Cartagena, Colômbia

Parque Nacional Tayrona em Santa Marta – minha experiência

 

Um dos lugares que conheci na Colômbia em minha última visita foi o Parque Nacional Natural Tayrona, que fica em Santa Marta, próximo a Cartagena.

Eu li vários blogs antes de ir, em que as pessoas comentavam que tinham feito uma visita de um dia ao parque, e que tinha praias lindas, então decidi conferir.

Abaixo vou contar a minha experiência, mas já deixo aqui as principais dicas:

– Durma pelo menos uma noite no parque! Um dia para visitar é muito pouco!

– Se quiser dormir no redário, chegue cedo, se apresse na trilha até lá!

– Se estiver saindo de Cartagena, vale a pena pegar o porta-a-porta da Marsol. No fim das contas sai quase o mesmo preço de ir de ônibus, e é muito mais prático e confortável!

– Reserve o retorno do porta-a-porta da Marsol, pois pode esgotar.

1º dia

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Trilha no Parque Tayrona

Eu pensei em ir para a rodoviária de Cartagena, e pegar um ônibus para Santa Marta, e de lá parece que tem um ônibus urbano que deixa na entrada do parque, que me parecia a decisão mais econômica. Contudo o rapaz da recepção do hostel em Cartagena me disse que era melhor pegar o ônibus porta-a-porta da empresa Marsol, que sairia por 60.000 pesos. Apesar de achar que era mais caro, resolvi tentar já que seria mais prático. E pensei que na volta eu optaria pelo ônibus de linha.

Fui recolhida no hotel lá pelas 5h da manhã, e seguimos para Santa Marta, numa viagem que durou cerca de 4h. A van nos deixa na porta do parque. Onde vc pega o ingresso e segue até uns ônibus.

Fiquei na dúvida sobre pegar, afinal eu fui ao parque para fazer trilha, caminhar. Este ônibus faz um trecho de uns 4km por 2.000 pesos, que te deixa apenas no início da trilha. Ou seja, você não deixa de fazer a trilha ao pegar esse ônibus!

Então, começa-se a trilha. Achei muito bem estruturada, com corrimãos e calçamento em vários pontos, sinalização apontando a porcentagem percorrida. Além do mais, boa parte do caminho é feita paralela ao mar, então embora você esteja numa floresta, você vai escutando o barulho do mar. Sombra na maior parte do caminho. Embora digam que a dificuldade é baixa, e você vê crianças e idosos passando, para quem não está acostumado a caminhar, a trilha cansa!

Tem uns mirantes bem bonitos. A primeira parte é feita na sombra pela mata, e alguns trechos são feitos na areia da praia que estará quente e não tem sombra. Estas praias da trilha têm sinalização de perigo. Lá pela quinta praia começa a ser aconselhável nadar.

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A primeira parada é em um camping, onde tem restaurante e se pode almoçar, lanchar, etc. Eu não fiquei e não sugiro ficar neste camping, que fica numa praia linda, onde contudo não é aconselhável nadar. Melhor escolher o camping com fácil acesso a um banho de mar, já que o calor é muito forte.

Seguindo pela trilha, passando por outros campings e outras praias, uma mais linda que a outra, e sempre com indicação de mais trilhas pela frente. Eu tinha visto uma foto de um redário em cima de uma pedra, que tinha uma vista linda, então segui caminhando até chegar neste ponto. E eis que o ponto do redário é o Cabo San Juan del Guia, o camping mais badalado, embora menos estruturado, depois de umas 2 horas de trilha.

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Ao chegar, a primeira coisa foi buscar a hospedagem, e a tal da rede na parte de cima já havia esgotado. Na verdade quase todas as opções de rede ou barraca de camping já haviam esgotado. Por sorte depois de mais de uma hora na fila, peguei tipo a penúltima barraca disponível, contudo sem colchonete! Se você está visitando na alta temporada e quer dormir neste redário, faça reserva, ou então faça a trilha da ida correndo e chegue muito cedo por ali!

Eu não estou acostumada a acampar, nem gosto na verdade, encarei para não conhecer o parque correndo, e valeu a pena. Se eu tivesse que voltar correndo para pegar o ônibus das 15h, como li em alguns relatos, não teria aproveitado nada!

Assim, optei por fazer a trilha da volta com mais calma ao longo do dia seguinte curtindo as praias que achei mais bonitas, e chegar na entrada do parque a tempo de voltar para Cartagena sem correria.

2º dia

Depois de uma noite bem mais ou menos numa barraca sem colchonete, e sem saber como proceder em camping (deixo as coisas na barraca? As pessoas roubam? Onde seco minhas roupas? Etc.) acordei bem cedo e fui curtir o parque. Primeiro as duas praias do Cabo San Juan separadas pela tal pedra onde fica o redário. Bem lindas! Nestas se pode nadar com cuidado, e realmente a vista do redário vale a “hospedagem”.

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Curti um pouco ali, devolvi a barraca e comecei a andar de volta. O legal de acordar cedo é que você pega as praias ainda vazias. La piscinita é uma das primeiras praias voltando do Cabo, e é a melhor para banho, pois é protegida por uma pedras, que realmente formam uma piscina. Aluga-se snorkel por li. Eu não vi nada, mas uns adolescentes colombianos que fizeram amizade comigo viram até uma tartaruga!

Passei ali quase toda a manhã e fui voltando mais para olhar e tirar fotos. Ao contrário do que eu imaginava o Tayrona é um destino de turismo de massa, fica lotado nas férias (período em que eu fui), cheio de colombianos. As pessoas vão para passar bem bastante tempo. Não conversei com ninguém que passaria só uma noite como eu.

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Almocei no ponto do primeiro camping (último para quem está voltando), em Canaveral, deu tempo de descansar e pegar a trilha de volta, subindo.

Peguei o ônibus para a porta do Parque e cheguei lá por volta das 15h, quando sairia o Marsol direto para Cartagena. Como eu não tinha reservado, as vagas estavam esgotadas e fui para a rodoviária, em um taxi lotação que cobrou 15.000 pesos por pessoa. Um valor caríssimo, para dividir um taxi apertado.

Chegando à rodoviária procurei o primeiro ônibus para Cartagena, e paguei cerca de 25.000 pesos. O trajeto foi demoradíssimo, pegamos um engarrafamento monstro, que eu não entendi, porque passava quase uma hora parado, andava um pouco e parava de novo. Aí em Barranquila o cara me fez trocar de ônibus, sem me explicar direito, meio confuso.

Em Cartagena, a rodoviária é longe do centro, e como cheguei a noite paguei mais uns 20.000 pesos pelo taxi até a cidade muralhada. Ou seja, paguei quase a mesma coisa, fui bem menos confortável que o porta-a-porta da Marsol. Tem coisas em que não vale a pena tentar economizar, sai quase o mesmo preço e bem menos confortável.

Dica, reserve o Marsol na ida e na volta para o Tayrona. Compensa!

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17 comentários em “Parque Nacional Tayrona em Santa Marta – minha experiência

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    • anabeatriz disse:

      Oi Fernanda! Quando eu fui quem reservou para mim foi o recepcionista do hostel. Pergunte onde você estiver hospedada e eles ligam lá para você.
      Quando eu fui era alta temporada, e mesmo assim consegui vaga de um dia para o outro. Quem sabe para garantir peça para ligar uns dois dias antes.
      Ah, e quando voltar escreve suas dicas para a gente?? A gente publica aqui!
      Abração e boa viagem!

  5. valéria disse:

    Olá, Ana!
    Vou para Colômbia em janeiro e queria fazer as trilhas pelo Tyrona, mas tenho um pouco de receio porque vou sozinha. É tranquilo?
    Obrigada!

    • Ana Beatriz disse:

      Oi Valéria!! Eu fiz sozinha e foi muito tranquilo! É um parque bem movimentado e você vai cruzar com várias pessoas na trilha. Então, pode ir tranquila! Abraço e boa viagem!!

  6. Camila disse:

    Olá, Ana.

    Gostaria de saber quanto tempo de caminhada até o redário.
    Adorei as dicas e o relato. Fiquei com muita vontade de conhecer o parque, mas estou com medo de morrer na praia…rs

    Obrigada.

    • Ana Beatriz disse:

      Oi Camila. É mais ou menos umas três horas de caminhada, mas tem várias paradas, onde você pode descansar um pouco em alguma praia pelo caminho. Eu não sou atlética, tenho bem pouco preparo físico e consegui fazer. Fiquei cansada, é claro, mas consegui. Ainda vi várias crianças e idosos fazendo, então, é possível! hahaha

      Vai na fé, vai ser uma boa experiência caminhar pela mata ouvindo o barulho do mar e passando por praias lindas!

      Grande abraço! Ana.

  7. Silvia Amorim disse:

    Oi, Ana Beatriz. Vc sabe me dizer qual é o nome desse local em que vc se hospedou em Cabo de San Juan, o que tem as redes no alto de uma pedra?

    • Ana Beatriz disse:

      Oi Silvia, quando vc chegar a esta praia, tem uma barraquinha cobrando pelo acampamento. Estas redes no alto da pedra são contratadas ali. ABraço!

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