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Museu Mariano Procópio: ações e possibilidades em um museu fechado

Aline Viana, Chefe do Departamento de Difusão Cultural do Museu Mariano Procópio em Juiz de Fora – MG, traz hoje uma reflexão sobre a visitação ao museu que está parcialmente fechado desde 2008. Obrigada Aline pelo texto e estamos na torcida para a reabertura do Museu!

 

Principal atrativo cultural e turístico de Juiz de Fora, o Museu Mariano Procópio é formado por dois edifícios inseridos em um jardim histórico de autoria atribuída Auguste François Marie Glaziou.

A Villa Ferreira Lage foi construída pelo empreendedor Mariano Procópio na década de 1860 para hospedar a família imperial em visita à cidade, em virtude da inauguração da primeira estrada de rodagem “União e Indústria”. Entretanto, a estadia não ocorreu naquela ocasião, pois a obra não foi finalizada. Marcada pelo imaginário da população como “castelinho”, a Villa foi transformada em museu-casa em 1915 pelo colecionador Alfredo Ferreira Lage, filho de Mariano Procópio, após a morte de sua mãe. As características de residência foram preservadas com a presença da coleção de Alfredo, transformando um museu particular aberto ao público desde então. Entretanto, teve sua inauguração oficial em 23 de junho de 1921, em comemoração ao centenário de nascimento do pai, Mariano Procópio.

Com sua coleção em expansão, Alfredo constrói um edifício anexo à Villa, o Prédio Mariano Procópio, que teve a inauguração oficial em 13 de maio de 1922. A edificação passou por várias ampliações para  acomodar o acervo que chegou a mais de 50 mil itens abrangendo história  natural, numismática, cerâmica, mobiliário, pinturas, documentos,  desenhos, fotografias e outros. Apesar de seu ecletismo é considerado  acervo de referência do Brasil Império. Continuar lendo

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Ser assaltada em uma viagem…

Sempre fui cuidadosa ao andar pela rua, na minha cidade ou em viagens. Não ando em ruas desertas, escuras, seguro a bolsa, peço informação antes de ir, etc. Às vezes somos precavidos em todos os dias de nossa vida, e como nunca fomos assaltados, chegamos a pensar que estamos a salvo desse perigo.

Eu fui assaltada no centro do Rio de Janeiro no domingo passado, penúltimo dia de uma viagem a trabalho, no quarteirão do meu hotel procurando um restaurante para almoçar. Continuar lendo

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Você já experimentou o mergulho?

A primeira frase do vídeo de instruções para o mergulho é: “Prepare-se para conhecer um mundo que a maioria das pessoas não conhece!”. Quem pratica o mergulho – ou pelo menos praticou uma vez na vida – é privilegiado, conhece os outros dois terços do planeta menos frequentados por humanos.

Eu não pensava em fazer mergulho, só de imaginar me sentia claustrofóbica. Mas então quando fui à Colômbia ia ficar 8 dias em San Andrés sozinha e imaginei que o tédio fosse me contagiar. Foi quando a ideia do curso de mergulho me ocorreu!

aula de mergulho

Minha primeira aula de mergulho. Foto: Jorge dos Oceanos

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Sobre viajar sozinha

 

As perguntas que eu mais tive que responder na minha última viagem foi: Sozinha? Porque você veio sozinha? Você só gosta de viajar sozinha?

Viajar desacompanhando é um hábito contemporâneo, inclusive dizem que as mulheres viajam mais sozinhas do que os homens. Mas porque as pessoas decidem viajar sozinhas? É melhor viajar sozinho ou não houve alternativa?

As respostas para esta pergunta são muitas, basta ler os relatos dos milhares de viajantes solitários que publicam suas experiências nos fóruns e blogs de internet para ter uma idéia. E talvez as respostas mais frequentes sejam: “queria me conhecer melhor”; e “não achei companhia e decidi viajar mesmo assim”.

Começa assim: você decide fazer uma viagem sozinha naquele momento “reflexão” na sua vida, coisas a resolver consigo mesmo, adora a experiência. Percebe que conheceu muita gente legal, que não precisou esperar ninguém ficar pronto para sair, que pode dormir até mais tarde no dia que quiser, e que não teve que negociar para fazer nada. Aí sente que viajar sozinha tem uma série de vantagens. Continuar lendo

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Turismo Literário?

 

Todos concordam que os filmes são uma ótima forma de divulgação de um destino. É conhecido que a Nova Zelândia aumentou em 400% o número de visitantes nos anos seguintes ao lançamento de O Senhor dos Anéis; e que a Tailândia tem como uma de suas principais estratégias de divulgação a captação de filmagens em seu território; que Woody Allen tem montado roteiros turísticos nos seus filmes.

Mas não são apenas as imagens capturadas pelas lentes dos cineastas que nos inspiram a conhecer novos lugares. Muitas vezes um livro bem escrito consegue transmitir a alma do lugar, citando nomes de ruas, praças, cenas cotidianas daquele período histórico retratado.

Hemingway, por exemplo, passou vários anos em Paris escrevendo. Muitas de suas histórias são ambientadas na cidade, os personagens frequentam museus, restaurantes, moram em ruas conhecidas. Em seu livro Paris é Uma Festa, uma espécie de memórias de quando morou na cidade, conta que o atendente de um dos restaurantes certa vez pediu a ele que o ajudasse a lembrar que artistas já frequentaram o estabelecimento, pois muitos clientes o perguntavam. Continuar lendo

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