São Paulo

São Paulo: um fim de semana perfeito

Atualizado em 25/01/2016

A cidade de São Paulo comemora hoje 462 anos e o Planejo Viajar traz para você uma sugestão de fim de semana perfeito por lá. Vem com a gente!

Para sábado

Vêm ni mim, padarias!

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Café “básico” da Le Pain Quotidien

São Paulo é a cidade delas, sempre cheias. Produzem grande variedade de pães, doces e refeições. Têm de tudo. Tudo mesmo! Para um lanche rápido, os paulistanos pedem uma “média com pão na chapa”, que nada mais é do que café com leite médio e um pão francês com manteiga. Há várias padarias 24 horas. Muitas “nights” terminam com cafés ressaqueados às 5h, 6h da manhã. Uma das mais famosas é a Bella Paulista, na Haddock Lobo, 354, Cerqueira César (prepare-se para ficar na fila, mas anda rápido). Como eu sempre me hospedo no Bairro Pompéia, meu desjejum (chique essa palavra, né?) é na Dona Deôla da Avenida Pompéia, que também serve almoços e caldos à noite. Na Vila Madalena, a Le Pain Quotidien (Rua Wisard, 138), tem ótimos pães artesanais (feitos com farinha orgânica) para serem acompanhados com um mix de queijos e um bom vinho. Ótimo para o finalzinho da tarde com amigos. O cardápio é extenso e as mesas comunitárias convidam à interação.  Delícia para um sábado ou domingo de manhã também é rumar pra Livraria Cultura da Avenida Paulista, tomar o seu café com os acompanhamentos e depois pegar um livro e ficar folheando em um dos pufs à disposição. Ninguém vai te incomodar.

 

Percorra a Feira da Benedito Calixto

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Foto: Marlyana Tavares

Um dos meus programas preferidos em São Paulo. Só acontece aos sábados pela manhã até o final da tarde. Objetos antigos de decoração, tipo coisinhas de vó, brinquedos do arco da velha, feitos de madeira, latão, peças de mecânica recicladas, long plays, telefones daqueles de fio coloridos (foto), camafeus, pôsters engraçados para colocar no banheiro, na cozinha. Tudo que você possa imaginar. Tem um setor que é só de móveis antigos repaginados e outro de brechós. Nossa, é muita coisa e fica melhor ainda se você bate um papo com o vendedor, geralmente um antigo morador de São Paulo. É muita história. No centro da feira fica a área de lanches, deliciosos, com várias opções, de comida síria à integral. Sempre tem uma música, geralmente um chorinho. Não satisfeito? Em volta da feira, na praça, tem várias lojas de artigos artesanais, bolsas, sapatos, sabonetes, bijus, roupas de confecção própria, com um design diferente e a preços interessantes. Se quiser economizar, há vários restaurantes de comida a quilo nas proximidades, com preços totalmente em conta.

 

Observe a arte urbana

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Pelos muros da cidade, a leitura do cotidiano pela subjetividade dos artistas urbanos(Foto: SPTuris/Divulgação)

A arte urbana é em uma marca de São Paulo. Quando comecei a frequentar a cidade, pois tenho uma filha que mora lá, a primeira coisa que me chamou a atenção foi a beleza dos grafites. E um dos melhores lugares para se observar isso é em Vila Madalena, no Beco do Batman, com entrada pela Rua Harmonia, e no Beco do Aprendiz, acesso pela Rua Belmiro Braga. Speto, Ninguém Dorme, Chivtz, Boleta, Presto e Zezão, são algumas das assinaturas. Na Avenida Henrique Schaumann há painéis do Kobra, um dos mais famosos grafiteiros do mundo. Quem se liga na street art tem ainda no Bairro Cambuci, no circuito Lavapés e Justo Azambuja, obras de Os Gêmeos (Gustavo e Otávio Pandolfo) e de Francisco Rodrigues, o Nunca. Viaduto do Minhocão, margens do Tietê e Rua da Consoloção, além do Túnel da Paulista, em direção à Avenida Rebouças e as ruas Galvão e da Glória, no Bairro Liberdade, são outros pontos referência do grafite na cidade.

 

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Bar do Genésio: chão de ladrilhos pretos e brancos e deliciosas polentas de colher (Foto/Divulgação)

Se esbalde nos bares da Vila Madalena

Gente, eu não sou muito da night, tipo ficar até de madrugadona na rua. Eu gosto de começar à tardinha e ir até sei lá, no máximo, estourando, meia-noite. Esse horário é perfeito para sentar em um dos bares de Vila Madalena, porque ainda não começou aquele agito de carros e gente, engarrafamento, dificuldade de estacionar, etc. Adoro comer polenta de colher no Genésio, (foto) na Rua Fidalga, 264, bar prá lá de tradicional, com aquele piso de quadrados pretos e brancos, balcão grande. Já experimentei também comer coxinha no Genial , na Rua Girassol, 374. Delícia. Sabe aqueles bares cheios de caricatura nas paredes, antigo também, garçons com cara de amigo da vida toda? No Genésio e no Genial, que aliás são dos mesmos donos, você se sente totalmente à vontade. Falta conhecer o Filial. E também adoro me sentar em um bar onde esteja acontecendo uma roda de samba. Há vários que começam ali pelas 15h e outros que aí só depois das 21h.

 

Para domingo

Confira o Museu Afro-Brasil

 

 

 

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Galeria permanente mostra figurino dos orixás, base da religiosidade africana trazida ao Brasil pelos escravos, hoje sincretizada com a religião católica. (Foto: Museu Afro Brasil/Divulgação)

Comece o dia caminhando no Parque do Ibirapuera, “Ibira”, para os íntimos, e não deixe de conferir o Museu Afro-Brasileiro. O museu está comemorando o aniversário de São Paulo com duas exposições, “Louça Fina, a Arte de Fernando Ribeiro”, com 80 trabalhos inéditos em pinturas e colagens, e “Cúmulo”, com 20 esculturas inéditas do artista plástico Caíto, inspiradas na palavra que dá o título à mostra. Descobrir o museu, durante um passeio no Ibirapuera, foi uma surpresa muito boa. Impressiona a exposição permanente, que traz ao visitante a trajetória dos negros do Brasil, registros e documentos da escravidão, e, muito legal figurinos daquela época. As figuras dos orixás são imponentes e traduzem a força da presença do candomblé e umbanda na raiz religiosa dos brasileiros. Localizado no Pavilhão Padre Manoel da Nóbrega, o museu tem acervo com mais de 6 mil obras, entre pinturas, esculturas, gravuras, fotografias, documentos e peças etnológicas, de autores brasileiros e estrangeiros, produzidos entre o século 18 e os dias de hoje. Funciona de 3ª feira a domingo, das 10h às 17h (permanência até às 18h).  Ingresso:
inteira: R$ 6,00, meia: R$ 3,00. Gratuito aos sábados.

Visite o Centrão

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Pinacoteca: celeiro das artes (Foto: Marlyana Tavares)

Aproveite o domingo quando o movimento de veículos fica mínimo para conhecer o Centro, do ponto de vista histórico. A Estação da Luz, o Vale do Anhangabaú, o Teatro Municipal, o Viaduto do Chá, a Pinacoteca, os prédios financeiros e comerciais enormes. O Terraço Itália. Existem passeios guiados para lá, com descrição da história e da arquitetura. Lembrando que o Viaduto do Chá fica aberto para os ciclistas.

Almoce no Peixaria Bar e Venda

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Peixes e frutos-do-mar ficam à vista do freguês, prontos para o preparo (Foto: Divulgação)

Bolinho de peixe, empada de camarão, são algumas das entradas do Peixaria, em Vila Madalena e não muito longe do Instituto Tomie Ohtake. O Peixaria, na Rua Inácio Pereira da Rocha, 112 tem a ambientação de um armazém e à venda estão desde pentes até torresmo em saquinho e biscoito de polvilho. No balcão frigorífico, você escolhe o peixe e/ou fruto-do-mar, que será preparado na hora.

Adoradores do samba, atenção! No último domingo do mês tem o Colombolo, samba com feijoada no Beco do Aprendiz, na Rua Belmiro Braga, aberto ao público. A feijoada é preparada pelas integrantes da Escola de Samba Vai-Vai.

Feche a noite com um espetáculo

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Se sobrar energia para fechar o domingo com chave de ouro, saiba que São Paulo é conhecida por ter mais peças em cartaz do que em Nova York, dizem eles por lá. Isso eu não sei, mas há sempre ótimos espetáculos pra ver. Confira a programação dos Sesis e Sescs, que sempre têm preço justo. O Sesc Pompéia eu adoro, porque além da programação cultural, lanches e refeições têm preços muito em conta. Vá neste site para conferir o que está em cartaz.

Bora procurar uma promoção de passagem para Sampa!

Neste site, você baixa o ebook grátis “Como comprar passagens aéreas mais barato”. Está valendo a pena. Tem muita dica bacana!

 

 

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