Frida Kahlo e Diego Rivera são os pintores mexicanos mais conhecidos internacionalmente. Se enquanto estavam vivos ela não passava de esposa do muralista, hoje é ele quem é conhecido pelo casamento.
“Eu pinto-me porque estou muitas vezes sozinha e porque sou o tema que conheço melhor”.
É impossível separar a obra da artista de sua biografia. Frida teve poliomielite quando criança e sofreu um acidente de ônibus quando era adolescente. Penou com gessos no corpo todo, repousos prolongados, incontáveis cirurgias, e chegou a ter os pés amputados no fim de sua breve vida.
“Pés, para que os quero se tenho asas para voar?”
Os quadros de Frida são majoritariamente auto retratos recheados de símbolos do seu sofrimento, como a fragilidade de seu esqueleto e a impossibilidade de ter filhos, sequelas do acidente. Por conta da deficiência nas pernas, usava sempre saias longas, valorizando a herança indígena mexicana com cores fortes e acessórios tradicionais.
Teve uma intensa vida cultural e política, tendo sido membro do partido comunista mexicano, e relações com grandes personalidades da cena cultural e política de sua época. A casa que era de seus pais, e na qual viveu muito anos, é hoje um museu dedicado à vida e obra da pintora.
É possível visitar os quartos em que Frida passava os dias e as noites, o atelier de pintura, objetos pessoais, a decoração da cozinha, e o quarto onde recebeu por dois anos Leon Trotski. No museu há uma amostra da riqueza da produção da artista, com quadros, desenhos, estudos.
A totalidade da sua obra, contudo, não está na casa azul, e sim espalhada em diversos dos mais importantes museus do mundo, inclusive o Louvre – onde foi a primeira pintora mexicana do século XX a ser exposta.
A casa fica em Coyoacán, que era uma pequena cidade no entorno da capital mexicana. Hoje já foi incorporado como um bairro, onde também estão o Museu Anahuacalli, com acervo pré-hispânico idealizado por Diego Rivera; e o Museu Leon Trotski, casa em que viveu e morreu o revolucionário russo após sua acolhida na casa azul.
O charmoso centro de Coyoacán está igualmente interessante para caminhar. Descendo a rua Allende haverá lojas de artesanatos, praças, cafés. Pode-se também pegar um trenzinho turístico que percorre os pontos relevantes do bairro e que a noite, como não é possível enxergar os pontos com detalhes, faz um roteiro de histórias de fantasmas.
Dicas práticas
- Quando eu visitei, fui na tarde do mesmo dia em que passei pelos canais de Xochimilco. Não achei tão próximo para conciliar os dois pontos, e não deu tempo de ir aos Museus do Trotski ou Anahuacalli no mesmo dia.
- O ingresso para A Casa Azul dá direito à entrada pra o Anahuacalli.
- Para tirar foto tem que pagar uma taxa entra.
- Dá para ir de metrô, basta descer na estação Coyoacán e caminhar cerca de um km
- Assista ao Filme “Frida” com Salma Hayek antes de ir ao museu, para conhecer mais sobre a história da pintora.
Serviço
Endereço: Rua Londres, 247 – Coyoacán (esquina com Rua Allende)
Fechado às Segundas-Feiras
Horário 10h a 17h45
Nossa, que vontade de ir. Então quer dizer que você não foi ao Museu do Trótski?
Eu fui, só que em outro dia! Em breve publico sobre ele! Beijo!
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