Palpitando

O terror segue o turista? Para onde correr?

É inegável: os radicais islâmicos reunidos sob a bandeira do ISIS ou EL ou Daesh, seja o que for, estão tocando o terror. Esta semana foi a vez de Istambul, na Turquia e Jacarta, na Indonésia. E o alvo é a comunidade internacional, especialmente daqueles países da coalização que os combate. Na verdade, sobra pra todo mundo. Fica a pergunta: o terror segue o turista? Não dá para negar: com as nossas mortes, os radicais, acuados e desmantelados por vários ataques à Síria principalmente depois de Paris, conseguem continuar passando seu recado ao mundo. Pensando nisso, tem para onde correr?

Ontem, em Jacarta, capital da Indonésia, novo ataque a tiros e explosões próximo a um shopping center, embaixadas, e escritório das Nações Unidas e em frente ao café Starbucks. Sete mortos. No último dia 12, Istambul, capital turística da Turquia, foi alvo de um homem-bomba que causou a morte de 10 pessoas no bairro de Sultanahmet, nove alemães e um peruano.

Sem falar no ataque de Ancara, capital turca, com mais de 100 mortos, em Bali, na própria Indonésia e em outros, que acabam não ganhando a mesma repercussão que Paris, onde em novembro, 130 pessoas foram mortas.

Dá o que pensar, não? Análises no noticiário internacional apontam que os ataques ontem em Jacarta seguiram o modelo de Paris. Fato que é o Starbucks é procurado por muitos viajantes que não se importam de tomar um café de gosto às vezes duvidoso em troca de poder conectar celulares e laptops.

Sim, tem pra onde correr! As Américas Central e do Sul são um destino hoje bem mais tranquilo que Europa, por exemplo. O Brasil, bem o Brasil também, embora haja muitas dúvidas sobre a efetividade da segurança no Rio de Janeiro, durante as Olimpíadas.

Mas será o caso de desistir? Quando houve o atentado em Paris, muitos viajantes ficaram em dúvida sobre manter os planos. Quem foi não se arrependeu. A cidade está superpoliciada e até o clima ajudou. Apesar do frio, dias lindíssimos, solares, acompanharam os visitantes.

O Planejo Viajar resolveu ouvir as experiências de três pessoas que visitaram Istambul nos últimos anos. Leiam a seguir. Continuar lendo

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Notícias, Palpitando

Brasileiro escolhe destinos nacionais

Brasileiro perde no bolso mas não perde a viagem e dá seu jeitinho de bater asas, mesmo com a crise. Como? Escolhe destinos nacionais. Viajar dentro do Brasil, nos próximos seis meses, é a escolha de 81,7% dos turistas. Com a crise e o dólar nas alturas, roteiros internacionais ficam para as próximas vezes.

Hospedagem em campings, albergues (hostels), sistema cama e café (residências que oferecem o quarto e o café da manhã) e o velho e bom aluguel de imóveis por temporada estão na preferência de 21,5% dos viajantes, número 78% do que no mesmo período de 2014.

Os dados são da Sondagem do Consumidor – Intenção de Viagem, encomendada pelo Ministério do Turismo, e feita todos os meses com duas mil pessoas em Belo Horizonte, Brasília, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo. Juntas, as sete capitais brasileiras monitoradas representam 70% do fluxo turístico do Brasil.

Os resultados divulgados hoje mostram que os brasileiros perdem dinheiro no bolso mas não abrem mão de viajar e que estar num destino diferente é o mais importante do que o tipo de hospedagem.

 

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Palpitando

A fórmula de passagens aéreas mais baratas

Muita gente tem até preguiça de pesquisar passagens e entrega a tarefa na mão de um agente de viagens, um amigo, etc. Mas, sabia que, com alguns truques bem maneiros, dá para economizar bastante na compra, fazer paradas em vários países com apenas o bilhete de ida e volta e otras cositas más? O viajante profissional Rafael Incao utilizou seus conhecimentos como professor de Matemática para desvendar esses detalhes e criou o curso Fórmula de Passagens para ensinar como fazer o seu dinheiro render na compra dos bilhetes, o que certamente vai tornar sua viagem mais barata ou te dar a possibilidade de viajar por mais tempo e mais lugares. Continuar lendo

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Notícias, Palpitando

Brasileiros fazem mais viagens aéreas

Pesquisa do TripAdvisor revela que 54% dos brasileiros farão uma ou duas viagens aéreas internacionais este ano, 13% a mais do que em 2014 – 31% farão de três a quatro viagens no Brasil. O estudo mostra que, apesar da crise, os brasileiros não estão abrindo mão do sonho de viajar a passeio ou estão se deslocando mais a trabalho. Para a maioria,  o custo da viagem é determinante na hora de optar por um destino. Por outro lado, menos da metade, 40%, pesquisam em sites antes de se decidir.

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Palpitando, Sabático

Você não precisa largar tudo para viajar por meses!

Às vezes quando eu leio esses textos sobre largar tudo para viajar eu fico com a impressão de que conhecer o mundo é uma alternativa desesperada de pessoas que vivem vidas horríveis. Quem vive uma vida incrível não se interessa em viajar o mundo por meses?

Como se todas as pessoas que abrissem mão do emprego e fossem viver uma viagem tivessem ao mesmo tempo se curado de todos os males da alma e descoberto o segredo da felicidade.

Nada poderia ser mais falso. É hora de começar a falar a verdade sobre largar tudo para viajar. Talvez os que estejam espalhando sua mensagem sejam os que ficaram bem e conseguiram se encontrar, mas eu conheci várias pessoas durante a viagem que não tiveram a mesma trajetória. Elas largaram tudo, viajaram, gastaram todo o dinheiro, não conseguiram fugir dos seus problemas, e voltaram para casa cabisbaixos. Ou outros que eu vejo que ainda não concluíram este ciclo, mas estão caminhando para isso.

Viajar para fugir, para esquecer os problemas é uma armadilha. Lá do alto da montanha mais alta dos Andes ou do Himalaia estes problemas vão mandar um recado de que estão esperando pacientemente a sua volta.

 

Viajar por meses, sem largar tudo!

Eu quero ser alguém que inspira e ajuda as pessoas a viajarem o máximo que elas podem, mas sem irresponsabilidades. Sem falsas pregações.

É preciso falar sobre ano sabático, sobre como se planejar para tirar o melhor desta aventura, e sobre como criar um significado e um plano completo de vida no qual inserir o ano sabático.

Vamos ilustrar com o cenário mais comum: você está num trabalho que odeia. Você luta contra si mesmo todas as manhãs para levantar e ir para o trabalho; fica olhando o dia ensolarado pela janela e querendo estar lá fora fazendo qualquer coisa menos o seu trabalho; você está adoecendo; começou a ser uma pessoa negativa e amarga com seus amigos.

Se eu acho que é hora de você largar tudo?? Pode ser. Provavelmente o primeiro “tudo” que você precisa largar é o seu emprego, mas infelizmente largando o emprego o seu aluguel e as contas de água, luz, e supermercado não podem ser largadas também.

Porque você não faz um plano de se conhecer melhor, entender quais são as coisas que você gosta de fazer, qual seria seu emprego dos sonhos e então encaixa um ano sabático neste projeto? Um plano que envolva ler livros, fazer psicoterapia, sessões de coaching e que seja finalizado com alguns meses em outro país trabalhando como voluntário ou fazendo um curso para a sua nova carreira?

A viagem pode até vir antes, mas entende que se você não atacar a raiz do problema, o mais provável é que você voltará para casa quando seu suado dinheirinho (que você passou anos juntando) acabar e terá que encontrar outro emprego igualzinho ao anterior?

Outro cenário: seu relacionamento acabou. Você já não sabe mais quem é, não consegue imaginar sua vida sem seu antigo parceiro, caminhar pela rua é uma tortura porque cada esquina da cidade guarda as lembranças do seu romance.

Se viajar imediatamente é o melhor para você? Provavelmente.

Viajar sozinha pode ser a melhor forma de se conectar a você mesma, conviver um pouco com sua companhia e reaprender quem você é enquanto pessoa, não mais enquanto metade de um casal.

Mas também é preciso se cuidar um pouco antes de se afastar de todas as pessoas que gostam e se importam com você. Eu mesma já me apeguei a amigos recém-conhecidos e a romancezinhos de verão por não estar bem comigo mesma. Esperei de pessoas que eu tinha acabado de conhecer o cuidado e o acolhimento dos meus amigos aqui de casa. E não dá para esperar isso das pessoas!

Talvez neste caso a viagem pode sim ser deixada para o final do processo, para quando você já usou e abusou do colo dos seus amigos e familiares, quando já se dedicou a redescobrir as coisas que você gosta de fazer nesta nova fase da sua vida, quando já esperou a poeira baixar.

Quando faltar aquele último passo, vá! Vá aberta a conhecer novas pessoas, mas a não se entregar tão facilmente. Quando a companhia das pessoas seja uma opção leve, e não uma necessidade.

 

E se estiver tudo bem?

Outro cenário pouco explorado é quando você mora numa cidade que gosta, cercado por pessoas maravilhosas e num emprego bacana que você não gostaria de perder.

Se você deve viajar? SIM!!!! Claro! Se você já tem uma vida incrível tem todas as condições de deixá-la ainda mais incrível!

Eu conheci pessoas que conversaram com o chefe, explicaram que queriam viver uma experiência diferente e que gostariam de tirar uns meses de férias. Pegaram parte da poupança, ou venderam alguns bens e saíram para conhecer o mundo. O que elas deixaram? A porta aberta para quando voltassem.

Quando você tem um plano claro, mesmo estando aberto a mudar de idéia no caminho, as pessoas a respeitam. Elas entendem que para você pode ser importante viver um ano fora do seu país para aprender outra língua, fazer trabalho voluntário, trilhas super difíceis e escalar vulcões, ou simplesmente para viver um ano sem compromissos de trabalho.

 

Inconsequência não é liberdade

Tem um desses ditados antigos que diz que somos escravos das nossas decisões. Tudo o que fizermos na vida ficará marcado em nossa história e determina quem somos. Não podemos apagar nada do que passou.

Claro que uma viagem pelo mundo nunca é uma decisão ruim, porque independente do que acontecer, você vai aprender e crescer muito. Mas, porque não aproveitar a oportunidade, e todo o esforço que é juntar dinheiro durante meses, e fazer uma viagem melhor planejada?

Porque não entender que não podemos fugir dos nossos problemas, e que a viagem não vai solucionar nada para nós? E então ser capaz de dar um significado para ela. Voltar para casa tranquilos e seguros de que, mesmo com todos os desafios que teremos pelo resto de nossas vidas, nós nos tornamos pessoas melhores. Mais fortes, mais calmos e mais otimistas.

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Palpitando, Sabático

O que acontece depois do Ano Sabático?

Às vezes é importante saber disso antes de tomar a decisão. Eu quero viajar por meses, mas o que acontece depois do Ano Sabático? Como eu consigo outro emprego? Como eu uso os aprendizados da viagem na minha rotina? Como eu me acostumo a não viajar novamente?

Primeiro, todas as suas preocupações são verdadeiras! Você vai voltar da viagem sem emprego e sem dinheiro, porém mais tranquilo, motivado e inspirado.  Vai se conhecer muito melhor. Estará louca para matar as saudades de todas as pessoas de quem você ficou longe, e também vai se irritar um pouco por tudo estar tão igual ao que deixou.

O período de transição, entre o retorno da viagem e a recolocação no mercado de trabalho, a readaptação à rotina será o mais difícil. Mas quando ele passar, você conseguirá enxergar claramente quais foram os ganhos para o seu bem-estar e a busca da sua felicidade proporcionados pelo período sabático.

Mas afinal, o que eu posso fazer? Como aproveitar a experiência para conseguir um emprego e uma rotina melhores? Continue lendo.

Como conseguir outro emprego depois do ano sabático?

Antes da minha viagem, que começou em janeiro de 2014, eu li e reli 300 vezes todos os blogs de pessoas que tinham feito voltas ao mundo, com muita atenção para a parte que falava sobre o retorno. Sem exceções, todos pareciam muito satisfeitos por ter aprendido a viver com menos, muito motivados a abrir um negócio e a participar de entrevistas de trabalho com recrutadores empolgados pela experiências que eles acabaram de viver.

Tenho que admitir que esta “promessa” me deixou bem animada e mais confiante em pedir demissão do meu emprego estável como servidora pública para viajar em busca de experiências.

Selecione as vagas

Mas eu queria alertar aqui de que o “diferencial” de ter vivido um ano sabático não vai ajudar muito se você não souber selecionar as vagas para as quais se candidatará e inserir o ano sabático da maneira correta no seu currículo.

Conseguir um emprego é muito parecido a conseguir um namorado. O primeiro aspecto que afasta os possíveis pretendentes é o candidato desesperado. Já viu como é desinteressante quando a pessoa transparece que está disposta a qualquer coisa, porque não quer mais ficar sozinha?

Com o emprego é a mesma coisa. Não se candidate a vagas para as quais você não cumpre os requisitos porque nem mesmo a incrível e “exótica” experiência de ter vivido o Ano Sabático vai garantir a sua contratação. Não se desespere por estar sem emprego. Afinal, você não saiu de uma vaga bacana para voltar e aceitar qualquer coisa, né?

Isso vai apenas gerar frustração, num momento tenso em que você precisa de auto-confiança. Você estará sem dinheiro por causa da viagem, mas tem que saber exatamente qual é o tipo de cargo que quer ocupar.

Em vagas de seu interesse, adicione o Ano Sabático no currículo com data, lugares visitados, experiências de trabalho voluntário, ou algum projeto cumprido durante a viagem. Escalou uma montanha? Viveu um mês numa tribo isolada? Relate o que atesta que você é determinado, rompe desafios, sai do óbvio. Coloque a experiência como informações adicionais, mas com o destaque merecido.

Tenha uma reserva

Para passar melhor por esta fase de transição, reserve no orçamento da viagem uma quantia suficiente para viver alguns meses enquanto procura trabalho. Não precisa ser o mesmo que você gasta hoje, pode ser bem menos. Às vezes um salário mínimo por mês pode ser suficiente.

Faça contatos antes e durante a viagem

Já comece a pesquisar as alternativas de trabalho antes da viagem. Ao sair do seu trabalho, deixe contatos na manga. Comente com algumas pessoas que podem indicar você para trabalhos ou empregos, explique quais são seus objetivos com a viagem e depois dela.

É verdade que muita coisa pode mudar durante este período – inclusive parte da graça é justamente não saber o que vai acontecer. Mas não custa ter esta preocupação.

Eu saí para a viagem com uma idéia de trabalho para quando voltasse. Mesmo sem ter certeza do que eu queria fazer, escrevi para várias pessoas que conheci por causa do meu emprego anterior e comentei que estava tirando um tempo para mim, e que voltaria um ano depois para atuar como consultora.

Estas pessoas me acompanharam durante toda a viagem e me mantiveram em mente. Ao voltar, elas me admiravam e me indicaram para trabalhos como consultora.

O minimalismo

Eu estava muito orgulhosa da minha mala de 10kg durante toda a viagem. Ali eu tinha todas as roupas que eu precisava para fazer uma trilha, uma entrevista de emprego e sair a noite. Eram basicamente as mesmas peças, apenas com acessórios e atitudes diferentes.

Antes da viagem me lembro de ler muitos relatos falando exatamente que as pessoas aprenderam a viver melhor com menos, comendo melhor e enxergando a beleza nas pequenas coisas.

Andar pelas ruas de uma grande cidade observando as pessoas passou a ser um programa bacana para um dia de semana à tarde. Sentar em um parque com um garrafa de vinho, um queijo e algumas frutas virou o ideal de um dia perfeito.

O desafio é se manter neste mesmo estado de espírito quando você volta para casa. É frustrante perceber que enquanto você mudou e aprendeu a viver com menos, seus amigos e família não fizeram o mesmo movimento. Eles continuarão convidando para restaurantes caros e não estarão nem um pouco dispostos a ser mochileiros em suas cidades.

Vai caber a você decidir o quanto do minimalismo da viagem vai querer implementar em sua vida. Quais hábitos de alimentação, exercício físico e consumo vai manter após voltar.

 

O estresse

Ficar duas horas dentro de um ônibus não é lá tão sofrido. Você se distrai, olha pela janela, escuta expressões diferentes, observa as pessoas. Pensa na vida, pensa no quanto você é abençoado por estar vivendo aquela experiência e sente o prazer da expectativa para chegar a um lugar diferente.

Em casa, as pessoas não são tão exóticas. Na verdade são bem previsíveis. Enquanto você tenta manter a calma, elas estão sendo grosseiras e violentas no trânsito. O lugar para o qual você está se dirigindo não é nenhuma novidade.

Muito rápido, o estresse com o trânsito vai te agarrar novamente. E novamente a responsabilidade será sua de manter a curiosidade e a criatividade ativas enquanto faz atividades estressantes, como encarar um engarrafamento.

Em seu novo trabalho, também estarão presentes todos os elementos que antes faziam com que você não estivesse satisfeito com a sua rotina. A idéia é depois da viagem procurar um trabalho que seja mais de acordo com você, mesmo que o salário seja um pouco menor. Algo mais parecido com suas expectativas, e onde você possa usar a motivação e a criatividade conquistadas ao longo da viagem.

 

Uma dica final

Evite falar mal do seu trabalho em qualquer manifestação pública sobre a sua decisão de pedir demissão e viajar. Não há nada mais antiético do que você falar mal de uma empresa ou do seu cargo depois que sair da empresa. Eu sei que muitas vezes pedimos demissão porque não concordamos com a cultura organizacional, ou até por não concordar com atitudes corruptas dos líderes. Contudo, isso não precisa ser publicado no facebook, blog ou no seu discurso de despedida num bar lotado de pessoas.

Reserve o seu desabafo para amigos mais próximos ou para um diário pessoal. Para o mundo, você quer aparecer como alguém positivo, que está tomando esta decisão por causa de todas as oportunidades que ela traz, e não porque já não aguentava mais uma vida horrível no trabalho anterior.

O Ano Sabático pode ser a melhor escolha da sua vida. Por mais que eu tenha tentado mostrar todos os lados negativos e difíceis do seu retorno, não consigo imaginar um cenário em que esta viagem tenha sido uma decisão ruim. Mesmo quando você demora um pouco a se reencontrar, tudo o que você construir pessoal e profissionalmente após o Ano Sabático será muito mais maduro, criativo e honesto com você mesmo.

O meu principal conselho para afastar de vez suas dúvidas é o planejamento. Tenha um plano minimanente traçado dos seus objetivos com a viagem e uma reserva financeira para o retorno. Desta forma, você conseguirá ter uma experiência incrível e valiosa para a sua vida.

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Dicas, Mochilar, Palpitando, Sabático

Como trabalhar viajando

Ultimamente está na moda largar tudo para viajar o mundo. Todo mundo tem pelo menos um conhecido que pediu uma licença no trabalho (ou demissão), trancou a academia, terminou o namoro, alugou o quarto e saiu com uma mochila nas costas e poucas certezas sobre o futuro.

Antigamente era comum pensar que viajar o mundo por um ano (ou dois, três, dez…) era um luxo para pessoas que tinham muito dinheiro, ou que tinham uma família que lhes enviaria dinheiro todos os meses. A verdade é que esta galera está indo com pouca grana, se virando entre um bico e outro, e bancando a viagem sozinha.

Alguns deles inclusive estão ganhando o mesmo que ganhavam quando trabalhavam de 8h às 18h em sua cidade, ou até mais. Continuar lendo

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Dicas, Mochilar, Palpitando

10 dicas para mulheres viajando sozinhas pela primeira vez

Eu viajo quase sempre sozinha. O que eu mais gosto em viagens solo é que eu fico muito mais concentrada no lugar, nos detalhes, nas pessoas ao meu redor.

As viagens são algo muito pessoal. Mesmo que eu e uma amiga queiramos ir para o mesmo lugar, as expectativas de cada uma sobre o que quer ver e visitar são muito individuis. As viagens despertam características nossas que não conhecíamos. Medos, interesses, restrições. Continuar lendo

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Notícias, Palpitando

Lançamento do meu livro “Acessibilidade e Inclusão Social no Turismo”

Capa acessibilidadeNem todo mundo sabe, mas além de ser uma viajante especialista, eu também sou especialista em planejamento de turismo. Em 2009 eu fiz uma pesquisa de mestrado sobre Acessibilidade no Turismo. Desde então todos os anos uma série de estudantes de mestrado me procuram querendo trocar idéias e informações sobre o tema.

É muito realizador perceber que o trabalho que você fez está contribuindo com um debate, que é um grãozinho de areia num universo que é muito grande, mas que é justamente formado por milhões de grãozinhos como você.

Agora, seis anos depois, relendo o trabalho eu percebo que muita coisa mudou. Mesmo que numa velocidade muito aquém do que a gente gostaria, as coisas estão melhorando. Ver as coisas em perspectiva é entender o movimentoe olhar, não só onde estamos agora, mas onde já estivemos. Entender que estamos mais próximos do ideal, mesmo que ainda haja uma longa estrada. Continuar lendo

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Palpitando, Sabático

Os 3 maiores motivos de celebração dos meus 30 anos!

Hoje é o meu aniversário, eu estou completando 30 anos! E esses 30 não são apenas uma contagem formal de tempo. São a conclusão de uma etapa de amadurecimento, aprendizado, que só o tempo, nada mais do que o tempo, pode trazer.

Eu sempre gostei de comemorar aniversários. São uma das poucas situações em que paramos para celebrar a vida por si só. As pequenas conquistas cotidianas, todos os momentos em que aprendemos a ser mais generosos, compreensivos, sensatos.

Tempo. Eu dedico meu aniversário ao tempo. Ao quanto ele nos dá perpectiva para olhar para tudo, e tomar decisões. Ao quanto ele permite ser dominado por nós, mas não exita nos dominar caso não tomemos as rédeas.Ao quanto ele vai tornando nossos planos realidade passo a passo, nem mais rápido nem mais lento do que o necessário.

Ao lado de cada dia dos últimos 30 anos e de suas pequenas conquistas, eu tenho pelo menos três grandes motivos para comemorar hoje! Continuar lendo

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Palpitando, Sabático

Um ano depois: os dois lados da moeda de um ano sabático

Há exatamente um ano, dia 21 de janeiro de 2014, eu embarcava para a Cidade do México com uma passagem só de ida e muitos sonhos.

A verdade é que eu tinha várias idéias sobre o que poderia acontecer. Me via virando uma consultora em turismo, escritora sobre os lugares que eu conheci, trabalhando em empresas turísticas, e até mesmo retomando a minha vida de servidora pública depois de viajar um tempo. Para mim, poderia acontecer tudo, inclusive nada!

Acho que esse foi meu grande acerto: reduzir as expectativas. Mesmo dando um passo tão grande e revolucionário, pela primeira vez eu não criei um plano completo de tudo que teria que acontecer. Até porque as nossas expectativas, na maioria das vezes, só servem como parâmetro das nossas decepções.

Refúgio de Montanha em Bariloche - Argentina

Refúgio de Montanha em Bariloche – Argentina

Eu me lembro de ter a consciência de que talvez as minhas economias não durariam o ano inteiro, e que  minha aventura poderia acabar um pouco antes. Mas com orgulho posso afirmar que duraram 365 dias, e ainda restou uma margem de segurança.

É muito libertador viver com pouco dinheiro! É perceber na prática o que a gente sabe na teoria: a felicidade não está nas nossas posses, e sim nos nossos momentos. E muitos deles são grátis! Vivendo com 30% do que eu gastava por mês quando morava em Brasília eu me diverti muito mais e, o mais importante, vivendo exatamente a vida que eu queria.

Mas se engana quem pensa que tudo é um mar de rosas. Fui roubada, meu computador estragou quando eu mais precisava dele, perdi dinheiro, tentaram me enganar. Senti decepção, insegurança, medo, raiva.

E nestes 365 dias eu aprendi que o que a gente espera da vida é sentir. Felicidade, tristeza, raiva, ódio, amor. Boas ou ruins, queremos sensações porque elas nos fazem sentir vivos. Até dizem que o contrário da felicidade não é a tristeza, e sim o tédio. Como o contrário do amor não é o ódio, e sim a indiferença. Muito melhor sentir algo, do que não sentir nada!

Reserva Nacional de Paracas - Peru

Reserva Nacional de Paracas – Peru

Olhando para trás eu me sinto com uma responsabilidade muito grande. Eu abri mão de muita coisa! De um emprego estável no serviço público onde eu já tinha direitos acumulados pela antiguidade, do convívio diário com minha família e amigos. A minha vida era boa, muito boa! Se eu quis fazer uma mudança, ela tem que ser para muito melhor, ou pelo menos para uma vida tão boa quanto.

Tendo completado um ano, exatamente o prazo que eu estabeleci como duração dessa aventura, a única certeza que eu tenho é que eu quero seguir vivendo assim. Sem destino fixo, trabalhando pela internet, escrevendo. Posso até ganhar menos do que eu ganhava antes, mas eu quero ser livre. E ver que isso é ainda uma possibilidade em construção, sem nenhuma garantia, é bem assustador.

Botando na balança todos os aprendizados de vida e todos os desafios que eu estou enfrentando um ano depois, posso apenas dizer que não me arrependo. Seguramente esse ano sabático valeu a pena, e vale a pena seguir tentando. E como sempre, quero estar aberta às possibilidades que a vida me trouxer. Sempre fiel ao meu único compromisso: ser feliz!

 

 

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Palpitando

“Viajar é fatal para os preconceitos!” Será…?

Viajar abre nossa cabeça. Vemos o mundo com os próprios olhos, e não com os de algum escritor. Isso muda nossa concepção sobre lugares, nacionalidades e realmente pode ser fatal aos preconceitos. Mas quanto mais eu viajo e convivo com outros viajantes eu penso que nem sempre é assim.

Talvez seja verdade que ter contato com outras culturas, conhecê-las em sua complexidade, nos deixa mais propensos a respeitá-las. É um tapa de luva na cara de qualquer um perceber que você é o exótico. Mas, se é provável que vamos superar alguns de nossos preconceitos anteriores, não necessariamente é verdade que deixaremos de ser preconceituosos. Continuar lendo

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Palpitando

Uma “viagem” sobre a impessoalidade do pau de selfie

Esse texto de reflexão foi enviado pela leitora e amiga, Catharina Lincoln. Obrigada pela contribuição Cath!

 

pau-de-selfie

 

Mundo moderno: as pessoas passaram a viajar mais sozinhas e isso é maravilhoso. Permitir-se lidar com sua individualidade ao desbravar o mundo é um ato de ousadia. Mas viajar sozinho não significa ficar sempre sozinho. Viajar é humanizar.

O contato com outras culturas, com comidas diferentes, com locais estonteantes não tem significado se não é compartilhado. Você pode compartilhar na viagem ou depois dela (caso faça uma viagem sabática), mas buscará algum meio de registrar a experiência para compartilhá-la (durante ou depois). E não estou falando em compartilhar um novo status nas redes sociais. Compartilhar significa conhecer e trocar histórias e, para isso, não tem jeito: você precisa ter contato HUMANO. Conversar, ouvir, contar. É por isso que tenho tanto estranhamento com o fenômeno “pau de selfie”. Continuar lendo

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Palpitando, Sabático

14 melhores momentos de 2014

Finalmente chegou o momento de fazer o balanço e a retrospectiva do ano mais louco e mais intenso da minha vida. Foi o ano em que eu pedi demissão do meu trabalho logo em janeiro para embarcar numa viagem apenas com passagens de ida. Visitei 6 países, 3 deles pela primeira vez, vivi uma Copa do Mundo em meu país, e aprendi mais do que nunca sobre o mundo e sobre mim mesma.

O ano teve 2014 (ou mais) momentos maravilhosos e inesquecíveis, mas eu consegui a impossível tarefa de reservar 14 para dividir com vocês.

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Mochilar, Palpitando

8 tipos mais odiados nos hostels

Você já ficou em um hostel nas férias? Como é uma hospedagem econômica, a palavra de ordem é compartilhar. Quartos, banheiros, cozinha, tomadas, todos compartilhados. Esse é o ambiente perfeito para fazer amizades, conhecer pessoas, ajudar e ser ajudado. Mas sempre tem aquele folgado que acha que é mais importante que os outros e acaba gerando muita antipatia entre os demais. Continuar lendo

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Argentina, Bariloche, Palpitando, Sabático

Viajar é se auto-superar!

Viajar de férias também é se auto-superar. Se propor a ir bem além dos seus limites, às vezes, pode ser uma experiência muito recompensadora.

Alguns dias antes de vir a Bariloche, se me perguntassem se eu toparia fazer uma trilha de bicicleta numa região montanhosa em um percurso de quase 30 km, eu certamente diria que não! Isso porque infelizmente nunca tive o hábito de praticar esportes, e minha resistência para exercícios é bem baixa. Continuar lendo

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Palpitando, Sabático

A magia da primeira vez

Estou em Bariloche, na Argentina, sentada em frente a uma janela vendo a neve cair e escutando um jazz instrumental dos anos 30 – que segundo um amigo, é música de neve. Quantas vezes você já fez isso?

Para mim é a primeira. A primeira neve que me inspira a escrever depois de horas de contemplação silenciosa e de uma caminhada pela rua para senti-la caindo sobre mim.

Minha vontade agora é parar o tempo. Quero que este momento dure para sempre. Porque nunca mais nenhum dia nevado vai ser como hoje. Hoje vai ser para sempre o primeiro dia de neve da minha nem tão curta vida. Continuar lendo

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Palpitando, Sabático

Três coisas que eu aprendi pedindo demissão para viajar

Faz pouco mais de um mês que eu pedi demissão do meu trabalho e vim para o México. Eu não sei se eu vou passar um semestre aqui, se estou dando a volta ao mundo, ou se vou imigrar para outro país. Só sei que fico dois meses na ilha de Cozumel e que não faço idéia do que farei depois.

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Palpitando, Rio de Janeiro

Sobre o Turismo nas favelas e o Espetáculo da pobreza

 

Esses dias eu li uma matéria sobre um hotel de luxo na África do Sul que reproduziu uma favela sul-africana para oferecer uma “experiência” aos hóspedes. Essa notícia me fez lembrar dos passeios por favelas no Rio de Janeiro e refletir sobre o como às vezes o turismo faz da pobreza uma mercadoria. Continuar lendo

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