Minas Gerais

Onde ficar e comer no Carnaval de BH

Belo Horizonte recebe neste Carnaval 50 mil foliões de outras cidades e estados. No ano passado foram 43 mil pessoas atraídas pela fama dos blocos de rua, como o Me Beija Que Eu Sou Cervejeiro (foto acima, do André Fossati/Divulgação).

Como nem tudo é só folia, uma hora é preciso parar, ter uma boa e confortável noite de sono, alongar, comer bem e se hidratar, não é mesmo? Para ajudar no planejamento de sua viagem,  damos algumas ideias de onde ficar e comer no Carnaval de BH. Sugerimos hospedagem por regiões e fizemos um pequeno roteiro de bares e restaurantes com pratos bons, com preços em conta, testados e aprovados.  Continuar lendo

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Rio de Janeiro

As trilhas da Ilha Grande

Se você vem para a Ilha Grande, provavelmente está buscando duas coisas: fazer trilhas e passeios de barco. Não espere aquela cena clássica de ficar sentado com um copo de cerveja em frente à praia, descansando a semana toda, porque aqui não é assim. Ou você se aventura de lancha, ou o jeito é pegar as trilhas da Ilha Grande para conhecer as praias mais lindas.

Aqui é uma ilha montanhosa, toda coberta de Mata Atlântica. O ponto mais alto passa dos 1.000 metros de altitude, o que impressiona numa ilha relativamente pequena. O centro da Ilha é intocado e as pequenas vilas ficam em algumas de suas praias. Entre todas elas, há várias trilhas.

A Vila do Abraão é o principal centro turístico da Ilha onde está a maioria das pousadas, restaurantes e agências. Dali existem trilhas para visitar algumas das praias mais bonitas, como Lopes Mendes e Dois Rios. Também pode-se caminhar até a única cachoeira da Ilha, a Feiticeira, e o Saco do Céu. Todo o contorno da Ilha é marcado com trilhas, então se você ficar hospedado em Palmas, Aventureiro ou Provetá também poderá conhecer outras praias caminhando. Continuar lendo

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Palpitando

O terror segue o turista? Para onde correr?

É inegável: os radicais islâmicos reunidos sob a bandeira do ISIS ou EL ou Daesh, seja o que for, estão tocando o terror. Esta semana foi a vez de Istambul, na Turquia e Jacarta, na Indonésia. E o alvo é a comunidade internacional, especialmente daqueles países da coalização que os combate. Na verdade, sobra pra todo mundo. Fica a pergunta: o terror segue o turista? Não dá para negar: com as nossas mortes, os radicais, acuados e desmantelados por vários ataques à Síria principalmente depois de Paris, conseguem continuar passando seu recado ao mundo. Pensando nisso, tem para onde correr?

Ontem, em Jacarta, capital da Indonésia, novo ataque a tiros e explosões próximo a um shopping center, embaixadas, e escritório das Nações Unidas e em frente ao café Starbucks. Sete mortos. No último dia 12, Istambul, capital turística da Turquia, foi alvo de um homem-bomba que causou a morte de 10 pessoas no bairro de Sultanahmet, nove alemães e um peruano.

Sem falar no ataque de Ancara, capital turca, com mais de 100 mortos, em Bali, na própria Indonésia e em outros, que acabam não ganhando a mesma repercussão que Paris, onde em novembro, 130 pessoas foram mortas.

Dá o que pensar, não? Análises no noticiário internacional apontam que os ataques ontem em Jacarta seguiram o modelo de Paris. Fato que é o Starbucks é procurado por muitos viajantes que não se importam de tomar um café de gosto às vezes duvidoso em troca de poder conectar celulares e laptops.

Sim, tem pra onde correr! As Américas Central e do Sul são um destino hoje bem mais tranquilo que Europa, por exemplo. O Brasil, bem o Brasil também, embora haja muitas dúvidas sobre a efetividade da segurança no Rio de Janeiro, durante as Olimpíadas.

Mas será o caso de desistir? Quando houve o atentado em Paris, muitos viajantes ficaram em dúvida sobre manter os planos. Quem foi não se arrependeu. A cidade está superpoliciada e até o clima ajudou. Apesar do frio, dias lindíssimos, solares, acompanharam os visitantes.

O Planejo Viajar resolveu ouvir as experiências de três pessoas que visitaram Istambul nos últimos anos. Leiam a seguir. Continuar lendo

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Notícias, Palpitando

Brasileiro escolhe destinos nacionais

Brasileiro perde no bolso mas não perde a viagem e dá seu jeitinho de bater asas, mesmo com a crise. Como? Escolhe destinos nacionais. Viajar dentro do Brasil, nos próximos seis meses, é a escolha de 81,7% dos turistas. Com a crise e o dólar nas alturas, roteiros internacionais ficam para as próximas vezes.

Hospedagem em campings, albergues (hostels), sistema cama e café (residências que oferecem o quarto e o café da manhã) e o velho e bom aluguel de imóveis por temporada estão na preferência de 21,5% dos viajantes, número 78% do que no mesmo período de 2014.

Os dados são da Sondagem do Consumidor – Intenção de Viagem, encomendada pelo Ministério do Turismo, e feita todos os meses com duas mil pessoas em Belo Horizonte, Brasília, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo. Juntas, as sete capitais brasileiras monitoradas representam 70% do fluxo turístico do Brasil.

Os resultados divulgados hoje mostram que os brasileiros perdem dinheiro no bolso mas não abrem mão de viajar e que estar num destino diferente é o mais importante do que o tipo de hospedagem.

 

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Rio de Janeiro

Dicas de viagem para a Ilha Grande

Uma ilha tão perto do continente para ser fácil de chegar, mas longe o suficiente para guardar uma atmosfera de isolamento. Estar no meio do mato, cercada por montanhas e água por todos os lados, há apenas 3 horas do Rio, e umas 6 de São Paulo.

A Ilha Grande é a minha mais nova paixão. Eu costumo dizer que um anjo soprou no meu ouvido “Vai para a Ilha Grande”, mesmo sem contrato de trabalho certo, sem contatos, sem nem mesmo uma reserva de hostel para o primeiro dia.

Desde que cheguei, há pouco mais de um mês, já consegui um trabalho em Marketing Digital, conheci pessoas, fiz amigos de coração, e já rodei uma parte das belezas deste lugar. O que eu mais amo na Ilha Grande é a proximidade da montanha coberta de selva da praia. Você sentada numa faixa de areia que separa, em 30 metros, toda a vida marinha da diversidade de pássaros, plantas, cobras, macacos que vivem em terra.

Veja minhas dicas para você planejar a sua viagem para este paraíso, tão perto e tão longe.

 

Entenda a Ilha Grande

Vila do Abraão

Vila do Abraão

Vila do Abraão

Rua Bouganville na Vila do Abraão

Vila do Abraão

Vila do Abraão

O principal centro “urbano” da Ilha é a Vila do Abraão. É o lugar com a maioria das pousadas, restaurantes, supermercados, agências de viagens que vendem passeios para os arredores.

Além do Abraão, existem outras vilas menores, como a de Dois Rios, onde não são permitidos turistas, ou a praia de Palmas e de Aventureiro, onde há apenas alguns campings e muito poucos serviços.

Mesmo na Vila do Abraão, é comum que falte luz, principalmente na Alta Temporada, devido à grande quantidade de pessoas. A maioria das pousadas tem gerador a combustível, mas se você ficar em um hostel ou uma pousada mais simples, é possível que você fique a luz de velas durante alguns dias.

Também não dá para confiar na conexão à internet. Se você trabalha por internet ou precisa fazer alguma chamada com vídeo, melhor não contar com isso. Meus trabalhos de nômade digital, os serviços que eu presto pela internet, estão todos acumulados, por exemplo. Até estou dispensando alguns clientes por esta situação.

Mas, a proposta é justamente se desconectar do mundo exterior, e mergulhar na dose brutal de natureza presente neste lugar. Fazer trilhas, alguns passeios de barco, curtir a beleza das praias e, por que não, o romantismo da luz de velas.

 

Como chegar

Praia do Abraão

Praia do Abraão

Para chegar à Ilha Grande é preciso pegar um barco no continente. Os transfers para vir para cá saem de Angra dos Reis, Conceição de Jacareí, ou Mangaratiba. Também existe uma nova rota de Paraty para cá, mas os horários são bem mais limitados.

Barca pública

A concessionária CCR, a mesma que faz o trajeto Rio-Niterói de barca é a responsável pela barca de Angra dos Reis e Mangaratiba para a Vila do Abraão. Existe apenas um horário por dia do continente para a Ilha, e um horário de volta. A viagem dura 1h30 e é a opção mais barata.

 

Escuna

A escuna sai de duas a três vezes por dia também de Angra dos Reis, Conceição de Jacareí e Mangaratiba para a Vila do Abraão. A viagem dura em média 50 minutos e é um pouco mais cara que a barca pública.

 

Flex Boat

Esta é a opção mais rápida e mais cara para vir à Vila do Abraão. É a opção da maioria dos turistas, porque em 20 minutos de Conceição do Jacareí você está na Vila, e de Angra dura apenas 30 minutos. São lanchas médias, que vem a uma velocidade bem alta, o que deixa a viagem meio desconfortável por causa do vento e do choque do barco contra as ondas. Mas, por outro lado, a rapidez é o que faz compensar.

Há vários horários por dia. Para quem vem de São Paulo é mais próximo tomar o barco em Angra dos Reis, e para quem vem do Rio é mais próximo pegar em Conceição do Jacareí.

Se você vem do ônibus do Rio de Janeiro, você pode pedir ao motorista para te deixar em frente ao cais de Conceição do Jacareí e embarcar.

Se você descer do ônibus em Angra, seja vindo do Rio ou de São Paulo, você terá uma caminhada de uns 20 minutos entre a rodoviária e o cais, passando por uma via movimentada e com calçadas irregulares. Pode ser uma caminhada difícil se estiver com muita bagagem. Ou então pode pegar um taxi.

 

Transfer

Algumas agências oferecem um serviço de transfer entre o Rio e a Ilha Grande. O transfer inclui um serviço de van desde o aeroporto, ou de um hotel no Rio, e o barco para a Vila do Abraão. É a opção mais cara, mas pode ser a mais prática para quem tem pouco tempo.

 

Dinheiro

 

Não há caixas eletrônicos na Ilha Grande. Mas calma, você não precisará trazer uma sacola de dinheiro! A maioria das pousadas, restaurantes e agências de viagem aceita cartão.

Em alguns lugares, você pode ser cobrado uma taxa de 5%, ou de R$ 10 a mais por pagar em cartão. Na minha opinião vale a pena. Porque eu acho muito ruim andar com muito dinheiro, tenho medo de perder. Então acho melhor pagar esta “taxa de conveniência”. Mas, você pode trazer tudo em dinheiro se preferir.

Mesmo que queira priorizar o cartão de crédito, traga algo em dinheiro vivo. Você pode querer fazer pequenas compras no cartão, e alguns mercados tem valor mínimo para pagamente em crédito, ou alguns serviços podem não aceitar cartão.

 

Onde ficar

Chegando à praia de Palmas

Chegando à praia de Palmas

Na Ilha Grande há várias opções de hospedagem, para todos os gostos e todos os bolsos. Na Vila do Abraão há campings, hostels e pousadas. Há também um mini-resort com pier próprio para desembarque de passageiros.

As pousadas vão desde quartos bem simples até pousadinhas de charme por preços mais altos. Algumas estão na beira da praia, outras mais próximas do verde. Mas nada realmente longe.

Há também vários hostels. No próprio centro da Vila do Abraão há campings, com uma boa estrutura de cobertura para as barracas, cozinhas, chuveiros. Nas partes mais isoladas da Ilha, como a praia de Palmas e a praia de Aventureiro, os campings são a única opção de hospedagem.

 

Trilha para Abraãozinho

Trilha para Abraãozinho

O que fazer

Quem vem para a Ilha Grande vem para curtir praias e fazer trilhas. Como a praia principal do Abraão recebe muitos barcos, as pessoas em geral não gostam de pegar praia ali. Então sempre fazem mesmo que seja uma trilha leve até as praias mais próximas.

A praia de Lopes Mendes, considerada a mais bonita da ilha, e a terceira mais bonita do Brasil, fica a uma trilha de 2h30 de distância em dificuldade média. Dois Rios, que é a vila onde ficava o antigo presídio, também há 2h30 de distância. A cachoeira da Feiticeira fica a uma trilha de 1h30 de distância.

Há praias onde se pode chegar caminhando entre 15 e 40 minutos também. Para quem não quer fazer tanto esforço, também há vários passeios de barcos para conhecer as principais praias da Ilha e algumas ilhotas ao redor. O passeio mais comum é a Meia Volta à ilha, que leva para conhecer algumas praias voltadas para a Baía da Ilha Grande. Os passeios que visitam a parte voltada para mar aberto, não saem todos os dias. Dependendo das condições do mar, eles são suspensos.

À noite nos finais de semana, sempre há algum músico local tocando música ao vivo em frente à Igreja. Nada imperdível, mas ajuda a criar um clima de festa. A maioria dos bares também tem música ao vivo. Há duas boates na Ilha. Elas funcionam em dias alternados.

 

Quando ir

Trilha para a praia de Dois Rios

Trilha para a praia de Dois Rios

Dá para vir para a Ilha Grande o ano inteiro. Aqui não existe baixa temporada. Tem momentos em que fica mais lotado, mas sempre tem gente.

Os períodos mais movimentados são o verão, dezembro, janeiro, e fevereiro. Carnaval e Ano Novo, e feriados em geral são períodos bem cheios na Ilha. Mas, também é o período de mais chuvas.

Pode ser meio frustrante para algumas pessoas virem para cá e pegarem dias seguidos de chuva. Esta foi a minha sensação quando eu cheguei aqui, no início de novembro. A primeira semana, choveu vários dias. Eu decidi não me desanimar, e fazer as trilhas, visitar as praias mesmo assim. Foi maravilhoso. A chuva foi até um charme a mais.

Talvez a época “ótima” para vir para cá seja março e abril. As chuvas já diminuíram, ainda faz calor, e já não há tanta gente na Ilha.

No inverno chove ainda menos, mas faz um pouco de frio, e pode ser mais difícil entrar na água.

 

Bom, pelo que eu conheço do Brasil, posso afirmar que este é um dos lugares mais bonitos de nosso litoral. Além das belezas das praias, e de estar tão próxima da natureza, o clima da Vila do Abraão, com suas ruas de areias sem carros, e pessoas do mundo inteiro é muito bacana.

Aguardo a visita de vocês, ok?

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Minas Gerais

Aniversário de BH: um passeio fotográfico

Hoje é aniversário de Belo Horizonte. Para comemorar a data, propomos um passeio fotográfico pela cidade que completa 118 anos. Convidamos a um passeio na garupa do jornalista por formação, fotógrafo por hobby (ainda) e ciclista por amor. Altair José Machado, 60 anos, mostra recortes de uma Belo Horizonte por por vezes bela, por vezes, romântica, às vezes dura. Em seus passeios feitos nos fins de semana e bem cedinho, Altair se atenta a pequenos takes do cotidiano, sem deixar de contextualizá-los.

“Gosto do minimalismo, mostrar detalhes que passam despercebidos e que as pessoas, na correria, não vêem”, define. Na bike elétrica,uma Sense, Altair vai de um lado a outro da cidade que classifica de amigável para os ciclistas mas ainda deixando a desejar neste quesito. Mas isso é uma outra história. No alforje, leva balas e bolinha de sabão, que vai soltando quando pára no sinal. Um jeito leve e fluido de viver.

Na caixinha de som, ele liga o celular e vai ouvindo rock, música clássica, MPB. Mas deixe as fotos do Altair, nosso querido Tatá, falarem por si. Não espere nada convencional. Vamos lá? Continuar lendo

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Comer e beber, Minas Gerais

Delícias mineiras nas feiras gastronômicas de BH

Delícias mineiras podem ser apreciadas nas feiras gastronômicas de Belo Horizonte. A Feira Aproxima, que acontece uma vez por mês em Beagá é um programa bem legal para quem visita a cidade. E também para seus moradores. Além de saborear alimentos que vão desde temperinhos até a paella mineira, a gente tem contato com quem faz: os produtores de várias regiões de Minas Gerais. A próxima Feira Aproxima será no dia 30 de janeiro de 2016, ainda sem local definido (não existe um ponto fixo). E, neste fim de semana, acontecem mais dois eventos que vão mexer com o paladar: a Experimente, feira de cervejas artesanais e gastronomia, no bairro Jardim Canadá, e a Feira Gastronômica do Mercado Central. Continuar lendo

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Palpitando

A fórmula de passagens aéreas mais baratas

Muita gente tem até preguiça de pesquisar passagens e entrega a tarefa na mão de um agente de viagens, um amigo, etc. Mas, sabia que, com alguns truques bem maneiros, dá para economizar bastante na compra, fazer paradas em vários países com apenas o bilhete de ida e volta e otras cositas más? O viajante profissional Rafael Incao utilizou seus conhecimentos como professor de Matemática para desvendar esses detalhes e criou o curso Fórmula de Passagens para ensinar como fazer o seu dinheiro render na compra dos bilhetes, o que certamente vai tornar sua viagem mais barata ou te dar a possibilidade de viajar por mais tempo e mais lugares. Continuar lendo

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Sabático, Sua Viagem

Mochilão gastronômico e social pela América Central

O que te motiva a viajar? Para a Bárbara Fonseca, de 30 anos, e sua companheira de viagem Ana Paula de Oliveira, de 35, ambas jornalistas, poder vivenciar o cotidiano de comunidades e ir além das belezas mostradas em roteiros turísticos estão entre os aspectos mais fascinantes de se pôr os pés na estrada. E foi do desejo de conhecer novas realidades que resolveram percorrer, por quatro meses – entre outubro de 2015 e fevereiro –, um continente ainda pouco explorado pelos brasileiros: a América Central. Leia o relato da Bárbara sobre a aventura da dupla.

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Egito, Israel, Sua Viagem

Dez passeios incríveis na Terra Santa

Abelhudas que somos e doidas por trocar experiências entre nossos leitores, pedimos à funcionária pública mineira Isabella do Nascimento Reale, que escolhesse e compartilhasse com nosso leitores os dez passeios  incríveis à Terra Santa que fez, em outubro deste ano.

Ir à região é o sonho de consumo de muitos católicos. Não foi o motivo da  Isabella. Ela não é católica nem pensava fazer essa viagem, embora quisesse muito conhecer Israel e Egito, não pela religião, mas pela história e geografia.

A ideia da ir à Terra Santa surgiu com o convite de uma grande amiga, que viajaria com o pessoal da igreja que frequenta. De cara, Isabella, que mora em Belo Horizonte, pensou: “Como não sou católica, se eu for nesta viagem será que vão me achar estranha? Ah, quer saber? Vou sim!”.

Na mesma semana começaram a planejar tudo e no, meio do mês de outubro, embarcaram. Isabella não se sentiu um peixe fora d´água, como temia. “Foi divertido, conheci pessoas superbacanas e pude aprender muito com elas também”. Subir o Monte Sinai foi um dos grandes desafios, mas ela encarou com bom humor, respeitando suas limitações.

Animados? Vamos viajar com a Isabella?

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França

8 dicas para quem vai a Paris após atentados

O Planejo Viajar traz 8 dicas para tornar sua estada na capital parisiense mais fácil e interessante, diante do fato inegável de que Paris, após os atentados, não vive dias fáceis. No dia 13 de novembro, seis ataques em sequência foram feitos por jihadistas a restaurantes, bares, cafés, uma casa de shows e o Stade de France. Foram mortas 130 pessoas e mais de 350 ficaram feridos.  Continuar lendo

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França

Paris, vai ou fica?

Hoje faz uma semana da série de atentados que levaram o terror a Paris e o medo a vários países da Europa. Nessa situação, você vai ou fica? Damos uma ajudinha para você decidir.

Não só pelo que aconteceu, mas por conta das ameaças do Estado Islâmico de continuar o banho de sangue ou perpetrar ataques com armas químicas, muita gente está com medo de manter os planos de viagem em direção à região.  É gente que está com passagens ou pacotes comprados para os próximos dias ou meses para Paris ou outros países europeus que estão no epicentro de ameaças, exemplo de Madri (Espanha) e Roma e Milão (Itália), que elevaram seu risco de ataques terroristas para o nível 4 (o maior é 5).

Por outro lado, falta apenas o Senado francês aprovar o Estado de Emergência até o final de fevereiro, que dá às autoridades de segurança o direito de fazer revistas sem mandado, interditar espaços públicos, fechar bares, casas de shows, fazer batidas dia e noite (até agora foram 400 batidas). Tudo indica que sim, será aprovado. Por isso, o Consulado do Brasil em Paris recomenda aos brasileiros que estão lá ou vão para a França que carreguem consigo os documentos originais, mas com muito cuidado para não serem roubados.

Muitos monumentos e museus foram reabertos, a exemplo do Castelo de Versailles, a Disneylândia de Paris, Museu do Louvre, etc. E estão começando os famosos mercados de Natal. Leia neste post o que está funcionando e se oriente.

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França, Sua Viagem

Paris: brasileira registra resistência ao terror

A Place de la République tem ficado repleta de pessoas que vão prestar suas homenagens e manifestar resistência contra o terror que se abateu sobre Paris na noite de sexta-feira passada. As fotos que ilustram este post foram mandadas ao Planejo Viajar pela câmera woman paulistana e aspirante a cineasta Tati Paixão, de 33 anos, que mora na capital parisiense desde junho.

Mostram flores, bilhetes e velas colocadas no Monumento à República e nas proximidades. E também a movimentação da imprensa, que montou várias tendas por ali. Tati fez as fotos ao voltar para casa na segunda-feira à noite, terceiro dia depois que 129 pessoas foram executadas e mais de 350 ficaram feridas, na cidade que tenta aos poucos retomar a rotina, mas ainda muito chocada. Continuar lendo

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Rio de Janeiro, Sabático

A semana em que vivi num veleiro em Angra dos Reis

Atualização 24/07/2019 – Quem quiser conhecer e passear no Ideafix é só acessar navegando-ideafix.com.br

Ele não era o maior, nem o mais luxuoso, nem o mais novo ou o mais antigo. O Ideafix, à primeira vista, poderia se parecer apenas a mais um dos tantos veleiros ancorados no Marinas Clube, em Angra dos Reis. Mas ele não é só isso. O veleiro é o lar de um casal apaixonado e idealista que largou a correria da vida e dos negócios no interior de São Paulo para viver de acordo com os ventos. Ele foi, também, o meu lar por uma semana, em Angra dos Reis.

Foi onde eu aprendi que podemos ser tão iguais e tão diferentes ao mesmo tempo e que o amor é o mais importante, sempre. E que os barcos têm uma alma: a alma de quem vive neles, da qual eu tive o privilégio de fazer parte por 7 dias.

Os moradores do Veleiro Ideafix

Os moradores do Veleiro Ideafix

A semana que eu vivi num veleiro

Eu já contei aqui no blog algumas vezes sobre intercâmbio de trabalho: você troca algumas horas de trabalho por casa e comida em suas viagens, e desta forma tem uma vivência completamente diferente do destino, conhece pessoas, e consegue viajar com muito menos dinheiro.

Há alguns meses atrás eu estava procurando trabalhos assim aqui pelo Brasil no site Workaway para minhas viagens dos próximos meses. Eu não conhecia Angra e foi passando por todas as oportunidades do estado do Rio que me deparei com o seguinte anúncio: “Venha me ajudar a bordo em Angra dos Reis e Ilha Grande“.

O Veleiro ideafix entre as Ilhas de Angra dos Reis

O Veleiro ideafix entre as Ilhas de Angra dos Reis

Imediatamente eu me lembrei dos livros do Amyr Klink e do relato de viagem para a Antartida a bordo do Paratii, e de como era a vida em um veleiro e toda a relação que se estabelece com o mar, os ventos e o barco. Qual não foi a minha felicidade quando meu e-mail foi respondido em menos de 24h.

Não foi assim tão fácil conciliar uma data que fosse boa para todos. Foram várias as tentativas e, depois de vários cancelamentos, finalmente conseguimos marcar. Dia 26 de outubro eu embarcaria no Veleiro Ideafix e viveria com Francisco e a Edinha por uma semana.

O trabalho

Cheguei numa segunda-feira à noite de um dia chuvoso. Para a semana, a desanimadora previsão de que haveria chuva para todos os dias. O coração completamente aberto para o que viesse. Um pouco de medo, como é normal em qualquer viagem.

Depois de uma primeira noite de sono um pouco agitada por conta do vento forte que às vezes parecia que iria destruir o barco (pelo menos para uma novata parecia, para quem já está acostumado era apenas um ventinho de nada…), fomos estudar os reparos que precisavam ser feitos no barco e comprar a matéria-prima que faltava.

Reparando a parede interna do Ideafix

Reparando a parede interna do Ideafix

O combinado foi, na parte interna, repararmos a parede que divide o salão da cabine de proa. Na externa, reparíamos o antiderrapante próximo ao mastro. No site, algumas alterações no design e na navegabilidade.

A chuva nos obrigou a começar pelo trabalho interno. Ficamos durante três dias olhando para fora e aproveitando qualquer estiada de alguns minutos para tomar as medidas e fazer os moldes do trabalho a ser feito no lado de fora. Quando caía a noite, íamos para o píer lutar com a fraca conexão wi-fi e tentar trabalhar no site.

Veleiro em Angra dos Reis

Cortando os moldes do antiderrapante

Cortando os moldes do antiderrapante

A vida a bordo

O Ideafix é um veleiro de 33 pés. Ele tem uma cabine de proa, que é o quarto do casal que vive lá, um banheiro, uma sala com dois sofás e uma mesa, uma cozinha e o cockpit, que é a parte externa onde está o timão (volante).

Eu dormia em um dos sofás da sala. Ao lado, a mesa pode ser baixada e juntar-se ao outro sofá, transformando-se em uma cama de casal. As refeições fazíamos na própria sala ou no cockpit, sentados ao ar livre olhando para a marina e todos os demais barcos.

Para cozinhar, os fogões tem uma grade em volta das panelas que protege para que elas não caiam com o balanço do mar. Para navegar, o melhor é ficar do lado de fora, porque ficando do lado de dentro o balanço nos causa enjoo muito rápido.

Numa pequena geladeira guardamos manteiga, leite, carne. Frutas e verdura são mantidas em redes do lado de fora, refrigeradas pela brisa do mar. Morando num veleiro, ou viajando sem data para voltar, aprende-se a selecionar apenas o extremamente necessário, e a viver com pouco, muito pouco.

Depois da tempestade vem a bonança

Depois de quatro dias de trabalho, e de chuva, amanheceu um belo dia ensolarado. Parece até que o clima organizou tudo para que não nos distraíssemos e terminássemos o trabalho no veleiro em Angra dos Reis antes de sair para nos divertir.

No quinto dia vivendo no mar, mas sem ter dado um mergulhozinho sequer, saímos “cedo” (ninguém estava com pressa) para as Ilha Botinas, duas ilhotas super lindas, logo na saída da Baía de Angra, para fazer snorkel.

Acho que já fazia mais de um ano que eu não usava meus pés de pato e minha máscara. Desde Cozumel, na verdade. Eu estava nervosa, e tive muito medo. Paramos a menos de 50 metros de uma ilha e eu fiquei paralisada antes de ter coragem de finalmente pular no mar e nadar até a pequena praia.

Primeiro Snorkel nas Ilhas de Angra

Primeiro snorkeling nas Ilhas de Angra

Foi quando eu finalmente cheguei no recife de corais das pedras em torno da ilha e me lembrei do prazer tranquilo que é apenas boiar com a cabeça para dentro da água, escutando só a minha respiração pelo cano do snorkel enquanto vejo os peixes que calmamente passeiam entre o jardim multicolorido.

Eu estava em “casa”. Depois da longa separação, aqui estávamos eu e o mergulho novamente. “Obrigada a mim mesma por ter me trazido para cá“, foi o meu pensamento. Que bom que eu venci mais uma vez o medo do desconhecido, e o medo de as coisas não saírem como eu havia imaginado, e ter me jogado nesta viagem pelos lugares que eu ainda não conheço no Brasil!

No dia seguinte, mais um dia de sol, e mais um passeio de barco entre as ilhas de Angra. Desta vez, tínhamos visitas, clientes dos passeios de barco do Ideafix. Levamos aquelas pessoas para se apaixonarem também pela região que nós, os moradores do Ideafix, escolhemos para viver.

No final de semana conheci também os amigos de outros veleiros, passeei no Bacanas II da Gil e do Marco, que me levaram para o Saco do Céu, um dos lugares mais lindos da Ilha Grande. Dizem que em noites de mar calmo, a água reflete as estrelas.

Saco do Céu Ilha Grande

Um dos cantinhos do Saco do Céu, em Ilha Grande

A despedida

Quando chegou a segunda-feira novamente, eu olhei tristemente para o calendário e me despedi da Edinha e do Francisco. Ah, sentimos todos uma peninha, porque uma semana passa tão rápido?

O mais difícil nas viagens é nos despedir das pessoas com quem nos conectamos. Viajando, estabelecemos laços muito mais rapidamente do que em casa, e é muito triste pensar que tão cedo vem a separação.

Mas a viagem tem que seguir. Levando-os no coração, irei me apaixonar por outros lugares e pessoas, e sempre poderei voltar para o Ideafix. “Trabalho há!”, me disse a Edinha deixando as portas, ou melhor, as gaiútas abertas!

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França, Notícias, Sua Viagem

Estudante brasileira conta como é viajar para Paris depois dos atentados

Desde sexta-feira o mundo está em choque. Um dos maiores destinos turísticos do mundo, sonho de viagem de muitos brasileiros foi alvo de ataques terroristas. Ainda estávamos em luto pela destruição do distrito mineiro de Bento Rodrigues quando chegou a notícia do terrorismo em Paris.

Foto: Mariana Meireles

Foto: Mariana Meireles

O Planejo Viajar falou hoje com Mariana Meireles, brasiliense de 23 anos, moradora de Paris há dois anos, onde cursa o Mestrado em Finanças pela Sorbonne. Mariana nos conta sobre qual foi a sua reação e dos amigos ao saber dos ataques e o que um turista deve esperar ao viajar para Paris nos próximos dias.

Quando as pessoas começaram a ser informadas dos acontecimentos eu já estava em casa. Fiquei sabendo por um amigo que me ligou pra saber se eu estava bem. Tenho uma amiga minha que mora no 11° arrodissement (distrito). Ela não estava exatamente no local, mas estava bem próximo. Ela tentava voltar para casa de táxi, mas muitas ruas estavam fechadas e tudo estava bloqueado. Ela disse que teve um pouco de medo pois, até aquele momento, só havia rumores sobre o que estava acontecendo.”

Mariana relembra outro atentado recente que sofreu Paris, quando o jornal Charlie Hebdo foi atacado e 12 pessoas foram mortas. Ela disse, contudo, que não notou nenhum aumento na xenofobia entre os moradores da cidade, até porque existem muitos estrangeiros morando lá. “Ainda não reparei muita diferença. A França é um pais que possui uma população árabe muito grande. Tenho vários amigos que são árabes e que condenam esse tipo de comportamento dos grupos radicais“.

Para a estudante, não há razões para cancelar as viagens marcadas a Paris. Segundo ela os alvos foram locais pouco frequentados por turistas. Ela adverte, contudo, que quem viajar para Paris depois dos atentados pode esperar uma segurança reforçada em todos os lugares.

“Não se assustem se virem dezenas de militares com metralhadoras e cachorros entrando no metrô. Amanhã na faculdade vai ter controle de carteirinha estudantil e das bolsas”.

Neste domingo, 15 de novembro, a maioria das atrações turísticas e do comércio de Paris estavam fechados. Em algumas lojas abertas, estavam revistando as bolsas dos visitantes. Ainda não há informações sobre o funcionamento da Torre Eiffel, Museu do Louvre, Arco do Triunfo e outros atrativos importantes na capital francesa para esta semana. Eles ficaram o fim de semana fechados à visitação.

Rio Sena e a Torre Eiffel

Vista do Rio Sena e da Torre Eiffel em Paris

Mariana acredita que apesar de ser muito difícil prever os acontecimentos, quem visitar Paris nos próximos dias deve evitar pegar o metrô no horário de pico, e mais ainda o RER (trem de passageiros para as regiões nos arredores de Paris) porque são locais de concentração de pessoas. “Evitem a estação Chatelêt- les Halles, onde 5 linhas de metrô e 3 de RER se cruzam. Lugares com muita aglomeração de pessoas não são muito indicados“.

 

Devo cancelar minha viagem para Paris?

Sacre Coeur

Sacre Coeur

Não existe, nem do governo francês nem da Embaixada do Brasil na França, nenhuma recomendação oficial de evitar viagens à França. Eles apenas informam que nos próximos dias algumas das principais atrações turísticas estarão fechadas, e espetáculos de música e teatro foram suspensos.

Eles advertem contudo, que o controle nas fronteiras será reforçado, o que pode aumentar o tempo de espera nas filas de imigração.

Pode ser útil ter em mãos o telefone do Consulado Geral do Brasil em Paris para eventuais dúvidas ou pedidos de apoio enquanto estiver na cidade. O número disponibilizado por eles na página oficial é + 33 6 80 12 32 34

 

E se eu quiser adiar minha viagem?

Quem quiser trocar as datas das passagens para Paris, deve entrar em contato direto com a Companhia Aérea ou agência de viagens onde comprou o bilhete. As companhias TAM e AirFrance divulgaram as regras para alterações de bilhetes para a próxima semana.

Na AirFrance, quem quiser trocar o bilhete para uma data até 22 de novembro, pode fazê-lo sem nenhum custo extra. Adiamentos para depois de 22 de novembro ou cancelamentos, você receberá um voucher não reembolsável válido por um ano. Todas as regras (em inglês) estão no site da companhia.

A TAM informa que quem tiver bilhetes marcados para até o dia 30 de novembro poderá solicitar o reembolso ou a remarcação para até 15 dias depois sem custos extras. A companhia aérea brasileira assegura ainda que, após consultas as autoridades francesas sobre o espaço aéreo do país, segue com sua operação no aeroporto Charles de Gaulle, em Paris. A companhia ressalta que todas as precauções foram tomadas para garantir a segurança dos voos.

 

Vai para Paris nos próximos dias? Conte sua experiência para nós e ajude outros viajantes como você! Escreva para contato@planejoviajar.com.br

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França

Paris: artistas mineiros chocados com matança

O casal de mineiros de Belo Horizonte, Pedro Guerra, de 29 anos e Liz Braga Guimarães, de 30, artistas circenses e moradores há oito anos de Paris ainda tenta entender o que aconteceu na cidade que escolheram para fixar residência. Seis ataques simultâneos deixaram 129 mortos e 352 feridos (entre eles, três brasileiros) ontem na última sexta feira, dia 13.

Pedro e Liz  moram no 19º distrito, a 40 minutos de caminhada do 10º e 11º distritos onde três bares foram atacados. “Sempre costumamos ir a esse local, de bicicleta ou andando, pois é uma região de vários bares, muito agradável, perto do Canal de Saint Martin”. De metrô pegam a Linha 5, descem na Estação Linha Republique, chegando em 10 minutos.

Com vários compromissos artísticos marcados, o Pedro e a Liz voltam dia 20 para Paris. E você aí que está de passagem marcada para os próximos dias, vai manter os planos ou prefere adiar o sonho por algum tempo até que as coisas se acalmem? Conta pra gente (escreva para planejoviajar@gmail.com) ! Continuar lendo

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Minas Gerais, Notícias

Bento Rodrigues: dona de bar dá lição de vida

Dona de bar que foi soterrado por rompimento de barragens de mineradora em Bento Rodrigues,  dá lição de vida. Distribui 700 coxinhas em Mariana, feitas numa antiga cozinha emprestada.

O semblante é triste, como não podia deixar de ser, mas a esperança volta devagarinho ao coração de Sandra Domertides Quintão, dona do Bar e Restaurante da Sandra,  soterrado sob 15 metros de lama de rejeitos da Mineradora Samarco (controlada pela Vale e BHP).

Uma semana depois da tragédia, ela já encontra alívio e motivos para continuar vivendo numa cozinha que estava desativada e foi cedida pelas irmãs de caridade proprietárias do Hotel Providência e do Colégio Providência. “Minha casa é aqui agora. Vou morar aqui. Não quero mais sair”, diz ela, satisfeita por poder esquecer o tsunami que se abateu sobre sua vida e voltar a mexer nas panelas, mesmo que não sejam suas.

Hoje tem coxinha!!!!!!

Coxinha da Sandra1

Mais de 700 coxinhas saíram da cozinha de Sandra Quintão, ajudada pela amiga Joelma (Fotos: Joelma de Souza)

“É isso que eu sei fazer, é isso que eu gosto de fazer”, disse hoje Sandra, ao Planejo Viajar . Sua voz estava bem mais animada do que no sábado, quando eu conversei com ela. Sandra está hospedada no Hotel Providência com a filha, Ana Amélia, de dois anos e oito meses e mais 130 pessoas atingidas.

No sábado, ela chorava de lá e eu de cá, perplexa com a notícia do rompimento das barragens, depois de reportar isso tantas vezes como jornalista – e sem acreditar que veria isso novamente, em prejuízo de vidas e com a proporção que tomou, certamente o maior crime sócio-ambiental conhecido desse País.

Em seu bar, onde trabalhou por 15 anos quase sem descanso, Sandra servia diariamente refeições self-service, com direito a dois pedaços de carne. Pouco antes do tsunami de lama arrasar sua comunidade, ela estava na cozinha ainda, conversando com amigos. Só saiu com a roupa do corpo, sem antes ceder seu veículo, uma Strada com cabine estendida para que várias pessoas da comunidade foram salvas. “Foi tudo muito brutal”, lembra.

Sandra vendia 200 coxinhas por domingo em seu bar. O salgado era famoso na região. Agora, a comerciante vê alguma luz no fundo do túnel ao conseguir a cozinha com as irmãs. Ontem, ela fez pé-de-moleque e hoje, ajudada pela amiga Joelma Aparecida de Souza, de 25 anos, também vítima da tragédia, suas coxinhas fizeram a alegria dos hóspedes e visitantes do Hotel Providência.

Ela contou que conseguiu material depois que os leitores do Planejo Viajar viram nossa matéria e entraram em contato com ela. “Foram amigos de fora que iam no bar, jipeiros, que viram a matéria e me ligaram”. Foram feitas cerca de 700 coxinhas, todas distribuídas de graça.

Sandra espera que sua Strada saia da oficina (“ficou estragado, né, era muita lama!”) para descer ao Centro Histórico de Mariana e vender seu salgado e doce. “Nem que eu tenha que trabalhar até 4 horas da manhã”, garantiu ela. Se você, turista, estiver passeando por Mariana e ver a Sandra por lá, por favor, experimente seus afamados quitutes. Mais do que agradar o paladar, você estará ajudando uma família a se reerguer.

Quem quiser doar material para que Sandra continue fazendo suas coxinhas, pé-de-moleque e cocada, os ingredientes são: óleo, amendoim sem ser torrado (“eu mesma que gosto de torrar”), açúcar refinado (para o pé-de-moleque) e cristal (para a cocada), Toddy (“eu gosto dessa marca para dar o ponto”), margarina Qually, farinha de trigo Wilma, peito de frango, cebola, alho, sazon, leite condensado, coco (“eu mesma ralo”).

Solidariedade na dor

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A amiga de Sandra, Joelma, grávida de oito meses, tinha uma lanchonete em Bento Rodrigues, na Rua Olinda, 237, hoje soterrada. A lanchonete era a Cantinho de Minas.

Joelma trabalhava como servente na Samarco e nos fins de semana vendia seus lanches (“meu hamburguer é uma delícia”) e refeições previamente encomendadas. Saía tutu, frango, macarrão com um “corante especial que a gente sabe fazer” e outras delícias que o pessoal de lá e turistas adoravam. Ela já serviu comida para muitos turistas, entre eles um japonês “que adorou o macarrão!”.

Joelma estava na empresa, no momento em que as barragens se romperam. Quando ela conseguiu chegar em Bento Rodrigues, pela estrada de Santa Rita, “tudo estava tampado de barro”. A lanchonete, a casa da sogra onde viviam, a casa que estavam construindo, tudo lama abaixo. O marido de Joelma, Geraldo Marques, já tinha saído com o filho de oito meses e a mãe. Antes, porém, fez várias viagens levando e buscando pessoas até a Igreja das Mercês, no ponto mais alto da comunidade.

Joelma tem o sonho/direito de ver Bento Rodrigues reerguido novamente. O trabalho na cozinha, ao lado da amiga Sandra, ajuda a passar o tempo e ocupa a cabeça. No seu facebook, Joelma compartilha lembranças da lanchonete e da vida em Bento. A cozinheira perdeu todo o enxoval do filho que está para vir. Ela está alojada no Hotel Providência em um quarto juntamente com o filho, mãe, pai, irmão, a cunhada gestante e o marido. Já a Sandra divide uma acomodação com marido, a filha e um cunhado. O Providência está localizado na Rua Dom Silvério, nº 233, no Centro Histórico.

Resumo da tragédia20151106193501114992a

No dia 5 de novembro, no final da tarde, duas barragens com rejeitos de mineração, Santarém e Fundão, operadas pela Mineradora Samarco se romperam, soterrando totalmente o subdistrito de Mariana, Bento Ribeiro (foto acima). O estouro das barragens atingiu também os distritos de Paracatu de Baixo, Camargos,Ponte do Gama e a cidade de Barra Longa.

Por causa da localização de trinca em uma terceira barragem, da Mina Germano, os escombros de Bento Rodrigues foram totalmente interditados e a população não pode mais ir até lá em busca de pertences, como estava sendo permitido.

Até agora, quinta-feira, dia 12, às 10h, segundo os números oficiais divulgados no site da prefeitura de Mariana, foram confirmadas oito mortes, das quais dois corpos ainda não foram identificados, e 19 pessoas desaparecidas (11 da Samarco e nove moradores). Confira atualização.

Ao todo, foram liberados 62 milhões de metros cúbicos de lama (o equivalente a 62 bilhões de litros de água) misturada a resíduos tóxicos utilizados na lavagem do minério. A lama com os rejeitos está chegando ao litoral capixaba, no que está sendo considerado o maior desastre/crime sócio-ambiental da história brasileira, com repercussões econômicas gravíssimas, principalmente para os mais de 600 moradores destes distritos, que perderam absolutamente tudo.

O prefeito de Mariana, Duarte Júnior, estima em R$ 100 milhões os prejuízos para o município. Os prejuízos ambientais são incalculáveis para a bacia do Rio Doce. A lama está descendo ao longo dos 879 quilômetros, desde sua nascente em Minas, até Regência, no Espírito Santo. Não é como se fosse um tsunâmi mais. Além da calha do rio, essa lama vai se espalhando pelas margens, entupindo nascentes, mudando totalmente o curso d´água, invadindo lagoas marginais, onde nascem os peixes e acabando com toda a ictiofauna.

 

 

 

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Minas Gerais, Notícias

A tragédia e o turismo em Mariana

Hotéis de Mariana mudaram totalmente a rotina com o recebimento dos desabrigados da tragédia que se abateu sobre o subdistrito de Bento Rodrigues e região, depois do rompimento de duas barragens da Samarco, controlada pela Vale e BHP. No Hotel Providência (foto acima), tradicional na cidade, estão abrigadas 130 pessoas que perderam tudo com o soterramento total de suas casas, criações, plantações e negócios. Por dia, são servidas 180 refeições (café da manhã, almoço, lanche da tarde e jantar). Para refeições, o hotel tem atendido a hóspedes/desabrigados de outros meios de hospedagem que não oferecem refeição, disse o gerente Antônio Diniz ao Planejo Viajar. Toda a rede hoteleira de Mariana está envolvida no amparo aos desabrigados, despesa que deverá ser paga pela mineradora. Continuar lendo

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Minas Gerais

Bento Rodrigues: dona de bar famoso lembra tragédia

A Sandra Domertides Quintão, dona do Bar da Sandra, conta ao Planejo Viajar os momentos de dor e desespero que passou para sair de Bento Rodrigues, sub-distrito de Mariana, completamente destruído na última quinta-feira (dia 5 de novembro) pelo rompimento de duas barragens da Mineradora Samarco, pertencente à multinacional brasileira Vale S/A e à anglo-australiana BHP Billinton, a maior mineradora do mundo. A dona do restaurante de comida mineira e de uma pousada mantida em um casarão centenário, que tinha sido todo reformado e sumiu sob 15 metros de lama, conseguiu salvar várias pessoas da morte. Ela aparece na reportagem abaixo feita por Thatiana Zacarias Freitas, do programa Top Notícias, em abril deste ano. O Top Notícias é da Top Cultura, afiliada da TV Cultura, de São Paulo.

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Minas Gerais

Bento Rodrigues: joia soterrada

Hoje vamos falar de um distrito histórico da cidade de Mariana, Bento Rodrigues. Para o antigo pouso de tropeiros, localizado na Estrada Real, Minas Gerais, ninguém mais pode planejar viajar. Bilhões de toneladas de rejeitos, por isso entendam-se lama, resíduos tóxicos e tudo quanto sobra do processo de retirada de minério soterraram o lugarejo onde viviam pouco mais de 600 pessoas. Duas barragens se romperam ontem por volta das 16h, num claro crime ambiental. Bento Rodrigues era um brinco de belezura, como mostra a reportagem feita por Thatiana Zacarias Freitas, do programa Top Notícias, em abril deste ano. O Top Notícias é da Top Cultura, afiliada da TV Cultura, de São Paulo. Preferimos mostrar só o vídeo. Como ficou o lugar você confere no noticiário nacional.

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