Lima, Peru

Como ir do aeroporto de Lima para Miraflores – ou qualquer outra parte da cidade

Chegando a Lima para as suas férias no Peru e querendo saber como ir do aeroporto de Lima para Miraflores?

A opção mais rápida e prática é tomar os taxis oficiais do aeroporto. A dica é contratar nos stands na saída do desembarque, porque é mais barato do que negociar diretamente com os taxistas fora do aeroporto. A opção mais barata é o ônibus executivo que sai do estacionamento do aeroporto para paradas marcadas em hotéis de Miraflores.

Veja abaixo mais detalhes sobre cada uma destas opções.

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Norte de Papel

Lagos Branca

Lagos é branca, como todas as cidades de Portugal.

Eu quero escrever, mas eu troco as manhãs silenciosas de concentração, por manhãs tediosas de desperdício. E me odeio todos os dias.

Tudo o que me chama a atenção é superficial. Eu vejo a cidade, mas sei que o que estou vendo não é Lagos. Eu vejo os cardápios em inglês e alemão, vejo os cafés que tem sucos naturais e os que não tem, vejos as praias de cartão postal.

Mas não vejo que a turista está viajando para curar um luto. Não vejo que o rapaz que me atendeu na loja de souvernirs sente saudade de casa. Também não vejo que aquele castelo bonito na beira da praia guarda um histórico terrível de escravidão.

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Norte de Papel

A viajante que quero ser

Hoje não serei a viajante que sou, mas sim a que eu quero ser. Hoje entrarei aos museus para desenhar os quadros, e cantarei músicas nas esquinas para entreter os transeuntes.

Nadarei sob a lua na praia com a bioluminescência, e farei um pedido que me transformará em uma das sereias do mediterrâneo. Hoje visitarei todo o tesouro do fundo do mar, me vestirei de todas as jóias que eu puder encontrar, e irei às festas que dão os golfinhos. Voltarei à superfície quando sentir falta do oxigênio que queima meus pulmões e me faz ser de todas as cores como as flores.

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Norte de Papel

Sevilha numa quinta-feira à tarde

Carros elétricos, patinetes elétricos, pessoas elétricas. Eu também sou elétrica. Todos os bancos da cidade estão ocupados. Os que estão ao sol, não. Mas alguns, sim. Quem são os espanhóis, como são os espanhóis? Desde que cheguei à Espanha, não conheci nenhum!

Eu achei que a Espanha era feita de Flamenco, de Paella e de cidades amarelas. Mas ela é feita de ligações de trabalho, de TO DO LISTs, e de manhã preguiçosas. Em meu ouvido soa música local, como uma tentativa desesperada de que Sevilha se pareça a Sevilha. Mas ela apenas é.

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Norte de Papel

28 dias entre o Flamenco e o Fado: o desafio!

Há 35 dias eu cheguei à Europa para fazer uma viagem que eu estou planejando há tanto tempo que eu nem saberia dizer quanto. Já acrescentei 3 países à minha lista, já aperfeiçoei planilhas de controle financeiro, comecei um caderno de colagens com as entradas de museu e os cartões de embarque. Mas ainda nenhuma palavra sobre a viagem.

Nos últimos quatro anos eu tenho estado escrevendo, mas não é sobre viagem porque embora eu passe o tempo inteiro viajando, estava não-viajando segundo meus critérios. Daí, eu comecei a viajar-segundo-meus-critérios, e não estava escrevendo porque estou ocupada demais aproveitando a viagem e não dá tempo de escrever.

Eu pensei em retomar o Planejo Viajar muitas vezes, mas eu mudei tanto enquanto viajante e minhas viagens mudaram tanto que eu não encontrava mais o caminho. Houve tentativas. Os últimos dois textos publicados são a prova. As raras dicas compartilhadas no Instagram mostram que houve a intenção.

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Lima, Peru

Adeus, Lima…

Adeus, Lima…

Após 1000 dias é chegada a minha hora de partir. Adeus falésias de Barranco, adeus pôr-do-sol no Oceano Pacífico, adeus escritório com vista. Adeus buzinas incessantes pelas ruas, adeus trânsito mais desorganizado que já vi na vida, adeus dias cinzas infinitos de inverno, adeus umidade empoeirada de um deserto à beira do mar.

Vista do Malecón de Barranco

Nossa relação não foi de amor à primeira vista, na verdade não foi uma relação constante de amor. Eu resisti muito, e você resistiu de volta, obedecendo à risca todas as leis da física. Eu não te escolhi e você não me escolheu, mas o destino nos colocou juntas porque tínhamos uma missão. Muito mais você em mim, dada a minha pequenez e falta de habilidade em causar um impacto maior em você. Mas você, você revirou a minha vida do avesso, me deu e me tomou tudo repetidas vezes.

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América Latina, Cusco, Peru

Como comprar o ingresso para Machu Picchu

O Ingresso para Machu Picchu pode ser comprado pelo site oficial do Ministério de Cultura do Peru, nos escritórios do mesmo órgão em Cusco e nas agências de viagem.

Eu recomendo comprar com antecedência se você vai para Cusco e Machu Picchu nos períodos de alta temporada, principalmente se estiver com pouco tempo, pois os ingressos são limitados por dia e podem esgotar. Estes períodos são o final de Junho e os meses de Julho e Agosto. Fora desta época, é mais fácil encontrar entradas para o dia seguinte comprando em Cusco.

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América Latina, Venezuela

O que vi na Venezuela e porque pretendo voltar

Meu mapa da América do Sul está quase completo. “Conquistei” mais um país: a Venezuela. Quem me conhece, ou conhece o Planejo Viajar um pouquinho, sabe que eu tenho uma quedinha pela América Latina. Mas eu nunca tinha ido à Venezuela.

Já tinha planejado mil vezes, mas sempre surgia alguma passagem em promoção para outro lugar e eu acabava adiando os planos. Até que a situação lá começou a ficar cada vez mais complicada, escassez de alimentos, índices recordes de violência… e eu sem conhecer a Venezuela.

Até que eu consegui este trabalho. Hoje eu trabalho no escritório da EMBRATUR para a divulgação do Brasil na América do Sul. É muito bacana, e eu estou viajando bastante pela América do Sul para trazer mais e mais dicas para vocês. Em outro momento eu conto do meu trabalho novo com calma, e de como é voltar a trabalhar fixo depois do ano sabático e de uma temporada como freelancer. Hoje eu quero dizer como eu cheguei à Venezuela.

Uma viagem a trabalho, não dá para negar. Ou talvez desse, mas eu não neguei.

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Trilha para a Feiticeira
Rio de Janeiro

Ilha Grande: trilha para a Cachoeira da Feiticeira

A Ilha Grande é cortada por vários rios pequenos, formados nos pontos de maior altitude no meio da mata, desaguando nas praias. São vários riachos cortando a ilha.

Um deles tem volume de água e desnível suficiente para formar uma cachoeira de 15 metros, a única da Ilha Grande.

Há duas maneiras de visitar a Cachoeira da Feiticeira: uma é pegando um táxi boat (táxi em forma de barco) até a praia da Feiticeira e subindo uma trilha de 20 – 30 minutos até a cachoeira; a outra é fazendo uma trilha a partir da Vila do Abraão com duração média de 1h30.

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Rio de Janeiro

Passeio de Barco em Ilha Grande: Meia volta

Na Ilha Grande, você tem duas opções: caminhar por uma das trilhas ou curtir um passeio de barco. O passeio chamado Meia Volta é o mais popular da ilha, por ter saídas confirmadas todos os dias – independentemente das condições do mar ou do tempo – e por que leva os turistas para conhecer algumas das partes mais lindas da Ilha Grande.

Continue lendo para saber como foi a minha experiência, com várias informações bacanas para quem pensar em fazer este passeio!

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Câmbio, Colômbia

Levar dólares ou reais para Colômbia?

O nosso post Como levar dinheiro para a Colômbia é um dos mais lidos do blog. Lá eu afirmava que valia mais a pena comprar dólares no Brasil e levar para trocar por pesos na Colômbia. Porém, desde então muita coisa aconteceu, o dólar disparou e muita gente segue em dúvida se é melhor levar dólares ou reais para Colômbia.

Acabo de visitar a Colômbia, por causa do meu novo trabalho, e refiz as contas. Leia a seguir, com dados atualizados, qual é a melhor forma de levar dinheiro para a Colômbia: dólares ou reais?

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Rio de Janeiro

As trilhas da Ilha Grande

Se você vem para a Ilha Grande, provavelmente está buscando duas coisas: fazer trilhas e passeios de barco. Não espere aquela cena clássica de ficar sentado com um copo de cerveja em frente à praia, descansando a semana toda, porque aqui não é assim. Ou você se aventura de lancha, ou o jeito é pegar as trilhas da Ilha Grande para conhecer as praias mais lindas.

Aqui é uma ilha montanhosa, toda coberta de Mata Atlântica. O ponto mais alto passa dos 1.000 metros de altitude, o que impressiona numa ilha relativamente pequena. O centro da Ilha é intocado e as pequenas vilas ficam em algumas de suas praias. Entre todas elas, há várias trilhas.

A Vila do Abraão é o principal centro turístico da Ilha onde está a maioria das pousadas, restaurantes e agências. Dali existem trilhas para visitar algumas das praias mais bonitas, como Lopes Mendes e Dois Rios. Também pode-se caminhar até a única cachoeira da Ilha, a Feiticeira, e o Saco do Céu. Todo o contorno da Ilha é marcado com trilhas, então se você ficar hospedado em Palmas, Aventureiro ou Provetá também poderá conhecer outras praias caminhando. Continuar lendo

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Rio de Janeiro

Dicas de viagem para a Ilha Grande

Uma ilha tão perto do continente para ser fácil de chegar, mas longe o suficiente para guardar uma atmosfera de isolamento. Estar no meio do mato, cercada por montanhas e água por todos os lados, há apenas 3 horas do Rio, e umas 6 de São Paulo.

A Ilha Grande é a minha mais nova paixão. Eu costumo dizer que um anjo soprou no meu ouvido “Vai para a Ilha Grande”, mesmo sem contrato de trabalho certo, sem contatos, sem nem mesmo uma reserva de hostel para o primeiro dia.

Desde que cheguei, há pouco mais de um mês, já consegui um trabalho em Marketing Digital, conheci pessoas, fiz amigos de coração, e já rodei uma parte das belezas deste lugar. O que eu mais amo na Ilha Grande é a proximidade da montanha coberta de selva da praia. Você sentada numa faixa de areia que separa, em 30 metros, toda a vida marinha da diversidade de pássaros, plantas, cobras, macacos que vivem em terra.

Veja minhas dicas para você planejar a sua viagem para este paraíso, tão perto e tão longe.

 

Entenda a Ilha Grande

Vila do Abraão

Vila do Abraão

Vila do Abraão

Rua Bouganville na Vila do Abraão

Vila do Abraão

Vila do Abraão

O principal centro “urbano” da Ilha é a Vila do Abraão. É o lugar com a maioria das pousadas, restaurantes, supermercados, agências de viagens que vendem passeios para os arredores.

Além do Abraão, existem outras vilas menores, como a de Dois Rios, onde não são permitidos turistas, ou a praia de Palmas e de Aventureiro, onde há apenas alguns campings e muito poucos serviços.

Mesmo na Vila do Abraão, é comum que falte luz, principalmente na Alta Temporada, devido à grande quantidade de pessoas. A maioria das pousadas tem gerador a combustível, mas se você ficar em um hostel ou uma pousada mais simples, é possível que você fique a luz de velas durante alguns dias.

Também não dá para confiar na conexão à internet. Se você trabalha por internet ou precisa fazer alguma chamada com vídeo, melhor não contar com isso. Meus trabalhos de nômade digital, os serviços que eu presto pela internet, estão todos acumulados, por exemplo. Até estou dispensando alguns clientes por esta situação.

Mas, a proposta é justamente se desconectar do mundo exterior, e mergulhar na dose brutal de natureza presente neste lugar. Fazer trilhas, alguns passeios de barco, curtir a beleza das praias e, por que não, o romantismo da luz de velas.

 

Como chegar

Praia do Abraão

Praia do Abraão

Para chegar à Ilha Grande é preciso pegar um barco no continente. Os transfers para vir para cá saem de Angra dos Reis, Conceição de Jacareí, ou Mangaratiba. Também existe uma nova rota de Paraty para cá, mas os horários são bem mais limitados.

Barca pública

A concessionária CCR, a mesma que faz o trajeto Rio-Niterói de barca é a responsável pela barca de Angra dos Reis e Mangaratiba para a Vila do Abraão. Existe apenas um horário por dia do continente para a Ilha, e um horário de volta. A viagem dura 1h30 e é a opção mais barata.

 

Escuna

A escuna sai de duas a três vezes por dia também de Angra dos Reis, Conceição de Jacareí e Mangaratiba para a Vila do Abraão. A viagem dura em média 50 minutos e é um pouco mais cara que a barca pública.

 

Flex Boat

Esta é a opção mais rápida e mais cara para vir à Vila do Abraão. É a opção da maioria dos turistas, porque em 20 minutos de Conceição do Jacareí você está na Vila, e de Angra dura apenas 30 minutos. São lanchas médias, que vem a uma velocidade bem alta, o que deixa a viagem meio desconfortável por causa do vento e do choque do barco contra as ondas. Mas, por outro lado, a rapidez é o que faz compensar.

Há vários horários por dia. Para quem vem de São Paulo é mais próximo tomar o barco em Angra dos Reis, e para quem vem do Rio é mais próximo pegar em Conceição do Jacareí.

Se você vem do ônibus do Rio de Janeiro, você pode pedir ao motorista para te deixar em frente ao cais de Conceição do Jacareí e embarcar.

Se você descer do ônibus em Angra, seja vindo do Rio ou de São Paulo, você terá uma caminhada de uns 20 minutos entre a rodoviária e o cais, passando por uma via movimentada e com calçadas irregulares. Pode ser uma caminhada difícil se estiver com muita bagagem. Ou então pode pegar um taxi.

 

Transfer

Algumas agências oferecem um serviço de transfer entre o Rio e a Ilha Grande. O transfer inclui um serviço de van desde o aeroporto, ou de um hotel no Rio, e o barco para a Vila do Abraão. É a opção mais cara, mas pode ser a mais prática para quem tem pouco tempo.

 

Dinheiro

 

Não há caixas eletrônicos na Ilha Grande. Mas calma, você não precisará trazer uma sacola de dinheiro! A maioria das pousadas, restaurantes e agências de viagem aceita cartão.

Em alguns lugares, você pode ser cobrado uma taxa de 5%, ou de R$ 10 a mais por pagar em cartão. Na minha opinião vale a pena. Porque eu acho muito ruim andar com muito dinheiro, tenho medo de perder. Então acho melhor pagar esta “taxa de conveniência”. Mas, você pode trazer tudo em dinheiro se preferir.

Mesmo que queira priorizar o cartão de crédito, traga algo em dinheiro vivo. Você pode querer fazer pequenas compras no cartão, e alguns mercados tem valor mínimo para pagamente em crédito, ou alguns serviços podem não aceitar cartão.

 

Onde ficar

Chegando à praia de Palmas

Chegando à praia de Palmas

Na Ilha Grande há várias opções de hospedagem, para todos os gostos e todos os bolsos. Na Vila do Abraão há campings, hostels e pousadas. Há também um mini-resort com pier próprio para desembarque de passageiros.

As pousadas vão desde quartos bem simples até pousadinhas de charme por preços mais altos. Algumas estão na beira da praia, outras mais próximas do verde. Mas nada realmente longe.

Há também vários hostels. No próprio centro da Vila do Abraão há campings, com uma boa estrutura de cobertura para as barracas, cozinhas, chuveiros. Nas partes mais isoladas da Ilha, como a praia de Palmas e a praia de Aventureiro, os campings são a única opção de hospedagem.

 

Trilha para Abraãozinho

Trilha para Abraãozinho

O que fazer

Quem vem para a Ilha Grande vem para curtir praias e fazer trilhas. Como a praia principal do Abraão recebe muitos barcos, as pessoas em geral não gostam de pegar praia ali. Então sempre fazem mesmo que seja uma trilha leve até as praias mais próximas.

A praia de Lopes Mendes, considerada a mais bonita da ilha, e a terceira mais bonita do Brasil, fica a uma trilha de 2h30 de distância em dificuldade média. Dois Rios, que é a vila onde ficava o antigo presídio, também há 2h30 de distância. A cachoeira da Feiticeira fica a uma trilha de 1h30 de distância.

Há praias onde se pode chegar caminhando entre 15 e 40 minutos também. Para quem não quer fazer tanto esforço, também há vários passeios de barcos para conhecer as principais praias da Ilha e algumas ilhotas ao redor. O passeio mais comum é a Meia Volta à ilha, que leva para conhecer algumas praias voltadas para a Baía da Ilha Grande. Os passeios que visitam a parte voltada para mar aberto, não saem todos os dias. Dependendo das condições do mar, eles são suspensos.

À noite nos finais de semana, sempre há algum músico local tocando música ao vivo em frente à Igreja. Nada imperdível, mas ajuda a criar um clima de festa. A maioria dos bares também tem música ao vivo. Há duas boates na Ilha. Elas funcionam em dias alternados.

 

Quando ir

Trilha para a praia de Dois Rios

Trilha para a praia de Dois Rios

Dá para vir para a Ilha Grande o ano inteiro. Aqui não existe baixa temporada. Tem momentos em que fica mais lotado, mas sempre tem gente.

Os períodos mais movimentados são o verão, dezembro, janeiro, e fevereiro. Carnaval e Ano Novo, e feriados em geral são períodos bem cheios na Ilha. Mas, também é o período de mais chuvas.

Pode ser meio frustrante para algumas pessoas virem para cá e pegarem dias seguidos de chuva. Esta foi a minha sensação quando eu cheguei aqui, no início de novembro. A primeira semana, choveu vários dias. Eu decidi não me desanimar, e fazer as trilhas, visitar as praias mesmo assim. Foi maravilhoso. A chuva foi até um charme a mais.

Talvez a época “ótima” para vir para cá seja março e abril. As chuvas já diminuíram, ainda faz calor, e já não há tanta gente na Ilha.

No inverno chove ainda menos, mas faz um pouco de frio, e pode ser mais difícil entrar na água.

 

Bom, pelo que eu conheço do Brasil, posso afirmar que este é um dos lugares mais bonitos de nosso litoral. Além das belezas das praias, e de estar tão próxima da natureza, o clima da Vila do Abraão, com suas ruas de areias sem carros, e pessoas do mundo inteiro é muito bacana.

Aguardo a visita de vocês, ok?

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Rio de Janeiro, Sabático

A semana em que vivi num veleiro em Angra dos Reis

Atualização 24/07/2019 – Quem quiser conhecer e passear no Ideafix é só acessar navegando-ideafix.com.br

Ele não era o maior, nem o mais luxuoso, nem o mais novo ou o mais antigo. O Ideafix, à primeira vista, poderia se parecer apenas a mais um dos tantos veleiros ancorados no Marinas Clube, em Angra dos Reis. Mas ele não é só isso. O veleiro é o lar de um casal apaixonado e idealista que largou a correria da vida e dos negócios no interior de São Paulo para viver de acordo com os ventos. Ele foi, também, o meu lar por uma semana, em Angra dos Reis.

Foi onde eu aprendi que podemos ser tão iguais e tão diferentes ao mesmo tempo e que o amor é o mais importante, sempre. E que os barcos têm uma alma: a alma de quem vive neles, da qual eu tive o privilégio de fazer parte por 7 dias.

Os moradores do Veleiro Ideafix

Os moradores do Veleiro Ideafix

A semana que eu vivi num veleiro

Eu já contei aqui no blog algumas vezes sobre intercâmbio de trabalho: você troca algumas horas de trabalho por casa e comida em suas viagens, e desta forma tem uma vivência completamente diferente do destino, conhece pessoas, e consegue viajar com muito menos dinheiro.

Há alguns meses atrás eu estava procurando trabalhos assim aqui pelo Brasil no site Workaway para minhas viagens dos próximos meses. Eu não conhecia Angra e foi passando por todas as oportunidades do estado do Rio que me deparei com o seguinte anúncio: “Venha me ajudar a bordo em Angra dos Reis e Ilha Grande“.

O Veleiro ideafix entre as Ilhas de Angra dos Reis

O Veleiro ideafix entre as Ilhas de Angra dos Reis

Imediatamente eu me lembrei dos livros do Amyr Klink e do relato de viagem para a Antartida a bordo do Paratii, e de como era a vida em um veleiro e toda a relação que se estabelece com o mar, os ventos e o barco. Qual não foi a minha felicidade quando meu e-mail foi respondido em menos de 24h.

Não foi assim tão fácil conciliar uma data que fosse boa para todos. Foram várias as tentativas e, depois de vários cancelamentos, finalmente conseguimos marcar. Dia 26 de outubro eu embarcaria no Veleiro Ideafix e viveria com Francisco e a Edinha por uma semana.

O trabalho

Cheguei numa segunda-feira à noite de um dia chuvoso. Para a semana, a desanimadora previsão de que haveria chuva para todos os dias. O coração completamente aberto para o que viesse. Um pouco de medo, como é normal em qualquer viagem.

Depois de uma primeira noite de sono um pouco agitada por conta do vento forte que às vezes parecia que iria destruir o barco (pelo menos para uma novata parecia, para quem já está acostumado era apenas um ventinho de nada…), fomos estudar os reparos que precisavam ser feitos no barco e comprar a matéria-prima que faltava.

Reparando a parede interna do Ideafix

Reparando a parede interna do Ideafix

O combinado foi, na parte interna, repararmos a parede que divide o salão da cabine de proa. Na externa, reparíamos o antiderrapante próximo ao mastro. No site, algumas alterações no design e na navegabilidade.

A chuva nos obrigou a começar pelo trabalho interno. Ficamos durante três dias olhando para fora e aproveitando qualquer estiada de alguns minutos para tomar as medidas e fazer os moldes do trabalho a ser feito no lado de fora. Quando caía a noite, íamos para o píer lutar com a fraca conexão wi-fi e tentar trabalhar no site.

Veleiro em Angra dos Reis

Cortando os moldes do antiderrapante

Cortando os moldes do antiderrapante

A vida a bordo

O Ideafix é um veleiro de 33 pés. Ele tem uma cabine de proa, que é o quarto do casal que vive lá, um banheiro, uma sala com dois sofás e uma mesa, uma cozinha e o cockpit, que é a parte externa onde está o timão (volante).

Eu dormia em um dos sofás da sala. Ao lado, a mesa pode ser baixada e juntar-se ao outro sofá, transformando-se em uma cama de casal. As refeições fazíamos na própria sala ou no cockpit, sentados ao ar livre olhando para a marina e todos os demais barcos.

Para cozinhar, os fogões tem uma grade em volta das panelas que protege para que elas não caiam com o balanço do mar. Para navegar, o melhor é ficar do lado de fora, porque ficando do lado de dentro o balanço nos causa enjoo muito rápido.

Numa pequena geladeira guardamos manteiga, leite, carne. Frutas e verdura são mantidas em redes do lado de fora, refrigeradas pela brisa do mar. Morando num veleiro, ou viajando sem data para voltar, aprende-se a selecionar apenas o extremamente necessário, e a viver com pouco, muito pouco.

Depois da tempestade vem a bonança

Depois de quatro dias de trabalho, e de chuva, amanheceu um belo dia ensolarado. Parece até que o clima organizou tudo para que não nos distraíssemos e terminássemos o trabalho no veleiro em Angra dos Reis antes de sair para nos divertir.

No quinto dia vivendo no mar, mas sem ter dado um mergulhozinho sequer, saímos “cedo” (ninguém estava com pressa) para as Ilha Botinas, duas ilhotas super lindas, logo na saída da Baía de Angra, para fazer snorkel.

Acho que já fazia mais de um ano que eu não usava meus pés de pato e minha máscara. Desde Cozumel, na verdade. Eu estava nervosa, e tive muito medo. Paramos a menos de 50 metros de uma ilha e eu fiquei paralisada antes de ter coragem de finalmente pular no mar e nadar até a pequena praia.

Primeiro Snorkel nas Ilhas de Angra

Primeiro snorkeling nas Ilhas de Angra

Foi quando eu finalmente cheguei no recife de corais das pedras em torno da ilha e me lembrei do prazer tranquilo que é apenas boiar com a cabeça para dentro da água, escutando só a minha respiração pelo cano do snorkel enquanto vejo os peixes que calmamente passeiam entre o jardim multicolorido.

Eu estava em “casa”. Depois da longa separação, aqui estávamos eu e o mergulho novamente. “Obrigada a mim mesma por ter me trazido para cá“, foi o meu pensamento. Que bom que eu venci mais uma vez o medo do desconhecido, e o medo de as coisas não saírem como eu havia imaginado, e ter me jogado nesta viagem pelos lugares que eu ainda não conheço no Brasil!

No dia seguinte, mais um dia de sol, e mais um passeio de barco entre as ilhas de Angra. Desta vez, tínhamos visitas, clientes dos passeios de barco do Ideafix. Levamos aquelas pessoas para se apaixonarem também pela região que nós, os moradores do Ideafix, escolhemos para viver.

No final de semana conheci também os amigos de outros veleiros, passeei no Bacanas II da Gil e do Marco, que me levaram para o Saco do Céu, um dos lugares mais lindos da Ilha Grande. Dizem que em noites de mar calmo, a água reflete as estrelas.

Saco do Céu Ilha Grande

Um dos cantinhos do Saco do Céu, em Ilha Grande

A despedida

Quando chegou a segunda-feira novamente, eu olhei tristemente para o calendário e me despedi da Edinha e do Francisco. Ah, sentimos todos uma peninha, porque uma semana passa tão rápido?

O mais difícil nas viagens é nos despedir das pessoas com quem nos conectamos. Viajando, estabelecemos laços muito mais rapidamente do que em casa, e é muito triste pensar que tão cedo vem a separação.

Mas a viagem tem que seguir. Levando-os no coração, irei me apaixonar por outros lugares e pessoas, e sempre poderei voltar para o Ideafix. “Trabalho há!”, me disse a Edinha deixando as portas, ou melhor, as gaiútas abertas!

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França, Notícias, Sua Viagem

Estudante brasileira conta como é viajar para Paris depois dos atentados

Desde sexta-feira o mundo está em choque. Um dos maiores destinos turísticos do mundo, sonho de viagem de muitos brasileiros foi alvo de ataques terroristas. Ainda estávamos em luto pela destruição do distrito mineiro de Bento Rodrigues quando chegou a notícia do terrorismo em Paris.

Foto: Mariana Meireles

Foto: Mariana Meireles

O Planejo Viajar falou hoje com Mariana Meireles, brasiliense de 23 anos, moradora de Paris há dois anos, onde cursa o Mestrado em Finanças pela Sorbonne. Mariana nos conta sobre qual foi a sua reação e dos amigos ao saber dos ataques e o que um turista deve esperar ao viajar para Paris nos próximos dias.

Quando as pessoas começaram a ser informadas dos acontecimentos eu já estava em casa. Fiquei sabendo por um amigo que me ligou pra saber se eu estava bem. Tenho uma amiga minha que mora no 11° arrodissement (distrito). Ela não estava exatamente no local, mas estava bem próximo. Ela tentava voltar para casa de táxi, mas muitas ruas estavam fechadas e tudo estava bloqueado. Ela disse que teve um pouco de medo pois, até aquele momento, só havia rumores sobre o que estava acontecendo.”

Mariana relembra outro atentado recente que sofreu Paris, quando o jornal Charlie Hebdo foi atacado e 12 pessoas foram mortas. Ela disse, contudo, que não notou nenhum aumento na xenofobia entre os moradores da cidade, até porque existem muitos estrangeiros morando lá. “Ainda não reparei muita diferença. A França é um pais que possui uma população árabe muito grande. Tenho vários amigos que são árabes e que condenam esse tipo de comportamento dos grupos radicais“.

Para a estudante, não há razões para cancelar as viagens marcadas a Paris. Segundo ela os alvos foram locais pouco frequentados por turistas. Ela adverte, contudo, que quem viajar para Paris depois dos atentados pode esperar uma segurança reforçada em todos os lugares.

“Não se assustem se virem dezenas de militares com metralhadoras e cachorros entrando no metrô. Amanhã na faculdade vai ter controle de carteirinha estudantil e das bolsas”.

Neste domingo, 15 de novembro, a maioria das atrações turísticas e do comércio de Paris estavam fechados. Em algumas lojas abertas, estavam revistando as bolsas dos visitantes. Ainda não há informações sobre o funcionamento da Torre Eiffel, Museu do Louvre, Arco do Triunfo e outros atrativos importantes na capital francesa para esta semana. Eles ficaram o fim de semana fechados à visitação.

Rio Sena e a Torre Eiffel

Vista do Rio Sena e da Torre Eiffel em Paris

Mariana acredita que apesar de ser muito difícil prever os acontecimentos, quem visitar Paris nos próximos dias deve evitar pegar o metrô no horário de pico, e mais ainda o RER (trem de passageiros para as regiões nos arredores de Paris) porque são locais de concentração de pessoas. “Evitem a estação Chatelêt- les Halles, onde 5 linhas de metrô e 3 de RER se cruzam. Lugares com muita aglomeração de pessoas não são muito indicados“.

 

Devo cancelar minha viagem para Paris?

Sacre Coeur

Sacre Coeur

Não existe, nem do governo francês nem da Embaixada do Brasil na França, nenhuma recomendação oficial de evitar viagens à França. Eles apenas informam que nos próximos dias algumas das principais atrações turísticas estarão fechadas, e espetáculos de música e teatro foram suspensos.

Eles advertem contudo, que o controle nas fronteiras será reforçado, o que pode aumentar o tempo de espera nas filas de imigração.

Pode ser útil ter em mãos o telefone do Consulado Geral do Brasil em Paris para eventuais dúvidas ou pedidos de apoio enquanto estiver na cidade. O número disponibilizado por eles na página oficial é + 33 6 80 12 32 34

 

E se eu quiser adiar minha viagem?

Quem quiser trocar as datas das passagens para Paris, deve entrar em contato direto com a Companhia Aérea ou agência de viagens onde comprou o bilhete. As companhias TAM e AirFrance divulgaram as regras para alterações de bilhetes para a próxima semana.

Na AirFrance, quem quiser trocar o bilhete para uma data até 22 de novembro, pode fazê-lo sem nenhum custo extra. Adiamentos para depois de 22 de novembro ou cancelamentos, você receberá um voucher não reembolsável válido por um ano. Todas as regras (em inglês) estão no site da companhia.

A TAM informa que quem tiver bilhetes marcados para até o dia 30 de novembro poderá solicitar o reembolso ou a remarcação para até 15 dias depois sem custos extras. A companhia aérea brasileira assegura ainda que, após consultas as autoridades francesas sobre o espaço aéreo do país, segue com sua operação no aeroporto Charles de Gaulle, em Paris. A companhia ressalta que todas as precauções foram tomadas para garantir a segurança dos voos.

 

Vai para Paris nos próximos dias? Conte sua experiência para nós e ajude outros viajantes como você! Escreva para contato@planejoviajar.com.br

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Cozumel, México

10 motivos para conhecer Cozumel – 10 anos do furacão Wilma

Exatamente dez anos atrás o maior ciclone tropical já registrado na Costa Atlântica atingiu Cozumel. Para quem não sabe, Cozumel é a ilha caribenha que me recebeu nos primeiros meses da minha aventura no ano sabático. Foi lá que fiz os primeiros amigos, o primeiro trabalho voluntário, que experimentei as primeiras sensações de recomeço.

imagem wilma satelite

O furacão atingiu Cuba, Estados Unidos, Jamaica, causando um prejuízo de 20 bilhões de dólares em toda a região, e dezenas de vítimas fatais. O olho do furacão, ficou precisamente em cima da Ilha de Cozumel por mais de 60 horas, conforme mostra a imagem de satélite, antes de seguir para o Golfo do México e atingir a Flórida.

Entre 21 e 23 de outubro de 2005 Cozumel desapareceu do mapa. Escutei diversos relatos sobre o furação, como de que na Cidade do México dizia-se que a Ilha tinha sido totalmente destruída e que seria muito pouco provável que houvessem sobreviventes, e de quem estava lá já não sabia dizer o que era dia e o que era noite. Uma senhora me contou que não tinha mais interesse em olhar no relógio para saber quanto tempo havia se passado. Tinha uma sensação de que não terminaria nunca.

No dia 23 de outubro as pessoas começaram a sair de suas casas e encontraram um cenário apocalítico de postes derrubados, árvores caídas, comércio destruído e alagamentos de estradas. Mas estavam vivos, como por milagre.

Imediatamente toda a população começou a fazer um grande mutirão para limpar e reconstruir a cidade que vive de turismo. Em apenas 15 dias eles conseguiram receber o primeiro navio de Cruzeiro.

Estrada da Parte Sul destruída. Foto: De Lille Sports Cozumel

Estrada da Parte Sul destruída. Foto: De Lille Sports Cozumel

Avenida beira-mar depois do furacão. Foto: De Lille Sports

Avenida beira-mar depois do furacão. Foto: De Lille Sports Cozumel

Clube de praia Playa Corona destruído

Clube de praia Playa Corona destruído. Foto: De Lille Sports Cozumel

Hoje, 10 anos depois, Cozumel já está totalmente recuperada. Já não existem mais marcas visíveis de toda a destruição que sofreu. Voltou a ser a Ilha mágica, com toda a sua natureza exuberantes, suas áreas de preservação da natureza e seu mar azul Royal único.

Como homenagem à esta ilha tão especial para mim, 10 motivos para visitar Cozumel!

 

Mergulhar nos Recifes de Cozumel

mergulho Cozumel

Como não poderia deixar de ser, o mergulho vem em primeiro lugar. A ilha abriga um jardim submerso com pontos de mergulho para todos os gostos. Abismos cobertos por corais, mergulho em correnteza, mergulho profundo, rica fauna marina.

A ilha é um dos melhores locais para mergulho no país. Os preços são bem razoáveis em comparação à vizinha Tulum, e há oferta de cursos de certificação para todos os níveis, de todas as certificadoras.

 

Dar a volta à Ilha em um Fusca Conversível

Fusca Conversível na volta à Ilha de Cozumel

Fusca Conversível na volta à Ilha de Cozumel

Um dos charmes de Cozumel são os fusquinhas conversíveis coloridos para aluguel! Por US$ 20 dólares você aluga um desses carrinhos para fazer a volta à Ilha em grande estilo! São 56 km de praias, parques, e muito sol.

Volta à Ilha de Cozumel

 

Fazer snorkel

Snorkel na Playa Azul

Snorkel na Playa Azul

Mesmo sem um cilindro de oxigenio, dá para visitar os recifes de Cozumel. Ao longo de toda a costa de Ilha são vários os pontos de mergulho livre. Aconselho que se informe sobre as correntes antes de cair da água, e marque algum ponto fixo no continente como referência. Depois disso, você pode ficar horas e horas na água!

 

Visitar a Punta Sur

Lagoa e Mar do Caribe em Punta Sur

Lagoa e Mar do Caribe em Punta Sur

De todos os parques de Cozumel, a Punta Sur é o mais bonito, na minha opinião. Ali estão lagoas de água doce, mangues, um farol aberto à visitação de onde se vê a ilha de alto. As praias também são lindas e há um passeio de barco incluído no valor do ingresso.

 

Visitar as ruínas de San Gervásio

San Gervasio

San Gervasio

As ruínas de San Gervásio não estão entre as mais impressionantes do país, nem mesmo da região do Caribe. Mas o que eu mais gosto nas ruínas de San Gervásio é a exclusividade, a paz da pouca visitação. É possível sentar à sombra de uma árvore e admirar as pirâmides sem a interferência de centenas de turistas famigerados tirando selfies.

San Gervásio: as ruínas arqueológicas de Cozumel

 

Ir a um Temazcal

Entrando - Foto: Temazcal Cozumel

Entrando – Foto: Temazcal Cozumel

Bem no centro da Ilha, em uma reserva cercada de verde e ao lado de um cenote está um Temazcal. É uma sauna de origem indígena onde são feitos rituais de meditação e purificação abertos para os visitantes. Em meu tempo em Cozumel tive a oportunidade de ir duas vezes e foi uma experiência marcante.

Temazcal: o banho de vapor pré-hispânico no México

 

Conhecer a primeira praia livre de fumo do México

Playa San Martín

Playa San Martín

A Playa San Martín, a minha preferida em Cozumel, é a primeira praia livre de fumo do país. Ali está proibido fumar. Mas não é isso que faz dela a minha preferida, e sim o fato de que é uma das poucas praias que tem uma extensa faixa de areia livre de clubes de praia ou multidões, onde você pode fazer uma caminhada, ou simplesmente sentar na areia e ficar curtindo o mar. Cuidado com a água, há correntes fortes em alguns pontos, sinalizadas com bandeiras vermelhas.

 

Comer peixe-leão no restaurante La Perlita

Peixe Leão empanado com coco Foto: Restaurante La Perlita

Peixe Leão empanado com coco Foto: Restaurante La Perlita

O peixe-leão é uma espécie invasora no Caribe. Não sendo dali, não tem predadores naturais e se multiplica descontroladamente, desequilibrando o ecossistemas dos recifes. Por sorte, ele é comestível e bem saboroso. Sua pesca extensiva tem ajudado a diminuir seu impacto ambiental.

Assim, o restaurante La Perlita tem um menu especial do Peixe-leão, e quem consome está ajudando a proteger os recifes do Cozumel.

 

Ir ao melhor carnaval do Caribe Mexicano

Carnaval Cozumel

Carnaval Cozumel

Uma das coisas que mais me impressionou em Cozumel foi o Carnaval. É um mega evento organizado com muita antecedência. Lembra talvez os antigos carnavais brasileiros, com concursos de fantasia realizados em clubes e eleição de rei e rainha do carnaval.

Nas semanas anteriores um palco nas principais praças exibe as coreografias dos candidatos a rei e rainha. Já eleitos, na semana do carnaval eles fazem parte de um grande desfile organizado na avenida beira-mar entre vários blocos temáticos organizados pelos moradores locais. Até baterias de escola de samba inspiradas no Brasil saem no desfile.

A tradição é que os blocos passem arremassando doces e colares coloridos para o público que os assiste das calçadas, e acompanha como pode. Respondi muitas vezes à pergunta se era parecido com o carnaval do Brasil. Tenho que dizer que não achei tão parecido, mas achei divertido e super engraçado.

Como é o carnaval de Cozumel?

Conhecer o Mapache Enano

Mapache enano, espécie endêmica de Cozumel

Mapache enano, espécie endêmica de Cozumel

O mapache enano é uma espécie endêmica da ilha. Só existe ali. Existem mapaches no continente, mas por estarem confinados na ilha, a espécie dali se desenvolveu separadamente e é bem menor do que seus “primos” de Cancun.

O melhor lugar para avistá-los é a parte norte da Ilha, onde eles sempre aparecem quando veem humanos na esperança de ganhar um biscoitinho ou um mashmellow. Mas, você não deve alimentá-los. É uma espécie selvagem que sofre consequencias se recebe alimento de humanos, desde problemas de saúde até a dificuldade de se alimentar de maneira normal nos dias onde não há visitantes.

Eu trabalhei com educação ambiental nos meses que vivi na Ilha e parte do nosso trabalho era justamente a conscientização da população e dos turistas para a importância de não alimentá-los.

 

Cozumel é bem bonita! Uma ilha para quem gosta de natureza mas quer toda a estrutura de uma cidade!

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Sabático

Já pensou em nunca mais pagar hospedagem quando viaja?

Atualizado em 4/4/2016

Sim, isto é possível! E há pessoas viajando assim exatamente agora!

Eles se hospedam em lindas casas de campo, ou em frente à praia, e não pagam nada por isso. Bom, pelo menos não em dinheiro.

O House sitting é mais uma forma de intercâmbio de trabalho, específica para pessoas que cuidam de casas e animais quando viajam. Pessoas que têm uma casa com plantas e animais de estimação e vão fazer uma viagem longa, precisam de alguém para cuidar de tudo enquanto estão fora. E assim surgiram várias comunidades de House Sitting. Continuar lendo

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Sabático

Como negociar um intercâmbio de trabalho numa viagem

Atualizado em 23/03, às 9h

Intercâmbio de trabalho, também chamado de work exchange ou trabalho voluntário, é quando você troca algum serviço por outro, sem envolver dinheiro. Uma das formas mais baratas de viajar, principalmente em períodos longos, é trocar algumas horas de trampo por hospedagem e alimentação.

Você pode trabalhar na recepção ou na governança de um hostel e ganhar uma cama para dormir. Você pode cuidar de um bebê e ajudar na jardinagem de uma casa de família e ter um quarto para morar durantes uns meses.

Para quem vai viajar por vários meses, em um ano sabático por exemplo, fazer intercâmbio de trabalho pode ser uma maneira de viajar por muito mais tempo com bem menos dinheiro! Até porque eu aprendi, nessa vida nômade, que não gastar é o mesmo que ganhar!

Continue lendo para saber:

– Quem pode participar;

– Sites para encontrar oportunidades;

– Outras formas de entrar em contato com possíveis hosts;

– Qual a antecedência para fazer o contato;

– Como é o trabalho;

– Vistos e outras exigências;

– Como negociar um intercâmbio de trabalho que seja bom para as duas partes. Continuar lendo

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Bolívia

Salar de Uyuni: quanto custa conhecer este deserto?

Atualizado em 30/08/2018

Já fui à Bolívia 4 vezes. É sempre lindo e difícil. É um país com pouca estrutura para o turismo econômico. Às vezes vale a pena até dar uma “playboyzada” e escolher hotéis mais sofisticados ou a versão mais exclusiva dos passeios.

Para o Salar de Uyuni, você pode escolher a versão luxo, onde você vai sozinho (ou com o seu grupo, seu par) no carro com o Guia e fica em hotéis mais estruturados, ou pode fazer como a maioria das pessoas faz e ir no passeio econômico.

Passeio econômico para o Salar de Uyuni

Parada no hotel de Sal no Salar de Uyuni

Parada no hotel de Sal no Salar de Uyuni

O passeio econômico é feito em um carro utilitário adaptado para transportar 7 pessoas: 6 turistas mais o guia. O porta-malas vira mais um banco e a bagagem é transportada num bagageiro acima do carro. Ali vão as malas dos turistas, combustível (porque não existem postos de combustível no meio do deserto) e o que mais o Guia precisar levar.

O Guia é o motorista, nem sempre fala inglês, então se você fala inglês é bem capaz de ter que ajudar os turistas estrangeiros a entender as explicações. Ele também serve as refeições, que são preparadas nos alojamentos na noite anterior e enviadas em marmitas. O valor está incluído no preço do passeio.

O pernoite é em pousadas muito simples, em quartos compartilhados e há apenas um banheiro. Em algumas não há água quente, ou pode mesmo acontecer de você ter que pagar pelo uso do chuveiro.

Quanto custa o passeio?

Entrada do Parque Nacional Eduardo Avaroa

Entrada do Parque Nacional Eduardo Avaroa

Diferentes agências oferecem diferentes preços. Mas eles sempre estão dentro da mesma média:

Passeio de 3 dias no Salar: 700 bolivianos = US$ 100

No segundo dia você terá que pagar a entrada no Parque Nacional Eduardo Abaroa

Entrada do Parque Nacional Eduardo Abaroa : 150 bolivianos = US$ 21

O chuveiro nos alojamentos pode custar em média

Chuveiro nos alojamentos: 10 bolivianos = US$ 1,5

Ônibus de La Paz para Uyuni: 80 bolivianos = US$ 12

 

O câmbio do real em setembro de 2015, quando há uma desvalorização mundial de nossa moeda, estava em torno de Bs. 1,90 a Bs. 1,80. Consulte cotação no momento da leitura deste post.

Em reais os preços ficariam em torno de:

Passeio de 3 dias ao Salar: R$ 390

Entrada ao Parque Nacional: R$ 85

Banho: R$ 6

Ônibus de La Paz para Uyuni: R$ 45

 

Atualização 2018: com o câmbio em torno de US$1 = R$ 4, os preços ficam mais ou menos

Passeio de 3 dias no Salar: R$ 450

Entrada no Parque Nacional: R$ 90

Banho: R$ 8

Ônibus de La Paz para Uyuni: R$ 50

 

ATENÇÃO: Estes preços não são atualizados diariamente. Use este post apenas como uma ideia de quanto custa, mas sempre leve algo de dinheiro extra para não passar aperto nas viagens!

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Bate-Papo, Sabático, Sua Viagem

Você daria a volta ao mundo de bicicleta?

Uma volta ao mundo em bicicleta faz com que todas as minhas viagens em classe econômica de avião, ônibus de segunda classe e me hospedando em hostels pareçam viagens de luxo. E se a viagem não for só o destino? Se toda a graça estiver no caminho?

Pablo Dadalti, um mineiro de 30 anos, engenheiro mecânico, me ensinou isso numa conversa super bacana que eu trago aqui para vocês. Ele trabalhou durante 4 anos numa empresa de projetos navais. A trajetória profissional dele é a dos sonhos de muita gente. Ele estava cotado para ser gerente em breve, e tinha sido escalado para um projeto no Japão, onde ficaria por 6 meses.

Pablo Dadalti em sua bicicleta

Pablo Dadalti em sua bicicleta

Ao invés de aceitar, ele pediu demissão. “Eu era a promessa da empresa, mas estava vivenciando de perto todo o stress do mundo corporativo. Fui muito sincero com eles: disse que não queria ser gerente, que eu gostava mesmo era da área técnica, mas que eu iria pedir demissão“. E foi rodar o mundo de bicicleta. Já passou pela Europa e agora está na América Latina.

 

Como a viagem começou?

Eu tinha alguns amigos que já tinham viajado de bike, então me encantei. No meio do ano passado comecei minha viagem pela Europa, mas não deu muito certo, fui sem planejar nada, e não tinha nenhuma experiência. A Europa é muito cara também!

Então na Europa eu cruzei Itália, Croácia, Monte Negro, um pedaço da Bósnia e Albânia. Eu não tinha lido um livro de cicloturismo sequer, passei várias noites em Mc Donald´s 24 horas. Não sabia que os cicloturistas em geral passam a noite em bombeiros, cruz vermelha, escolas. Eu corri riscos.

 

Que riscos?

Eu dormia em qualquer lugar, parques, praças. Não deixa de ser história para contar, mas quem falar que isso é bom está mentindo. É ruim! Dormir em um banco de praça ao léu.

Teve um dia que eu já tinha pedalado pela Croácia em direção à fronteira com Bósnia, quando parei numa tenda de frutas na estrada. Lá trabalhava um rapaz bem jovem que não falava inglês então, como eu já havia pedalado bastante, fiquei por lá com ele.

A gente não conseguia se comunicar bem, então passamos toda a tarde conversando por desenhos e mímicas. Cara super gente fina, ficou me dando frutas de presente, melhor pêssego que já comi na minha vida! Ficamos muitas horas conversando até a hora dele fechar a tenda, e eu ajudei a fechar. Consegui perguntar se poderia acampar na tenda, ele deixou acampar atrás dela e me deu um tonel de água pra eu me banhar.

Barraca de Frutas na Croácia

Barraca de Frutas na Croácia

Fiquei por lá e começou a anoitecer, então começou um movimento muito forte de estranhos no local. Aí me mandei pra vila que era do lado e dormi num banco de praça que ficava em frente o mar.  No final escrevi um recado em três línguas pro rapaz da tenda de frutas agradecendo e coloquei debaixo da porta da tenda quando fui embora pegar estrada no dia seguinte. Isso, mostra a melhor coisa de viajar em bike: as pessoas, o contato forte e amoroso com as pessoas locais que sempre te ajudam.

Aí eu decidi voltar para o Brasil e me replanejar. Li um livro de cicloturismo, Pelos Caminhos de Nuestra América Latina e me mandei pro México.

 

E na América Latina?

Com o tempo, a viagem foi se tornando parte do meu cotidiano, passei a me sentir mais a vontade em hostels, bombeiros, cruz vermelha e casa de pessoas que me deram um teto mesmo que por apenas uma noite. Passei a me sentir parte de uma família por cada lugar que passava, me abri, chorei, sorri, brinquei e me diverti. Fiz amigos e me despedi com uma velocidade incrível, aprendi a lidar: com a dor da despedida, com a falta das pessoas que amo, saudades, a viver uma vida muito mais simples, com apenas um par de roupas, um fogareiro, uma barraca e um bike.  Todo aprendizado que tive nessa viagem até o momento, 20 anos de estudo não me ensinariam.

Pablo e sua amiga Brenda

Pablo e sua amiga Brenda

Teve um dia que eu estava na (estrada) Panamericana e avistei uma senhora que me pediu para parar. “Quer umas bananas?!” Olhei para um lado e olhei para o outro, e respondi: “Sim, porque não”. Então ela me convidou para ir até sua casa para me presentear com as bananas, abacate com rapadura, 4 bananas e dizendo:

– Água fria não tenho porque aqui não tem geladeira mas pode pegar da torneira que sai fresquinha. Está com pressa?!

– Não…. porque?!
– Pq queria comprar uns ovos e fazer um almoço e te convidar, porque Deus me disse que temos que compartilhar, então vou compartilhar o pouco que tenho.

Aceitei e no final da história me presenteou também goiabas, mangostão (uma fruta típica) e queria me dar mais, mas já era muito peso para a bike. Saí de la feliz após um lindo abraço em Brenda e agradecido desse anjo ter cruzado em meu caminho!

 

Até quando você vai viajar?

Hahaha, a primeira pergunta que todos fazem.  Não tenho um destino, aprendi isso no meu caminho. Viajar de bike é ser livre, alguns ciclistas colocam metas, mas acredito que eles tem que aprender a viajar de bike. Viajar de bike é nao ter metas, o caminho é o mais importante!

A cada dia mudo tanto nessa viagem que é impossível! Aprendi a viver sem expectativas, sem pensar no futuro, viver o agora e aprender com o agora.

Colômbia

Colômbia

Qual é o seu conselho para quem quer fazer uma viagem parecida?

Ler um livro de cicloviagem, o resto você consegue ver depois. Existem muitos Homem Livre , Pelos Caminhos de Nuestra América, conversar com cicloturistas e saber como é. Perguntar sem vergonha onde dormiam, o que comiam, como era, se tomavam banho e etc.

Você deveria tentar viajar de bike e fazer parte dessa família linda que não para de crescer!

 

É preciso treinar muito?

Aprendi uma coisa muito importante na Guatemala: “Poco a poco”. Você pode fazer o que quiser numa bicicleta. Tem dias que eu pedalo 100 km, tem dias que eu pedalo 10. O importante não são os kilômetros por dia.

Pablo e os amigos de Viagem em uma Praia na Nicarágua

Pablo e os amigos de Viagem em uma Praia na Nicarágua

Nossa conversa durou muito mais ainda. Ele me disse que gasta em média 8-10 dólares por dia nesta viagem, e que na próxima etapa vai passar algum tempo viajando de bicicleta pelo Brasil e já está planejando seguir pela África e Ásia. Pablo já tinha o dinheiro guardado quando decidiu fazer a viagem, porque sempre foi muito simples e não gastava todo o salário que ganhava.

Me passou vários textos em sites, revistas e livros sobre cicloturismo. Acho que ele estava mesmo determinado a me convencer a me juntar aos cicloturistas! O que vocês acham?? Embarco nesta ou não???

 

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