Lagos é branca, como todas as cidades de Portugal.
Eu quero escrever, mas eu troco as manhãs silenciosas de concentração, por manhãs tediosas de desperdício. E me odeio todos os dias.
Tudo o que me chama a atenção é superficial. Eu vejo a cidade, mas sei que o que estou vendo não é Lagos. Eu vejo os cardápios em inglês e alemão, vejo os cafés que tem sucos naturais e os que não tem, vejos as praias de cartão postal.
Mas não vejo que a turista está viajando para curar um luto. Não vejo que o rapaz que me atendeu na loja de souvernirs sente saudade de casa. Também não vejo que aquele castelo bonito na beira da praia guarda um histórico terrível de escravidão.
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