a capital Belém. Na segunda fui a Barcelos, em uma viagem de dois dias de barco Rio Negro acima, no Amazonas.

A floresta em si, seus animais, a majestuosidade dos rios são riquezas inegáveis. Mas nem só delas é feita a Amazônia. Ali vivem pessoas. Indígenas, ribeirinhos, brasileiros como nós. Que também gostam de futebol, que também discutem política, e que conhecem cada segredo da floresta. Pessoas orgulhosas de nos levar para conhecer os mistérios, contar os causos e cozinhar um peixe que acabou de ser pescado.

Eu sempre gostei de trabalhar com projetos de Turismo Comunitário por causa da relação mais justa com as comunidades. Ao invés de um cara de fora chegar no local, abrir os hotéis e restaurantes e levar o lucro todo dali, a comunidade é quem presta os serviços, e é ela quem fica com o lucro. Então a cultura local é valorizada, e é uma forma complementar de trabalho para quem mora no local.

Gabi e eu subindo o Rio Negro de barco - Amazonas

Gabi e eu subindo o Rio Negro de barco – Amazonas

Num evento de Turismo comunitário em Georgetown, na Guiana, eu conheci a Ana Gabriela Fontoura, ou como eu gosto de chamar, a Gabi. Uma paraense muito orgulhosa que dá aulas de dialeto pai d´égua a todos que conhece. Daquele encontro surgiu uma amizade, e já fomos a Foz do Iguaçu, de barco pelo Rio Negro e já nos encontramos em Belém e em Brasília.

Dia 5 de setembro, foi o dia da Amazônia. Também foi o aniversário do estado do Amazonas, o dia da Raça, e o dia em que a Estação Gabiraba, a agência de ecoturismo de base comunitária da Gabi completou 8 anos. Em comemoração a tudo isso, fizemos uma entrevista com a Gabi, para conhecer mais sobre a região e sobre esta forma alternativa de turismo!

 

Como são os passeios do Turismo Comunitário da Estação Gabiraba?

Rio Arapiúns em Santarém no Pará

Rio Arapiúns em Santarém no Pará

Os passeios são desenhados para promover a interação entre visitantes e moradores, ou seja, é feita para aproximar quem chega e quem recebe. A maioria das viagens envolve passeios de barco, pela dinâmica da nossa região ser baseada muito na relação com os rios.

As atividades que compõem os roteiros vão desde oficinas de artesanato, para aprender a tecer a palha, por exemplo, como remar em canoas regionais, tomar banho de iagarapé e em praia de água doce e ajudar a fazer a farinha de mandioca.

Em cada roteiro a hospedagem é feita de uma forma. Em alguns casos, hospedam-se nas cidades em hotéis e pousadas. Em outros, a acomodação é no barco ou nas próprias comunidades, em pousadas comunitárias ou casas de moradores.

Descansando depois do almoço em Boa Vista do Acará, próximo a Belém

Descansando depois do almoço em Boa Vista do Acará, próximo a Belém

A alimentação é feita pelos grupos das comunidades e são um ponto alto dos roteiros! As avaliações são sempre muito positivas em relação à este item, que é um diferencial por conta da gastronomia tão rica e deliciosa da Região Norte do Brasil, com uma infinidade de frutas, peixes e receitas próprias daqui.

Temos roteiros desde 1 dia ou 1 manhã até 21 dias. Além daquelas opções específicas de viagens que montamos para grupos educacionais ou empresas, por exemplo, que podem durar 1 mês ou mais.

“Minhas expectativas foram superadas. Queria conhecer uma comunidade que trabalha com turismo sem ser ter seus valores e modo de vida deteriorados. Não imaginei encontrar a alegria e brilho nos olhos que vi nas pessoas nem ser tão bem recebida.” (depoimento de turista)

Para onde são este passeios?

Oferecemos viagens para diversos destinos no Pará, Amazonas, Amapá, Acre, etc. Por exemplo, a partir de Belém, as pessoas podem conhecer as comunidades Boa Vista do Acará e Ilha de Cotijuba, para entender o cotidiano daqueles que moram na região ribeirinha da capital paraense. Ou saindo de Santarém, podem viajar de barco pelos rios Tapajós e Arapiuns e conhecer Alter do Chão e comunidades na Floresta Nacional do Tapajós e na Reserva Extrativista Tapajós/Arapiuns.

Ilha de Cotijuba, próxima a Belém do Pará

Ilha de Cotijuba, próxima a Belém do Pará

Qual é o toque especial das viagens que você oferece?

A Amazônia é vastamente conhecida pelos seus atributos naturais que, sem dúvida alguma, são ricos, diversos e impressionantes pela enorme beleza. Porém, a região é mais grandiosa ainda quando se trata das pessoas e das culturas locais. Nesse sentido, as viagens que organizamos tem como foco central a oportunidade de ir além da contemplação das paisagens e da vivência na natureza (importantes e também presentes nos passeios), aprofundando a ligação com as populações tradicionais e valorizando os seus modos de vida.

O toque especial é a relação de confiança estabelecida com os moradores e com todos os envolvidos no trabalho e o sentimento de pertencimento à Amazônia que permeia nossas ações.

Turistas e moradores em Boa Vista do Acará, Pará

Grupo da viagem a Boa Vista do Acará, Pará

 

Parabenizo a Estação pelo enfoque diferenciado dentro do trade turístico. O empenho e carinho colocados no trabalho são bem evidentes.” (depoimento de turista)

Porque você começou a Estação Gabiraba?

Atuo há treze anos na área de ecoturismo e uso público em Unidades de Conservação. Em 2007, quando tinha 24 anos, decidi empreender e fundei a Estação Gabiraba, uma operadora de ecoturismo de base comunitária que atua em parceria com populações tradicionais e organizações locais na região amazônica. Pois, já trabalhava com Turismo de Base Comunitária (TBC) e via que uma das maiores dificuldades era a comercialização das viagens de uma forma diferente, que envolvesse os moradores ativamente na gestão do turismo em seus espaços.

A ideia era mostrar que é possível atuar no TBC na iniciativa privada. Empreender na Amazônia não é tarefa fácil, ainda mais, sendo mulher. No início, as pessoas diziam que nosso modelo de negócio não ia durar mais de dois anos. Por isso, estamos super felizes em comemorar 8 anos de atuação.

Açaí no porto de Belém do Pará

Açaí no porto de Belém do Pará

Como fazer Turismo Comunitário em suas viagens?

O Turismo Comunitário ainda está crescendo no Brasil. Ainda é difícil encontrar informações turísticas sobre as comunidades e sobre os passeios que elas oferecem. Como a Gabi disse na entrevista, a maioria dos passeios é administrada por ONGs e Associações de moradores, que tem dificuldade de fazer a promoção e a comercialização. Mas tente procurar passeios assim em suas próximas férias, há comunidades recebendo turistas em todo o Brasil.

Na Amazônia, é só falar com a Gabi. Ela pode levar você para um dos passeios que ela citou, ou até mesmo fazer um roteiro sob medida para você e seus amigos. O contato com ela é pelo email contato@estacaogabiraba.com.br e pela página do facebook.

Vida longa à Estação Gabiraba! E para você, leitor, boa viagem!

Rio Tapajós em Santarém

Rio Tapajós em Santarém

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Câmbio, Dicas

Como viajar com dólar alto: o Guia Completo!

A pergunta que não quer calar!!! Todos os dias converso com alguém sobre a viagem que já estava marcada para os Estados Unidos e o dólar que não para de subir! Como fazer? Por isso resolvemos fazer este guia completo.

A Rogerlan Ferreira, de Belo Horizonte, nos enviou uma dúvida. Ela está com passagem e hotel comprados para Miami e Orlando e ainda convidou a sobrinha. Ela não está pensando em cancelar, mas chegou a ouvir conselhos assim.

Como ela já pagou passagens e reserva de hotel em reais, ela está preocupada com os demais gastos. Como deve fazer? Pagar em cartão de crédito? Cartão pré-pago? Levar o dinheiro?

Aproveitando o embalo, preparei logo um Guia Completo, com todas as perguntas da Rogerlan e dos demais leitores com quem conversamos esses dias. Confira!

 

Vale a pena cancelar a viagem?

Calma! Não!

Algumas pessoas nos escreveram meio preocupadas, de que compraram as passagens, reservaram os hotéis e estão pensando em cancelar a viagem por causa da alta do dólar. Então, é verdade que está caro, e que subiu muitos nos últimos meses. Mas também não precisa se desesperar com os noticiários e de repente cancelar tudo!

Imagino que quando você fez as reservas você tinha pensado num orçamento total para a viagem. Digamos: R$ 10.000. Com isso você imaginava pagar as passagens, o hotel, a entrada nos passeios, a visita a alguns restaurantes bacanas e fazer compras.

É possível se manter dentro do orçamento, apenas tomando algumas decisões mais inteligentes sobre como aplicar este orçamento de viagem. Não tem mágica, tem que fazer cortes. Se antes os brasileiros iam para os Estados Unidos e voltavam com malas e malas de compras, talvez seja o momento de aproveitar os outros aspectos da viagem em comprar menos. Ou talvez nem comprar nada!

Sim, existe graça em uma viagem mesmo sem compras! Você viajou para conhecer algo novo, comprar   é só um detalhe.

Talvez tenha que comer em restaurantes mais baratos, e fazer mais passeios grátis. Enfim, diminuindo um pouquinho os “luxos” da viagem você consegue se manter no orçamento!

Fora que, se você cancelar, não receberá tudo o que pagou de volta. As companhias aéreas cobram multas e só devolvem uma porcentagem do valor pago. Então, para ter uma idéia, leia com atenção as regras da sua passagem. São aquelas letrinhas miúdas que vem com a confirmação. Ali estão os preços para trocas e cancelamentos.

 

O dólar vai continuar subindo?

Não existe nenhuma forma de prever isso. O que se pode fazer são análises de quais são os motivos da alta do dólar e se estes motivos tendem a continuar ou se vão acabar. O difícil é que são vários os aspectos que influenciam na cotação das moedas, e se houvesse uma fórmula certeira para calcular isso, a pessoa que a tivesse estaria ganhando muito dinheiro.

Contudo, se olharmos para as tendências dos últimos anos, vamos ver que com flutuações pequenas entre um dia e outro, no longo prazo o dólar está aumentando. O que isso quer dizer? Entre hoje e a sua viagem ele pode até diminuir, mas no ano que vem o mais provável é que esteja mais caro…

Isso ajuda quem quer viajar este mês ou mês que vem? Não muito… Mas para quem está querendo viajar ano que vem, pode ser uma boa já ir investindo em dólares.

 

Cartão de crédito, débito ou Travel Money, ou dinheiro vivo?

Qual a melhor forma de levar dinheiro pro exterior?

Qual a melhor forma de levar dinheiro pro exterior?

Esta deveria ser uma questão objetiva, mas por incrível que pareça é uma grande controvérsia entre os blogs de viagem. A verdade é que cada modalidade tem suas vantagens e desvantagens e você precisa entender o que é prioridade para você. O mais barato é levar dinheiro em espécie, mas você quer sair de casa com milhares de dólares na mão? Leia as vantagens e desvantagens de cada modalidade e nossos conselhos ao final deste item!

 

Cartão de crédito

Enquanto todos falam mal do cartão de crédito e afirmam ser a pior forma de fazer pagamentos em viagem, sempre foi minha opção favorita. Primeiro porque acumula milhas, depois porque os 6,38% de IOF agora estão presentes em todos os meios de pagamento, e a cotação cobrada no cartão é a oficial.

Comprando dólares na casa de câmbio você nunca consegue a cotação oficial! NUNCA! Porque? Porque eles vivem disso, e colocam uma porcentagem em cima da cotação para pagar pelo serviço deles. Justo.

Mas, eu concordo que em tempos de alta do dólar, fazer compras e pagar na cotação do dia do fechamento do cartão pode trazer surpresas. Eu mesmo já caí nesta armadilha. Quando viajei o dólar estava estável há meses, e justo na semana do fechamento do meu cartão ele aumentou uns 10%! Enfim, gastei mais do que o planejado.

Então, talvez o cartão de crédito realmente não seja a melhor alternativa para tempos como os de hoje. Melhor tentar alternativas que “congelam” o dólar na cotação de hoje. Lembrando que sempre existe o risco do dólar cair um pouco, mas como a tendência é subida, vamos considerar que vai continuar subindo…

Vantagens:

– Seus gastos viram milhas aéreas

– Cotação oficial do dólar

– Praticidade de não ter que fazer outro cartão

 

Desvantagem:

– Cotação do dia do fechamento da fatura – pode estar maior do que no dia da viagem (ou menor…)

 

Cartão de Débito

O cartão de débito é uma solução mediada, pois a funciona com a cotação oficial do dólar, só que para o dia da compra, não para o dia do fechamento da fatura. O IOF é o mesmo para todos os cartões, e nele você pagará a cotação oficial para o banco, mais as taxas de saque.

 

Vantagens:

– Cotação oficial

– Cotação do dia da compra

– Praticidade de não ter que fazer outro cartão

 

Desvantagem:

– Cotação do dia da compra pode ser maior do que de antes da viagem.

 

 

Travel Money

Visa Travel Money

Visa Travel Money

Eu nunca achei que o Travel Money (cartão de débito pré-pago) fosse a melhor saída para viagens, embora seja o queridinho de vários blogueiros de viagem. Você compra e recarrega em uma casa de câmbio que, como falamos antes, não vai vender o dólar na cotação oficial, e sim mais caro um pouco.

Você paga uma taxa para comprar o cartão, e uma taxa a cada depósito que faz. Se você usa na função débito está ok, mas se faz saques, também paga uma taxa. E se usa em uma moeda diferente da que está o cartão (porque exemplo se seu cartão está em dólares e você viaja para a Europa), você também paga uma taxa para a conversão.

Enfim, para mim são tantas taxas, e você ainda não paga a cotação oficial (a menor), que não vale a pena. E desde que o IOF se igualou com o do cartão de crédito/débito, para mim perdeu totalmente o sentido.

 

Vantagens:

– opção para não carregar muito dinheiro vivo

– “congela” a cotação do dólar no dia da compra

 

Desvantagem:

– Taxa para a compra do cartão

– Taxa para fazer os depósitos

– Cotação das casas de câmbio, maiores que a cotação oficial

 

Dinheiro-Vivo

Esta é com certeza a opção mais barata para levar dinheiro ao exterior, já que o IOF para a transação é de 0,38%. Contudo eu nunca uso esta opção, pelo menos não para todo o meu dinheiro, porque eu tenho medo de perder tudo e ter um prejuízo grande de uma vez, podendo até inviabilizar a viagem.

Não ache que nos Estados Unidos você não poderá ser roubado porque está em um país rico. Recentemente houve um escândalo de que nos hotéis na Flórida estava comum que os quartos fossem invadidos e saqueados enquanto os turistas estavam passeando. Não que aconteça todos os dias, mas acontece.

Se você não deixa o dinheiro no hotel, imagina sair para os parques ou para passear na rua todos os dias com milhares de dólares? Inviável, né? Ou seja, é perigoso.

 

Vantagens:

– Menor IOF

– Não pagar as taxas para saque

 

Desvantagem:

– Insegurança

 

O que fazer então?

Cada turista tem um perfil, e cada um prioriza algo. Acredito que o melhor seja contar com mais de um meio de pagamento, ou seja, comprar um pouco de dinheiro em espécie tanto para aproveitar o IOF menor para pelo menos parte do orçamento da sua viagem como para evitar as taxas de saque presentes e todos os outros cartões.

Primeiro, se você já reservou o hotel com alguma agência daqui e já pagou em reais, perfeito! Se não, pode pensar em fazer isso, porque assim já é menos dinheiro para levar e mais pagamentos feitos com dólar “congelado”.

Nos pagamentos que fizer lá na viagem, dê preferência para o cartão de débito, já que todos assumimos que o dólar vai continuar subindo. Pelo amor de Deus, se descer, não venha dizer que eu falei que ia subir! Eu nunca falei isso!!! hahahha

E ao sacar, faça também uma breve pesquisa nos caixas eletrônicos de diferentes bancos. Eles cobram taxas diferentes para o saque. Dê preferência para os que permitem fazer saques de maior valor e com a taxa menor. Quanto menos saques você fizer, menos taxas vai pagar. Então saque sempre o máximo permitido.

 

Faça pesquisas de preços nas casas de câmbio

Ontem mesmo eu vi duas notícias. Uma dizia que o dólar estava a R$ 4,40 nas casas de cambio, outra dizia R$ 4,10. Não é confusão dos jornais, é que as casas de câmbio tem preços diferentes mesmo para o dólar.

Se a cotação oficial está a R$ 3,80, algumas casas de câmbio vão vendê-lo por R$ 4,10 e outras por R$ 4,40. Da mesma forma que os supermercados tem preços diferentes para os mesmos produtos. Para pagar menos no dólar você precisa fazer pesquisa de preços.

Ligue ou visite várias casas de câmbio antes de comprar seus dólares. E lembre-se de perguntar por todas as taxas e pedir para fazer uma simulação do quanto ficaria comprar seus dólares. Algumas tem a cotação menor, mas cobram uma taxa, então só compensam se você comprar muito dinheiro. Outras tem a cotação maior, mas não tem nenhuma taxa extra.

Ou seja, faça pesquisa, e se informe de todas as taxas. Faça a simulação em todas e veja em qual delas você sairá com mais dinheiro!

 

Compre passagens na promoção

 

passagens

Uma vez eu li uma estatística de que os brasileiros gastavam em compras na Flórida em média 3x o que as demais nacionalidades de turistas. Algumas lojas até contratavam atendentes que sabiam falar português para atender ao nosso público.

Com esta alta do dólar, o setor de turismos nos EUA pirou quando sentiu a diminuição no número de brasileiros lá, e começaram a tentar compensar o câmbio com promoções de passagem inacreditáveis.

Hoje é possível encontrar passagem a menos de R$ 1000, e pacotes incluindo hotel por R$ 1500.

Se você ficar de olho em sites como o Melhores Destinos, fica sabendo dessas promoções. Também pode cadastrar os trechos que você tem interesse no site do Skyscanner e receber alertas quando a passagem estiver barata.

A dica é ficar com o passaporte e visto prontos esperando sair a promoção. Quando sair, compre. Elas não duram vários dias, não dá tempo de pensar muito. Se perdeu, espere mais um pouco, logo logo vem outra.

 

Reserve hotéis mais baratos

Em tempos de dólar alto e de crise econômica é hora de começar a repensar nossos gastos, não é verdade? Estamos viajando pela experiência de conhecer o país, e nao necessariamente para ficar num hotel super luxuoso.

Então, talvez seja a hora de reduzir as expectativas, adotar a mentalidade mochileira e procurar um hotel que caiba no nosso orçamento.

Eu sempre uso o Booking.com* para fazer minhas reservas, porque ele tem um banco de dados gigantesco e permite fazer a reserva sem custo. Existem outros sites desses como o Trivago, o Expedia, e até o site da CVC permite fazer a compra apenas do hotel.

*Se você reservar por este link, nós ganhamos uma pequena comissão, sem custo extra para você. Nos ajuda a pagar os custos de manutenção do site.

 

Use o transporte público

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Foto: Vai pra Disney

Lembra que eu falei do espírito mochileiro?? É verdade que o transporte público não é a forma mais prática de se locomover numa viagem, nem a mais rápida. Mas pode ser a mais divertida.

Eu sempre ando de ônibus nas minhas viagens, porque eu acho que é a melhor maneira de entrar em contato com os moradores locais. Você observa as pessoas, aprende muito e pode até puxar um papo com alguém.

Nos Estados Unidos o transporte público é bem funcional, ainda mais se comparado ao Brasil. Em Orlando, os parques costumam ter um transporte gratuito a partir de alguns hotéis. Assim você economiza não só no aluguel do carro, mas também com o estacionamento nos parques.

O blog Vai pra Disney fez um post super completo falando sobre todos os meios de transporte em Orlando, desde aluguel de carro, taxi, transporte dos parques e ônibus. Você pode fazer um mix de todas as opções e deixar o aluguel do carro só para algum dia com a programação mais corrida.

 

 

Faça menos compras

banner_guia_londres_300x300É queridos… não tem mágica! Gastar menos significa cortar em algum lugar. E nós brasileiros temos o hábito de comprar demais em viagens! Não precisa disso, gente!

Um amigo meu voltou dos EUA uma vez com oito pares de tênis. OITO PARES DE TÊNIS!! Quem precisa de oito pares de tênis?? Você compraria oito aqui no Brasil? Eu tenho três, no máximo.

Então, vamos nos liberando daquela lógica de que tem que comprar porque está barato (até porque não está mais tão barato assim…) e vamos deixar para comprar apenas o que estivermos precisando, e só se o preço compensar muito.

O blog Aprendiz de Viajante, um dos maiores blogs de viagem no Brasil, fez um Guia super completo de compras no Estados Unidos, com informações sobre as melhores lojas, correlação dos tamanhos de lá com os daqui, e com vários cupons de desconto em várias lojas.

*Se você comprar por este link nós ganhamos uma pequena comissão, sem nenhum custo extra para você. É pra ajudar com as despesas de manter o blog.

 

Procure os passeios grátis

LEGO Imagination Center at Downtown Disney 2011.

LEGO Imagination Center at Downtown Disney 2011. Foto: Vivendo Orlando

Economizar com passeios é algo complicado. Ainda mais porque eu acabei de falar para você não gastar com hotel, nem com aluguel de carro, nem fazer compras. Agora vou mandar você não fazer os passeios?? Para que você viajou então, né?? hehehe

Eu sei, parece não fazer nenhum sentido, e não fazia para mim também até eu tirar meu ano sabático. Eu comecei a perceber que eu viajava mais pelo contato com outra cultura, para estar em um lugar diferente, aprender sobre história, geografia, e arte. Então, viajar para mim começou a ser muito mais por andar na rua do que para entrar em todos os museus e parques temáticos e fazer mergulho em todos os pontos possíveis.

Então, sempre há passeios grátis bacanas quando você viaja. Em Paris um dos melhores dias foi quando eu fui com as pessoas que conheci no hostel para o Parque em frente a Torre Eiffel com uma garrafa de vinho de 2 euros que compramos na mercearia. O site Vivendo Orlando fez uma seleção de 9 passeios grátis e bacanas em Orlando.

 

Viaje pelo Brasil

Por do Sol no Porto de Fernando de Noronha

Por do Sol no Porto de Fernando de Noronha

Por fim, se você ainda não comprou suas passagens para o exterior, pode ser uma boa viajar pelo Brasil este ano. Não é verdade que seja tudo tão caro e ruim como dizem. O Brasil está crescendo como destino internacional de turistas, e com esta desvalorização do real o mais provável é que venham muitos estrangeiros visitar o país.

Em nosso país tem lugares lindos e com bom nível de serviço, que podem sair por um preço razoável se você planejar a viagem com antecedência.

Fique de olho em promoções de passagem, procure pousadinhas baratas pelo Booking.com, use o transporte público e faça poucas compras. Se seguir as mesmas dicas de viagem barata para o exterior, vai ver que dá para viajar bem com muito pouco.

 

Viagem pela América Latina

Ruínas de Tulum, à beira do mar no México

Ruínas de Tulum, à beira do mar no México

O real se desvalorizou também em relação à moeda dos países latinoamericanos, mas não tanto quanto em relação ao dólar. O dólar aumentou também nos nossos vizinhos, e podemos conseguir uma relação mais vantajosa se viajarmos para lugares como Argentina, Chile, Peru ou México.

Todos os dias saem promoções de passagem para algum desses lugares, e de promoção em promoção você pode conseguir fechar a viagem em um orçamento que caiba no seu bolso.

 

Como controlar o dinheiro na viagem?

Bom, independente de ir para os Estados Unidos, Europa, ou ficar por aqui, o principal é controlar o dinheiro para não gastar mais do que o esperado.

Eu já escrevi aqui tudinho sobre como eu organizo meu dinheiro em uma viagem. Você tem que decidir com antecedência quanto quer gastar. E daí fazer uma média por dia. Por exemplo: a Rogerlan tem 3000 dólares para ela e a sobrinha, 1500 para cada uma. Se ela vai passar 10 dias, já sabe que o orçamento diário é de 150 dólares por dia para cada.

Você sabe que tem dias que gastará mais, e dias que gastará menos. Então use o US$ 150 como referência e se obrigue a ficar dentro deste orçamento.

Para isso você terá que anotar todos os seus gastos. Ande com um bloquinho e anote tudo o que gastou, até a moedinha que usou para comprar uma bala. Muitas vezes os pequenos gastos é que se somados fazem o grosso da despesa.

Anotar fará você ter mais consciência antes de gastar e ajudará a controlar para que você não saia do orçamento. Assim você decide de dá para comer num restaurante de US$ 30, ou se pelo que gastou hoje melhor comer no de US$ 10 mesmo…

E deixe as compras para o último dia. Assim você terá uma boa noção de tudo o que existe, e não comprará algo que está bem mais barato na loja seguinte. E também saberá quanto do seu orçamento sobrou para compras.

 

Bom pessoal! Espero que assim vocês consigam viajar mais tranquilos. Em tempos de crise é quando mudamos nossa forma de pensar e vamos gastar nosso dinheiro de maneira bem mais consciente.

Tem mais dúvidas? Alguma outra dica para viajar barato com dólar alto? Escreve para a gente nos comentários que a gente atualiza o texto.

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Palpitando, Sabático

Você não precisa largar tudo para viajar por meses!

Às vezes quando eu leio esses textos sobre largar tudo para viajar eu fico com a impressão de que conhecer o mundo é uma alternativa desesperada de pessoas que vivem vidas horríveis. Quem vive uma vida incrível não se interessa em viajar o mundo por meses?

Como se todas as pessoas que abrissem mão do emprego e fossem viver uma viagem tivessem ao mesmo tempo se curado de todos os males da alma e descoberto o segredo da felicidade.

Nada poderia ser mais falso. É hora de começar a falar a verdade sobre largar tudo para viajar. Talvez os que estejam espalhando sua mensagem sejam os que ficaram bem e conseguiram se encontrar, mas eu conheci várias pessoas durante a viagem que não tiveram a mesma trajetória. Elas largaram tudo, viajaram, gastaram todo o dinheiro, não conseguiram fugir dos seus problemas, e voltaram para casa cabisbaixos. Ou outros que eu vejo que ainda não concluíram este ciclo, mas estão caminhando para isso.

Viajar para fugir, para esquecer os problemas é uma armadilha. Lá do alto da montanha mais alta dos Andes ou do Himalaia estes problemas vão mandar um recado de que estão esperando pacientemente a sua volta.

 

Viajar por meses, sem largar tudo!

Eu quero ser alguém que inspira e ajuda as pessoas a viajarem o máximo que elas podem, mas sem irresponsabilidades. Sem falsas pregações.

É preciso falar sobre ano sabático, sobre como se planejar para tirar o melhor desta aventura, e sobre como criar um significado e um plano completo de vida no qual inserir o ano sabático.

Vamos ilustrar com o cenário mais comum: você está num trabalho que odeia. Você luta contra si mesmo todas as manhãs para levantar e ir para o trabalho; fica olhando o dia ensolarado pela janela e querendo estar lá fora fazendo qualquer coisa menos o seu trabalho; você está adoecendo; começou a ser uma pessoa negativa e amarga com seus amigos.

Se eu acho que é hora de você largar tudo?? Pode ser. Provavelmente o primeiro “tudo” que você precisa largar é o seu emprego, mas infelizmente largando o emprego o seu aluguel e as contas de água, luz, e supermercado não podem ser largadas também.

Porque você não faz um plano de se conhecer melhor, entender quais são as coisas que você gosta de fazer, qual seria seu emprego dos sonhos e então encaixa um ano sabático neste projeto? Um plano que envolva ler livros, fazer psicoterapia, sessões de coaching e que seja finalizado com alguns meses em outro país trabalhando como voluntário ou fazendo um curso para a sua nova carreira?

A viagem pode até vir antes, mas entende que se você não atacar a raiz do problema, o mais provável é que você voltará para casa quando seu suado dinheirinho (que você passou anos juntando) acabar e terá que encontrar outro emprego igualzinho ao anterior?

Outro cenário: seu relacionamento acabou. Você já não sabe mais quem é, não consegue imaginar sua vida sem seu antigo parceiro, caminhar pela rua é uma tortura porque cada esquina da cidade guarda as lembranças do seu romance.

Se viajar imediatamente é o melhor para você? Provavelmente.

Viajar sozinha pode ser a melhor forma de se conectar a você mesma, conviver um pouco com sua companhia e reaprender quem você é enquanto pessoa, não mais enquanto metade de um casal.

Mas também é preciso se cuidar um pouco antes de se afastar de todas as pessoas que gostam e se importam com você. Eu mesma já me apeguei a amigos recém-conhecidos e a romancezinhos de verão por não estar bem comigo mesma. Esperei de pessoas que eu tinha acabado de conhecer o cuidado e o acolhimento dos meus amigos aqui de casa. E não dá para esperar isso das pessoas!

Talvez neste caso a viagem pode sim ser deixada para o final do processo, para quando você já usou e abusou do colo dos seus amigos e familiares, quando já se dedicou a redescobrir as coisas que você gosta de fazer nesta nova fase da sua vida, quando já esperou a poeira baixar.

Quando faltar aquele último passo, vá! Vá aberta a conhecer novas pessoas, mas a não se entregar tão facilmente. Quando a companhia das pessoas seja uma opção leve, e não uma necessidade.

 

E se estiver tudo bem?

Outro cenário pouco explorado é quando você mora numa cidade que gosta, cercado por pessoas maravilhosas e num emprego bacana que você não gostaria de perder.

Se você deve viajar? SIM!!!! Claro! Se você já tem uma vida incrível tem todas as condições de deixá-la ainda mais incrível!

Eu conheci pessoas que conversaram com o chefe, explicaram que queriam viver uma experiência diferente e que gostariam de tirar uns meses de férias. Pegaram parte da poupança, ou venderam alguns bens e saíram para conhecer o mundo. O que elas deixaram? A porta aberta para quando voltassem.

Quando você tem um plano claro, mesmo estando aberto a mudar de idéia no caminho, as pessoas a respeitam. Elas entendem que para você pode ser importante viver um ano fora do seu país para aprender outra língua, fazer trabalho voluntário, trilhas super difíceis e escalar vulcões, ou simplesmente para viver um ano sem compromissos de trabalho.

 

Inconsequência não é liberdade

Tem um desses ditados antigos que diz que somos escravos das nossas decisões. Tudo o que fizermos na vida ficará marcado em nossa história e determina quem somos. Não podemos apagar nada do que passou.

Claro que uma viagem pelo mundo nunca é uma decisão ruim, porque independente do que acontecer, você vai aprender e crescer muito. Mas, porque não aproveitar a oportunidade, e todo o esforço que é juntar dinheiro durante meses, e fazer uma viagem melhor planejada?

Porque não entender que não podemos fugir dos nossos problemas, e que a viagem não vai solucionar nada para nós? E então ser capaz de dar um significado para ela. Voltar para casa tranquilos e seguros de que, mesmo com todos os desafios que teremos pelo resto de nossas vidas, nós nos tornamos pessoas melhores. Mais fortes, mais calmos e mais otimistas.

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Palpitando, Sabático

O que acontece depois do Ano Sabático?

Às vezes é importante saber disso antes de tomar a decisão. Eu quero viajar por meses, mas o que acontece depois do Ano Sabático? Como eu consigo outro emprego? Como eu uso os aprendizados da viagem na minha rotina? Como eu me acostumo a não viajar novamente?

Primeiro, todas as suas preocupações são verdadeiras! Você vai voltar da viagem sem emprego e sem dinheiro, porém mais tranquilo, motivado e inspirado.  Vai se conhecer muito melhor. Estará louca para matar as saudades de todas as pessoas de quem você ficou longe, e também vai se irritar um pouco por tudo estar tão igual ao que deixou.

O período de transição, entre o retorno da viagem e a recolocação no mercado de trabalho, a readaptação à rotina será o mais difícil. Mas quando ele passar, você conseguirá enxergar claramente quais foram os ganhos para o seu bem-estar e a busca da sua felicidade proporcionados pelo período sabático.

Mas afinal, o que eu posso fazer? Como aproveitar a experiência para conseguir um emprego e uma rotina melhores? Continue lendo.

Como conseguir outro emprego depois do ano sabático?

Antes da minha viagem, que começou em janeiro de 2014, eu li e reli 300 vezes todos os blogs de pessoas que tinham feito voltas ao mundo, com muita atenção para a parte que falava sobre o retorno. Sem exceções, todos pareciam muito satisfeitos por ter aprendido a viver com menos, muito motivados a abrir um negócio e a participar de entrevistas de trabalho com recrutadores empolgados pela experiências que eles acabaram de viver.

Tenho que admitir que esta “promessa” me deixou bem animada e mais confiante em pedir demissão do meu emprego estável como servidora pública para viajar em busca de experiências.

Selecione as vagas

Mas eu queria alertar aqui de que o “diferencial” de ter vivido um ano sabático não vai ajudar muito se você não souber selecionar as vagas para as quais se candidatará e inserir o ano sabático da maneira correta no seu currículo.

Conseguir um emprego é muito parecido a conseguir um namorado. O primeiro aspecto que afasta os possíveis pretendentes é o candidato desesperado. Já viu como é desinteressante quando a pessoa transparece que está disposta a qualquer coisa, porque não quer mais ficar sozinha?

Com o emprego é a mesma coisa. Não se candidate a vagas para as quais você não cumpre os requisitos porque nem mesmo a incrível e “exótica” experiência de ter vivido o Ano Sabático vai garantir a sua contratação. Não se desespere por estar sem emprego. Afinal, você não saiu de uma vaga bacana para voltar e aceitar qualquer coisa, né?

Isso vai apenas gerar frustração, num momento tenso em que você precisa de auto-confiança. Você estará sem dinheiro por causa da viagem, mas tem que saber exatamente qual é o tipo de cargo que quer ocupar.

Em vagas de seu interesse, adicione o Ano Sabático no currículo com data, lugares visitados, experiências de trabalho voluntário, ou algum projeto cumprido durante a viagem. Escalou uma montanha? Viveu um mês numa tribo isolada? Relate o que atesta que você é determinado, rompe desafios, sai do óbvio. Coloque a experiência como informações adicionais, mas com o destaque merecido.

Tenha uma reserva

Para passar melhor por esta fase de transição, reserve no orçamento da viagem uma quantia suficiente para viver alguns meses enquanto procura trabalho. Não precisa ser o mesmo que você gasta hoje, pode ser bem menos. Às vezes um salário mínimo por mês pode ser suficiente.

Faça contatos antes e durante a viagem

Já comece a pesquisar as alternativas de trabalho antes da viagem. Ao sair do seu trabalho, deixe contatos na manga. Comente com algumas pessoas que podem indicar você para trabalhos ou empregos, explique quais são seus objetivos com a viagem e depois dela.

É verdade que muita coisa pode mudar durante este período – inclusive parte da graça é justamente não saber o que vai acontecer. Mas não custa ter esta preocupação.

Eu saí para a viagem com uma idéia de trabalho para quando voltasse. Mesmo sem ter certeza do que eu queria fazer, escrevi para várias pessoas que conheci por causa do meu emprego anterior e comentei que estava tirando um tempo para mim, e que voltaria um ano depois para atuar como consultora.

Estas pessoas me acompanharam durante toda a viagem e me mantiveram em mente. Ao voltar, elas me admiravam e me indicaram para trabalhos como consultora.

O minimalismo

Eu estava muito orgulhosa da minha mala de 10kg durante toda a viagem. Ali eu tinha todas as roupas que eu precisava para fazer uma trilha, uma entrevista de emprego e sair a noite. Eram basicamente as mesmas peças, apenas com acessórios e atitudes diferentes.

Antes da viagem me lembro de ler muitos relatos falando exatamente que as pessoas aprenderam a viver melhor com menos, comendo melhor e enxergando a beleza nas pequenas coisas.

Andar pelas ruas de uma grande cidade observando as pessoas passou a ser um programa bacana para um dia de semana à tarde. Sentar em um parque com um garrafa de vinho, um queijo e algumas frutas virou o ideal de um dia perfeito.

O desafio é se manter neste mesmo estado de espírito quando você volta para casa. É frustrante perceber que enquanto você mudou e aprendeu a viver com menos, seus amigos e família não fizeram o mesmo movimento. Eles continuarão convidando para restaurantes caros e não estarão nem um pouco dispostos a ser mochileiros em suas cidades.

Vai caber a você decidir o quanto do minimalismo da viagem vai querer implementar em sua vida. Quais hábitos de alimentação, exercício físico e consumo vai manter após voltar.

 

O estresse

Ficar duas horas dentro de um ônibus não é lá tão sofrido. Você se distrai, olha pela janela, escuta expressões diferentes, observa as pessoas. Pensa na vida, pensa no quanto você é abençoado por estar vivendo aquela experiência e sente o prazer da expectativa para chegar a um lugar diferente.

Em casa, as pessoas não são tão exóticas. Na verdade são bem previsíveis. Enquanto você tenta manter a calma, elas estão sendo grosseiras e violentas no trânsito. O lugar para o qual você está se dirigindo não é nenhuma novidade.

Muito rápido, o estresse com o trânsito vai te agarrar novamente. E novamente a responsabilidade será sua de manter a curiosidade e a criatividade ativas enquanto faz atividades estressantes, como encarar um engarrafamento.

Em seu novo trabalho, também estarão presentes todos os elementos que antes faziam com que você não estivesse satisfeito com a sua rotina. A idéia é depois da viagem procurar um trabalho que seja mais de acordo com você, mesmo que o salário seja um pouco menor. Algo mais parecido com suas expectativas, e onde você possa usar a motivação e a criatividade conquistadas ao longo da viagem.

 

Uma dica final

Evite falar mal do seu trabalho em qualquer manifestação pública sobre a sua decisão de pedir demissão e viajar. Não há nada mais antiético do que você falar mal de uma empresa ou do seu cargo depois que sair da empresa. Eu sei que muitas vezes pedimos demissão porque não concordamos com a cultura organizacional, ou até por não concordar com atitudes corruptas dos líderes. Contudo, isso não precisa ser publicado no facebook, blog ou no seu discurso de despedida num bar lotado de pessoas.

Reserve o seu desabafo para amigos mais próximos ou para um diário pessoal. Para o mundo, você quer aparecer como alguém positivo, que está tomando esta decisão por causa de todas as oportunidades que ela traz, e não porque já não aguentava mais uma vida horrível no trabalho anterior.

O Ano Sabático pode ser a melhor escolha da sua vida. Por mais que eu tenha tentado mostrar todos os lados negativos e difíceis do seu retorno, não consigo imaginar um cenário em que esta viagem tenha sido uma decisão ruim. Mesmo quando você demora um pouco a se reencontrar, tudo o que você construir pessoal e profissionalmente após o Ano Sabático será muito mais maduro, criativo e honesto com você mesmo.

O meu principal conselho para afastar de vez suas dúvidas é o planejamento. Tenha um plano minimanente traçado dos seus objetivos com a viagem e uma reserva financeira para o retorno. Desta forma, você conseguirá ter uma experiência incrível e valiosa para a sua vida.

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Bahia

Observação de baleias: fizemos o teste

Uma das atrações da baixa temporada no litoral brasileiro é a observação de baleias, ou whalewatching, tipo de turismo de observação que desperta cada vez mais a atenção dos turistas. Fizemos o teste de um passeio na região do Sul da Bahia, onde aparecem as baleias-jubarte. Na região Sul do país são as baleias-francas.

Embarquei em uma lancha pertencente ao hotel onde estava hospedada, o Arraial d´Ajuda Eco Resort, em Arraial d’Ajuda, distrito de Porto Seguro, Sul da Bahia. Veja como foi. Continuar lendo

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Minas Gerais

Lembranças de Minas na última hora

Se na última hora bater a vontade de levar uma lembrança de Minas e a viagem foi corrida, dá, sim, para achar artigos para dar de presente a preços acessíveis no Aeroporto de Confins, que serve a Belo Horizonte. 

A gente sabe que nas lojas de aeroportos tudo é mais caro, cerca de 30% a mais no preço, e não é diferente no aeroporto. “Aqui a gente tem um preço ‘diferenciado’”, disse-me a vendedora quando perguntei se ficava mais barato comprar uma cachaça numa loja em BH.

“É, eu sei, perguntei pra confirmar”, pensei comigo. Mas não é que, se houver tempo e curiosidade, dá para garimpar umas lembranças do mosaico mineiro bem bacanas e em conta? Veja a lista que fizemos pra você aqui no Planejo Viajar.

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